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terça-feira, 11 de outubro de 2022

EMOÇÕES...



O céu que nos cobre entrega toda a sorte de sinais. A luz de um sol que brilha ou das estrelas que nos brindam com um espetáculo noturno, sempre que possível que isso aconteça.

Os sons do bar da esquina que, às sextas-feiras, alegra-nos com os sons conhecidos de músicas atuais e, também, aquelas que marcaram época.

Imagens e sons que alimentam nossas emoções, pois despertam um espetáculo visual ou auditivo de grande importância nos dias atuais.

Para o enfrentamento de tantos problemas que recaem sobre nós, seres humanos, é urgente que nos apeguemos às boas emoções. São elas que nos propiciam resiliência e esperança para enfrentarmos o cotidiano.

Busquemos alimentar nossas emoções com aquilo que nos faz melhores, mais solidários, mais partícipes.

Urge que retomemos, quando for possível, nossos encontros. Somos seres sociáveis, por essência, e nossas emoções comandam nossos bons e maus momentos.

Estamos carentes de bons momentos?

Acredito que não.

O cantar dos passarinhos, o bom-dia risonho do nosso vizinho, o olhar do pequenino que nos fita e até já nos sorri, o pet que se achega aos nossos pés são evidências de que estamos cercados por seres que nos complementam e que nos alimentam das boas emoções que nos fazem tanto bem.

Ao vermos os estádios de futebol lotados de torcedores, alegres e dispostos a torcerem pelo seu time do coração, é a prova de que as emoções fazem parte do nosso ser.

E é bom que elas existam, pois são elas que nos elevam ao patamar de seres humanos.

Cuidemos, porém, para que as telas não substituam nossos encontros, nossas conversas, ao vivo e em cores, bem como nossos abraços e beijinhos.

E as emoções de um dia por inteiro podem estar concentradas em teu próprio olhar, como o poema que segue.
 
 







 
 

quinta-feira, 22 de julho de 2021

SONS... PALAVRAS... FRASES...

Para quem tem uma audição privilegiada, qualquer som, até mesmo aquele vindo do relógio digital, traz uma sensação, um sentir diferenciado.


Vindo de um pássaro, será um canto ou som cifrado para a companheira ao lado.

Se os ventos soprarem com força ou forem tênues, a mensagem estará dada e chegará aos ouvintes.

Aos trovões todos ficarão atentos.

O reino animal é pródigo em sons.

O gênero humano, por sua vez, é capaz de ouvir tudo, praticar todos os tipos de sons, desde o dedilhar de notas em um instrumento até o falquejar de um tronco ao abatê-lo.

Ouvimos até o bater do nosso próprio coração. Somos privilegiados e ricos até na percepção dos nossos sons interiores.

O belo canto, que ouvimos e gostamos, nos motiva a que cantemos juntos.

Quantos sons diferenciados! Quanta riqueza sonora!

E os corais que esbanjam múltiplas sonoridades!

O nosso mundo sonoro é riquíssimo.

Muito mais importante ainda é o mundo das palavras. Apenas nós, do gênero humano, somos capazes de falar, de expressar em palavras o que nos é perguntado, de declamar, de conversar com os amigos ou, até mesmo, conosco na solidão dos dias.

As palavras têm uma força poderosíssima. Temos, portanto, o dever de escolhê-las com responsabilidade e com cautela. Caso contrário, podem causar efeitos deletérios indesejáveis.

Quando aquela jovem, personagem de um conto, ouviu um familiar afirmar que melhor teria sido ela ter morrido, ao invés de o carro ter sido danificado quando caiu em uma vala, aquelas palavras ecoaram tão fortes que jamais esqueceu tal frase. Claro, com certeza, não era este o desejo daquele familiar, dono do carro.

Agora, já no mundo das frases, os efeitos danosos, que podem deixar naqueles que as ouvem, são imensuráveis.

Os sons de agora, em algumas comunidades, causam temor, medo, desespero.

Os estampidos ouvidos são um alerta para que todos se protejam.

