terça-feira, 26 de março de 2013


ENTRE O VISÍVEL E O DESEJÁVEL

O sorriso anda meio amarelado. Não te vejo, nem te sinto mais tão feliz, tão leve quanto eras.

Tu que a tudo assistias ao sopé do morro, de nome de Santa. Lá, embaixo, eras plateia. Eu encenava e contracenava. Tu, já eras pura exibição. E acompanhavas meus devaneios, sussurros e juras.

Não te punhas enciumada, pois a ti, de há muito, já me entregara. Ao outro, apenas no tempo certo me entregaria. De ti já era amante, apaixonada, desde sempre.

Desde quando, na ponta dos pés, espiava pela janela o movimento e o som buliçoso que de tuas artérias ouvia. Foste para mim um desafio a conquistar, desde quando buscava, no armazém da esquina, os saborosos docinhos de leite condensado.

Aos poucos, fui contigo formando um par indissolúvel. Fiz de ti minha morada. Casei contigo e com o outro. Tu, dada a tua natureza, não te importaste. Pelo contrário. É tua missão acolher mais e mais pessoas sob esse manto hospitaleiro.

Vivendo em ti, com o outro procriei e uma nova estrela veio juntar-se a tua já tão grande constelação.

Sinto-te perene, mas confesso que ando preocupada. Sei que a tudo assistes. Silenciosa, às vezes. Esfuziante, em outras. Tu és minha deusa à beira de um rio, reverenciada a cada entardecer pelo mais belo pôr do sol.

Agora, teus filhos andam meio desleixados contigo. Por vezes, para chamar a atenção, aproveitando-se da companheira chuva, esparramas tuas lágrimas para além dos limites desejáveis. Só para “inticar”. Só para mostrar que a coisa não anda bem.

Por outro lado, teus cartões de apresentação, igualmente, não têm tido os reparos necessários, para que consigas sorrir por inteiro.

Ah! O teu parque mais antigo e famoso, que eu amo tanto, sabes bem quanto precisa de um constante olhar protetor.

Tuas artérias, antes buliçosas com o calor humano, estão esgotadas por tantas máquinas potentes que trafegam espremidas que nem bois no brete.

Teus mais lindos enfeites, as árvores, que te tornam verdejante, fértil e bela, andam assustadas. Afinal, as espécies têm diminuído e a quantidade como um todo, ao que parece, também. E como vamos respirar?

Será isso um desvario?

Será apenas uma reacomodação?

Ando preocupada com a minha amada!

Quero vê-la sempre bem, sempre feliz, sorridente. E o que ando vendo não é mais esta expressão de felicidade.

É bom que acendamos o amarelo piscante. Que ele permaneça aceso a nos lembrar da responsabilidade desses filhos e dos filhos de seus filhos para com esse chão que nos acolhe.

E tudo, como se sabe, passa pelo grau de prioridade que se deposita como objetivo maior a ser alcançado pela comunidade.

É necessário priorizar as condições de sustentabilidade da nossa cidade, para que ela abrigue cidadãos satisfeitos com as condições ambientais proporcionadas a eles, no seu dia a dia. É o que todos nós, sinceramente, desejamos.

Para tanto, as forças vivas da comunidade, em mutirão, deverão empenhar-se na solução dos problemas que a todos afligem.

Não é para qualquer um manter esse cognome de CIDADE SORRISO.

Já que adotamos essa marca, temos a responsabilidade de cinzelar, em nossa identidade, a ferro e fogo, como se faz no gado, metaforicamente falando, um sorriso estampado no semblante de nossa amada cidade.

Tomara que possa ela, com a nossa ajuda, recuperar o seu autêntico sorriso de felicidade.


Feliz Aniversário, Porto Alegre!

Parabéns pelos teus 241 anos de existência!





