segunda-feira, 20 de abril de 2009


 

A RESPOSTA ESTÁ NA FÍSICA?


Ah! O fogo do Sol... A placidez da Lua... O riso fácil de Mabel, a carranca de Orlando... Ah! A amabilidade de Ana, a grossura de Ramiro... Anita, tão íntegra; José, nem tanto... Mas complementam-se, dizem. Vivem harmonizados, parece. Tão diferentes, sussurram. Mas sempre juntos.

Já vai longe o ano de 1703, ano do Tratado de Methuen: aquele da compra do vinho português pela Inglaterra, em troca dos tecidos ingleses. Acordo bastante lesivo aos interesses de Portugal, pois os gajos importavam mais tecido do que exportavam vinho. É claro que, lá pelas tantas, houve um desequilíbrio do comércio com a Inglaterra. Sabem quem pagou a diferença? O nosso ouro. Pois é, o malfadado Tratado possibilitou a transferência da riqueza produzida no Brasil para a Inglaterra.

Já no século seguinte, a coisa ficou ainda pior. Com a abertura dos portos, saiu-se do colonialismo mercantilista português para uma dependência do capitalismo industrial inglês. Essas novas trocas comerciais em nada foram vantajosas ao Brasil. Pelo contrário, iniciaram o processo que tornaria a balança comercial do Brasil deficitária.

Circula pela Internet um relato feito pelo viajante inglês John Mawe que, naquela época, descreve a cidade do Rio de Janeiro:

“O mercado ficou inteiramente abarrotado; tão grande e inesperado foi o fluxo de manufaturas inglesas no Rio, logo em seguida à chegada do Príncipe Regente, que os aluguéis das casas para armazená-las elevaram-se vertiginosamente. A baía estava coalhada de navios, e em breve a alfândega transbordou com o volume das mercadorias. Montes de ferragens e pregos, peixe salgado, montanhas de queijos, chapéus, caixas de vidro, cerâmica, cordoalha, cerveja engarrafada em barris, tintas, gomas, resinas, alcatrão, etc., achavam-se expostos não somente ao sol e à chuva, mas à depredação geral; (...), espartilhos, caixões mortuários, selas e mesmo patins para gelo abarrotavam o mercado, no qual não poderiam ser vendidos e para o qual nunca deveriam ter sido enviados.”

Supondo-se verdadeiro esse relato, na essência, tem cheiro de atualidade essa descrição. Pois, nem sempre se compram coisas de que se precisa, como também nem sempre se dá o devido destino às mercadorias, deixando-as estocadas, entregues à incúria de quem deveria cuidá-las.

Mas, voltando...

Será que os diferentes se atraem? Que é pura atração? Será que se completam?
Ah! Aqueles dois pares de olhos tão próximos e tão diferentes! Sentados lado a lado. Estariam ali colocados por pura atração? Suspeita-se que interesses os tenham ali postados, juntos, a prenunciarem grandes acordos, grandes parcerias futuras.

Oxalá a rainha dos mares não nos reserve algum tsunami! Aqui, pelo que se alardeia se navegará em modestas marolinhas.
Com certeza, aquele par de olhos azuis fez um contraste muito especial ao lado de uns olhos escuros, também especiais. Um olhar maroto, bem ao estilo do nosso povo. Aliás, depois desse encontro tão próximo, é urgente rever esta implicância com pessoas de tão belos olhos.
E pensar que até o sangue é azul, a contrastar com o dele, vermelho, plebeu. E que, assim misturado, deve ter deixado muita gente roxa de raiva.

Mas viva a Rainha! Viva o Cara! Viva o Brasil!
Afinal, após trezentos e poucos anos, devemos ter aprendido alguma coisa.

Ah! Os casais acima citados? Acredita-se que tenham interesses pessoais em jogo.
Quanto ao Sol e à Lua: é pura sincronia para a sobrevivência do planeta Terra, do Universo... ou sei lá!
Quanto à Física? É um título instigante, mas essa lei da atração só funciona na velha experiência das limalhas de ferro.