Por outro lado, mesmo não havendo tais sinais, as palavras de ordem, que compõem a frase mais atual, são: FIQUEM EM CASA.

Por quanto tempo?

O ser humano na sua estrutura física continua o mesmo. As savanas, onde corria, foram substituídas pelas cidades, parques e praças.

Fazer caminhadas é necessário para que nós mantenhamos uma boa forma física.

E os projéteis disparados?

E as armas mostradas em selfies?

E os diálogos que mostram a força de tantos malfeitores?

Sons que se transformam em palavras e que se apresentam em frases. Tudo mostrado em vídeos e áudios.

Apesar de tudo isso, precisamos nos manter firmes, esperançosos e combativos no bom sentido. Naquele em que somos campeões em várias modalidades: nos Esportes.

Àqueles em que depositamos nossos votos, aguardamos as ações em prol da sociedade.

Aos nossos atletas de várias modalidades, esperamos aquilo que de melhor puderem oferecer nas Olimpíadas de Tóquio/2020.

A nós, que circulamos pelas ruas, seja permitido pousarmos o olhar na cerejeira da esquina, toda florida, parando por instantes, sem que nos seja subtraída a bolsa pendurada no ombro. Que, ainda, consigamos fazer caminhadas, sem que sejamos surpreendidos pelas palavras “deu”, “perdeu”.

Que nossas mulheres continuem sendo acariciadas com palavras amorosas, sussurradas ao ouvido.

Que nossos olhares se cruzem com outros olhares, confirmando a existência de seres iguais a nós: solícitos, prestativos, amáveis.

Embora com tantas transformações acontecendo em nível planetário, que possamos encontrar um céu ainda hospedeiro de um sol acariciante, de uma lua inspiradora e de estrelas a iluminar nossa caminhada.

Que aqueles que encontram, na palavra escrita, motivos para tornarem-se mais felizes, que o façam em nome da paz, da união, da solidariedade, da igualdade entre todos os que habitam este planeta.

Que estes Jogos Olímpicos ofereçam esta oportunidade de união e congraçamento, pois “o barco é único e a tripulação é, também, única, pois todos são seres humanos”.

Que a palavra almejada por todos seja aquela que a todos beneficiará.

Seu nome?

PAZ

 

 

 

 

 


quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

MAIS UM TRAJETO


Aquela primeira luz, que chega suave ao abrirem-se os olhos, é aquela que prometia aparecer quando o pequenino ser transpusesse aquela espécie de túnel onde o viver era alimentado por cuidados amorosos. Lá, existia uma aparente solidão.

Um dia, esta luz surgiu. Ela iluminaria toda a caminhada que se iniciava naquele instante.

Daquele abençoado momento, seguiram-se luzes e sons. Registro, porém, impossível naquele momento primeiro de vida.

Sabemos que assim é, pois relembramos nossa própria emoção ao sentir nascer um novo ser.

Um nascer que concentra toda a esperança, toda a emoção, todos os planos, todos os desejos, todo o amor e afeto que acompanharão este ser durante sua caminhada, pelos meandros da vida terrena.

Olhos que acompanharão imagens e gestos. Sons que experimentará ao longo dos dias e noites.

Como um viajante, meio sem rumo no início, aos poucos traçará metas, tempos para execução, fazendo parte de um todo que, artificialmente, encerra anos, de forma sucessiva, como se, a cada novo período, tudo se modificasse ou tudo permanecesse como antes.

Quanta ilusão!

Aquela primeira luz, que teve a participação e o empenho de quem, efetivamente, exerceu este desejo, é a mesma que, a cada novo período concluído, ilusoriamente nos lança a uma nova etapa. Desta vez, porém, somos nós, absolutamente sós, que nos responsabilizamos por este avanço exitoso ou não.

Uma “luz” no fundo do túnel é o que se busca.

A primeira luz é o nosso salvo-conduto para o que se seguirá. Caberá a cada um de nós buscarmos aquilo que nos fará melhores.

Espaço e tempo, fatores que nos oferecem oportunidades, serão de vital importância no sucesso pessoal, bem como nas relações com os outros.