Porto Alegre é meu porto – Kledir/ Ramil


Porto Alegre, Porto Alegre – Hermes Aquino

 
Ramilonga – Vitor Ramil
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 21 de março de 2013

A PRESENÇA DELA
                                 É GARANTIA DE VIDA
 
O berço cálido, de um colorido especial, convida a um espreguiçar-se para melhor acomodar-se. Já está, por bom tempo, imerso em meio líquido.

Um dia, porém, verte suas primeiras lágrimas, frente ao estranhamento pela chegada de um novo tempo. Junto às suas unem-se outras, plenas de emoção, daquela mulher maravilhada pela imagem viva a debater-se, produto de seu ventre.

Nos momentos de grande sofrimento, de profunda alegria, de rara emoção, de êxtase, lá estará ela presente. Ela está sempre pronta a marejar nossos olhos, porque a sua fonte existe em nós desde sempre. Essa fonte é quem nos sustenta desde a concepção até o último suspiro. E nossa mãe sabe disso. Cuida para que ela não nos falte. Afinal, mais de 70% do nosso corpo é constituído por ela.

Mas e aquela outra que jorra, incansavelmente, das profundezas de seu ventre, essa dádiva essencial à nossa sobrevivência, vem tendo um olhar agradecido, um olhar cuidador, um olhar que todos os filhos, já adultos, deveriam ter para com suas mães?

Antes, não cuidávamos porque a fonte parecia inesgotável. Na verdade, ela até seria. Hoje, sabemos que, senão a cuidarmos, tornar-se-á absolutamente proibida ao uso que dela fazemos, tendendo ao exaurimento. Isso significa que as próprias culturas, criações, nossos alimentos, parte da energia existente, tudo estará seriamente comprometido.

Essa mãe, fecunda e pródiga no jorro desse alimento insubstituível, tal qual o leite materno, precisa de ajuda. Com a grande diferença de que esse alimento é necessário durante todos os dias de nossa vida e não apenas nos primeiros tempos.

Quando foi instituído pela ONU, em 1992, o Dia Mundial da Água, a Mãe-Terra agradeceu. Mas, isso representou, já à época, um sinal de alerta, porque, invariavelmente, quando se cria um dia para homenagear alguém ou algo, é sinal de que é absolutamente necessário e urgente que modifiquemos a nossa visão e atuação sobre tal assunto.

Sabemos que o Planeta Terra é composto, aproximadamente, de 70% de água. Desse percentual, 97,5% concentram-se nos oceanos, 2% nas geleiras e calotas polares e 1% destina-se ao consumo. Esses 97,5% são de água salgada. Apenas 2,5% são de água doce, distribuída da seguinte forma: 29,7% nos aquíferos, 68,9% nas calotas polares, 0,5% nos rios e lagos e 0,9% em outros reservatórios (nuvens, vapor d’água). Todos esses são dados aproximados.

O Brasil detém 53% do manancial de água doce na América do Sul e o maior rio do Planeta: o Amazonas. Desse manancial 72% estão na Região Amazônica, 27% na Região Centro-Sul e 1% na Região Nordeste.

Temos ainda vasto lençol freático, também chamado de Aquífero Guarani, localizado no subsolo do Centro-Sudoeste do Brasil, com 1.2 milhões de km2, estendendo-se o restante pelo Nordeste da Argentina, Noroeste do Uruguai, Sudeste do Paraguai e nas bacias do Rio Paraná e do Chaco-Paraná.

Temos ainda o Aquífero Alter do Chão, localizado sob os Estados do Pará, Amazonas e Amapá. São reservas de importância incalculável.

Mas de nada adiantará tais reservas, se não aprendermos a cuidar da água de que dispomos. A continuar essa marcha desenfreada de poluição, estarão também poluídas as reservas quando dela necessitarmos.

O que causa estupefação é que mesmo os mais poderosos, donos das maiores fontes de poluição, não se dão conta de que os efeitos, já presentemente nocivos em regiões de maior pobreza, um dia, fatalmente, atingirão comunidades mais abastadas, onde esses melhor aquinhoados se encontram.