No antes, tempo e espaço foram determinantes para um nascer tão esperado.

Durante a caminhada, toda a experiência acumulada fez brotar na consciência a existência, inquestionável, de uma luz maior. Esta nos guiará, a cada ano que se finda, ao desejo de que se encontre sempre uma luz no “fim do túnel”.

Assim, neste ano que se findou, permanece a certeza, embora incerto o dia de amanhã, de que aquela luz está presente neste novo trajeto da caminhada.

Afinal, temos a experiência de que o tempo e espaço são parceiros e que nosso olhar já, desde há muito, acostumou-se aos inúmeros momentos diversificados que nos têm acompanhado.

Reiniciamos, portanto, mais um trajeto “iluminado” por nossos pensamentos positivos, com a certeza de que nossa luz interior é perene.

Que tal um poema para marcar mais este trajeto?
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

UMA PARCERIA PRODUTIVA



Ele é vivo. Ele é audível. Ele permite escutar as batidas de um coração. Ele conduz ainda ao processo criador e, também, ao sono profundo.

Ele dá tempo ao tempo que se escoa. Imerso nele, sua audição torna-se extremamente sensível a qualquer barulho, embora distante.

Assim como aquela menininha, que ouvia o bater das folhas secas no chão de terra endurecida, a menina Rosinha, hoje, bate o sapatinho sobre o piso frio, só pra ouvir o barulhinho que dali surge.

Da mesma maneira, depois das bases da construção e do edifício erguido, vem o silêncio para que seus ocupantes desfrutem, em harmonia, a ocupação desses espaços.

É o desfrute de um silêncio que exigiu muito barulho anterior. O produto, porém, foi contabilizado como positivo.

O barulho é condição para que o silêncio se instale logo após, seja reconhecido e produza algum efeito.

Assim como a menininha que conhecia já tantos barulhos diversos e que, no silêncio daquela tarde, reconheceu o som da folhinha seca batendo contra o chão. O som de um silêncio que guarda, até hoje, na memória.

De igual forma, depois de um recreio movimentado naquela escolinha, um silêncio habilmente administrado se instala e todos se irmanam num silêncio produtivo.

Para que as bases do silêncio sejam produtivas o barulho é polo motivador e propulsor.

Mal comparando, seria o conhecido “depois da tempestade vem a bonança”.

Após um dia estafante, em que o trabalho, as ações, os projetos foram levados adiante, o descanso, assim como o silêncio, assumem uma posição primordial.

O enfrentamento diário das ações pessoais culmina com o produto dessas ações e o consequente desfrute de um descanso cujo agente em evidência é o silêncio.

Mas e quando o barulho, a gritaria e as promessas regurgitam dos candidatos, nos palanques, à procura das “bases”, aquelas que constroem efetivamente uma nação?

Em regra, qual é o produto após esta tempestade de promessas?

Será a bonança? Não!

Será o silêncio? Sim!

Pois, meus caros, este silêncio é o resultado destas tempestades verbais. Este não é um silêncio produtivo. Este é o silêncio do descompromisso, do esquecimento, da desfaçatez, do descaso, do puro interesse eleitoreiro. Desse silêncio não precisamos.

O silêncio produtivo é aquele que apresenta resultados efetivos, favorecendo os momentos de bonança àqueles que labutam diuturnamente na construção de um país. A esses sobra, neste momento, o silêncio necessário para que reflitam e busquem candidatos que se afastem do silêncio do dia seguinte às eleições e promovam o barulho necessário para que a construção das promessas se torne realidade. Um grito que faça a diferença: é o que se precisa. Um grito que promova condições para que o silêncio produtivo seja possível. Um silêncio capaz de assegurar um sono tranquilo, pois o renascer do dia estará garantido pelo pleno emprego, segurança, saúde e educação.

Basta de tempestades verbais, finalizadas por silêncios vergonhosos.

Agora, o que surpreende é o silêncio “das bases”, sempre procuradas, aduladas por todos os tipos de promessas.