Ou quem sabe, pensem que isso não os atingirá, esquecendo-se dos filhos, netos, bisnetos, e por aí.

Ou quem sabe, pretendam mudar-se para outro planeta. Já estão sendo feitas incursões nesse sentido.

Ou quem sabe, esperem dos cientistas fórmulas milagrosas que despoluam, por completo, as águas dos rios, lagos e mares.

Ou quem sabe, só se interessem por si mesmos, no aqui e o agora, enquanto por aqui estiverem. O depois, a eles não interessa.

Ou quem sabe, a ganância tornou-os cegos e surdos à evidência dos fatos que estão a ocorrer. E continuam a discursar em cima do engodo, da mentira, da desfaçatez.

Ou, melhor ainda, até não discursam. Apenas agem nos subterrâneos malcheirosos de organizações ditas de desenvolvimento.

De qualquer sorte, o meu Guaíba pede socorro, o nosso Sinos, o nosso Gravataí e outros tantos.

Quem sabe ainda possamos sonhar com a despoluição de alguns conhecidos e importantes rios do nosso Brasil.

A poluição hídrica é um fato gravíssimo. Somente através de muita conscientização e mobilização da sociedade é que se poderá reverter esse quadro devastador de despejo nos mananciais hídricos de esgotos domésticos, efluentes industriais, resíduos hospitalares, agrotóxicos, etc.

Que esse dia 22 de março nos leve à reflexão e à cobrança efetiva por medidas de estancamento do despejo de contaminantes em nossas águas. Que os cidadãos comecem a exercer, já tardiamente, o papel que lhes compete, que é: cobrar das autoridades constituídas tais medidas.

Não esqueçamos que ÁGUA É VIDA, DESDE QUE ESTEJA SAUDÁVEL.

 

Agora, o fato incontestável é que essa dádiva, que nos alimenta desde sempre, serve de tema para inúmeras e belas músicas, cujas letras falando dela, da água, são pura poesia. Cassiano Ricardo, Membro da Academia Brasileira de Letras (cadeira nº 31, 1937), definia Poesia “como sendo uma ilha cercada de palavras por todos os lados”. Seria como afirmar que Poesia é o fenômeno criador, presente aí a figura do poeta, que transforma em linguagem as emoções, os impulsos ou suas reações frente a uma determinada realidade.

Segundo definição de Antônio Soares Amora, historiador literário brasileiro, “o poema é a fixação material da poesia, é a decantação formal do “estado lírico”. São as palavras, os versos e as estrofes que se dizem e se escrevem, e assim fixam e transmitem o “estado lírico” do poeta.
Então, quem sabe, um dia, possamos nos apropriar da água que nos cerca e fazê-la um verdadeiro poema, visível aos olhos, transformada, pelas ações corretas do homem, em pura poesia.

Assim como as ÁGUAS DE MARÇO que fecham nossos verões, bela canção interpretada pela saudosa dupla Tom Jobim e Elis Regina, que, também, é pura poesia.






Assista ao vídeo abaixo. Obtemos, através dele, um retrato da situação atual da água no planeta e seus prováveis e terríveis desdobramentos, se acaso medidas não forem urgentemente tomadas.



Documentário Ouro Azul: A Guerra Mundial pela Água.
 
 
Águas de Março - Tom Jobim e Elis Regina
 
 
Planeta Água - Suzy Noronha
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 12 de março de 2013












É TEMPO DEMAIS!

Passaram-se séculos.


Um dia, o chefe da família retornou do trabalho e encontrou: uma mesa posta e uma carta.

Seu reinado acabara.

Ana, por alguns anos, ainda ouviria aquela voz que ecoava pelos labirintos de seus sonhos. Ou melhor, de seus pesadelos: sombrios, arroxeados, a lembrar as marcas deixadas em sua mãe.

                                                                             (trecho final do conto O CHEFE DA FAMÍLIA, de minha autoria)



Primeiras, ainda tímidas, reações das mulheres ao jugo machista. E já estávamos no último quartel do século XX, em pleno país chamado Brasil. E isso continuava acontecendo.

E isso continua acontecendo.

Como comemorar uma data que, em tese, não deveria existir?

Por acaso comemora-se o Dia Internacional do Homem? Ou o Dia do Homem?


A tragédia da época, ocorrida em Nova Iorque, em 08/03/1857, serviu como motivo para fixação de uma data que relembrasse o sacrifício das trabalhadoras mortas naquele incêndio, em número de 130, que não se pode afirmar tenha sido premeditado. Há quem afirme que tenha havido confusão com outra tragédia, ocorrida na fábrica Triangle Shirtwaist Company, em 25/03/1911, na mesma cidade, onde morreram, também em um incêndio, 150 mulheres. Essa seria efetivamente a tragédia que teria dado origem ao Dia Internacional da Mulher.

O fato é que a origem, na verdade, remete a greves de trabalhadoras de fábricas têxteis, onde a violência da repressão policial aos atos era desmedida. Mulheres que, à época, reivindicavam melhorias, pois trabalhavam até 16 horas diárias com salários em até 60% inferiores aos dos homens, além de sofrerem agressões físicas e sexuais.

A verdade é que, ainda hoje, tenta se minimizar os efeitos destrutivos de relações baseadas no poder de mando do homem sobre a mulher.

Só bem recentemente, as reações observadas são dignas de mudanças efetivas.

Mas lá se vão séculos. E estamos falando das populações que vivem no Ocidente.

E as pobres, infelizes, que “sobrevivem” às crueldades perpetradas contra elas em terras do Oriente Médio?

E que ninguém se levante para invocar o aspecto cultural como fator abonatório para tais atrocidades sabidamente praticadas contra mulheres.

Por quantos séculos ainda persistirão atos de extrema violência contra aquelas mulheres? Será justo “espiar” o mundo através de dois buracos, abertos no tecido, onde um par de olhos busca o inexplicável?

Do lado de cá, os avanços têm sido significativos em favor dos direitos fundamentais da pessoa, incluindo-se as mulheres, parte quantitativamente maior, porém mais negligenciada em seus direitos.

Por aqui, no Rio Grande do Sul, apenas em novembro de 1973 é nomeada a 1ª mulher, a Dra. Maria Berenice Dias, para o cargo de Juíza, ingressando no Poder Judiciário do Estado. Exatamente após 100 anos da criação do Poder Judiciário, que teve seu início datado de 03/02/1874, é que pôde uma mulher ter acesso à magistratura, conseguindo adentrar nessa esfera de Poder.

Até então, o Judiciário não homologava inscrição de mulheres para as provas da magistratura.

Somente após denúncia, junto à imprensa, da discriminação para com as mulheres candidatas, foi que o Tribunal julgou a questão favoravelmente. Porém, como as provas eram identificadas, as concorrentes às vagas exigiram que fossem retirados seus nomes dos documentos. De um número de 60 mulheres, naquele primeiro concurso, apenas 04 lograram êxito, passando no concurso para juiz.

Diante de tantos fatos entristecedores e de conquistas arduamente conseguidas, acredita-se que não haja muito a comemorar.

Pelo contrário, há ainda muita batalha pela frente.

Coragem, Mulheres!



Mas isso não impede que mantenhamos nossa sensibilidade à flor da pele, nosso olhar amoroso ao ser envolto em panos, fruto do nosso ventre, e que sigamos em frente, embora tendo ao lado aquele que escolhermos para um convívio mais íntimo, tão íntimo quanto o choro derramado em momentos de solidão.

Mas, ainda assim, uma mulher com a individualidade preservada, capaz de novos voos, com os limites próprios de uma sociedade fraterna para com todos os gêneros da espécie.





Maria, Maria – Milton Nascimento
HIMNO A LA MUJER


terça-feira, 5 de março de 2013




UFA!

Com certeza, não se viu tudo ainda. Muito ainda se verá.
F2F, flw? Espere grandes 9da10!

Axo, manero! Que papo kbça!

Senti frmz, mano! Blz! T+. Vlw!




Então, vamos lá!

Misturemos tudo bem misturado. No que resultará? Não se pode prever.

A mão desliza sobre a tela. Verdadeiros hieróglifos da modernidade formam-se ao longo do texto. Texto?

Expressões como axo e ixcrever são cada vez mais comuns. E as abreviações importadas da língua inglesa são, igualmente, cada vez mais usadas: F2F (cara a cara), NP (nenhum problema), KFY (beijo pra você). Tudo usado na linguagem da Internet, o internetês. Afora as já citadas, temos ainda, por exemplo: xau, naum, jg, oj, aki, ksa, vlw, fla, e por aí vai...

E as siglas? Um mundo à parte. Necessárias, úteis e subdivididas nas denominadas sigloides (tipo BBB, HTTP), quando as letras são soletradas formando a sigla, e as siglemas. Essas últimas, por sua vez, equivaleriam a um acrônimo, isto é, quando pronunciadas como uma palavra só, respeitando-se a estrutura silábica da língua (tipo SIDA).

Pobre leitor!

Mas voltemos àquelas mais modernas, mais atuais, que estão a “bombar”. Temos a UPP. Todos sabem o que é uma UPP. Agora, desmembrando a sigla, temos: Unidade de Polícia Pacificadora. Agora, meu aluno, escreva, em bom português, o que significa a palavra “Pacificadora”. Em que consiste essa Unidade? Aliás, o que é Unidade?

E uma UPA? É uma Unidade de Pronto Atendimento. Para o que serve?

E uma UFA? Essa é muito recente. É a mais nova aquisição do brasileiro. É uma Unidade Fornecedora de Alívio. Em outras palavras: um lugar para fazer xixi. Acessem a reportagem para verem a fotografia da engenhoca com o coitado, exposto do joelho para baixo, a aliviar-se. Pode?

Prossigamos, porque, agora, desfilará uma quantia considerável de siglas modernas, ao estilo das grandes corporações.

Um CEO, o que é? É um Diretor Executivo ou Diretor-Geral de uma empresa (Chief Executive Officer).

E um CIO? Um Diretor de TI, isto é, o responsável pela área de Informática de uma empresa (Chief Information Officer).

Nesse mundo corporativo, temos ainda o CFO, o COO, o CMO, o CPO e o CTO. Além desses, temos os CAO, CBO, CCO, CDO, CHRO, CLO e o CSO.

Chega?

Ufa! Não se confunda. Essa é a interjeição, não o mictório. 
Que cansaço!

TQP! (To quase pirando)

Dá um taime que vou tuitar. (Eu tuíto, tu tuítas...)

Com essa, fui! É! Eu fui mesmo. Ele ainda é um verbo (ir, nesse caso).

Não é nova sigla. Por enquanto...


Agora, se um cataclismo ocorrer algum dia, poderemos parar todos nas cavernas que sobrarem. Lá, voltaremos a nos comunicar com garatujas nas paredes. O que não será de todo estranho. E os sons? Serão, novamente, um tanto quanto guturais?

Não, não acredito. Afinal, levamos a experiência de aproximadamente 4.5 bilhões de anos. No mínimo, sobrará alguém para cantar e outros tantos para emitir sons com a boca como o fazem, tão bem, os grupos que seguem abaixo.

Acho, sinceramente, que temos salvação.

Bom espetáculo!



Skyfall - Adele (A Cappella Cover por LVL5)
Dynamite - Taio Cruz - A Cappella Cover - Just Voice and Mouth - Mike Tompkins