Diante deste silêncio, que é o pior de todos, poderemos assistir à construção de nossa pirâmide social ruir, pois suas “bases” são manipuladas. Haverá, então, o silêncio dos inocentes levados pela catástrofe nacional. Silêncio e barulho produtivos andam juntos. Construir e usufruir são irmãos que nunca deveriam afastar-se. Um após o outro: para sempre. Assim, constrói-se uma nação.












domingo, 25 de março de 2018

A IMPORTÂNCIA DA MEMÓRIA INFANTIL




Cores guardadas na retina dos tempos em que caminhar pelos campos até a escola era uma prática diária.

Muitas cores alternavam-se pelo trajeto. Verdes, azuis e rosas misturavam-se ao cinza que já se anunciava nas construções que despontavam aqui e ali.

Cheiros, aromas e perfumes, nitidamente diferenciados, porque a poluição ainda não os havia alterado.

Sons, cantos, mugidos, vozes que se alternavam nos folguedos e nos sussurros que aproximavam seres inocentes.

Raspas da panela e restos de massa, pronta para ser cozida e virar um bolo gostoso, exercitavam o paladar para futuras degustações.

Acariciar um bichinho com a mãozinha, aprendendo o afagar como caminho para o afeto, o carinho e o amor.

Os dedinhos e os olhinhos bem próximos de um outro ser vivo, não virtual. Um ser que se podia abraçar, não importando ser um igual a si, um animalzinho ou um ursinho de lã.

Aquela foi uma época em que uma mala significava apenas aquela do avô que trazia sempre um presente para a neta querida.

Tempos em que uma jabuticaba significava apenas uma fruta silvestre, só encontrada no nosso Brasil.

Hoje, ambas adquiriram uma conotação negativa porque foram contaminadas: pela política.

Houve época em que “apagar” era sinal de que velinhas acesas enfeitavam um bolo de aniversário e deveriam ser assopradas para que se consumasse a cerimônia da passagem de idade. Hoje, a expressão ganhou o entendimento banal e cotidiano de “passar alguém desta para outra”.

Tempos atuais em que o despertar de certas comunidades são as rajadas de metralhadoras e os tiros de fuzis.

Como involuímos!

O que diria o poeta Gonçalves Dias se assistisse a tantos brasileiros rumando a Portugal. Ele que, saudoso à sua época, por lá se encontrar, poetava sobre as aves que lá gorjeavam e que não o faziam como aqui, em nosso torrão. Aqui, eram mais maviosas. Aqui, tudo era mais primoroso.

Expressou este amor à terra brasileira em seu poema Canção do Exílio, Primeiros Cantos. Poema este em que foram inseridos os versos 7º e 8º, da 2ª estrofe, com pequena modificação, no Hino Nacional Brasileiro, no trecho:

“Nossos bosques têm mais vida, nossa vida em teu seio mais amores”.

Os versos 19º e 20º da 5ª estrofe do referido poema, com leve modificação, fazem parte, também, da Canção do Expedicionário:

“Por terras que eu percorra, não permita Deus que eu morra, sem que volte para lá”.


Que saudades do Inspetor Carlos, o inesquecível Vigilante Rodoviário, primeiro seriado produzido especialmente para a televisão na América Latina. Neste seriado, o vigilante manifestava o uso adequado da força nas situações em que era demandado. A TV Tupi, à época, com este seriado enfrentou com sucesso as produções “westerns” americanas. Este seriado infanto-juvenil apresentava o vigilante rodoviário Carlos e seu companheiro chamado Lobo, um pastor alemão. Foram heróis, sem dúvida, por longo tempo, com pontuação máxima de audiência. Respeito, admiração, competência, disciplina e efetividade nas ações de controle de variados crimes.

Parece que hoje, pelo menos, a nossa Polícia Rodoviária Federal ainda mantém os mesmos valores enaltecidos naquela série tão premiada.


Os olhos infantis de hoje, por outro lado, assistem a verdadeiras séries de violência em que personagens, mesmo que sob a aparência de bonecos ou de heróis de quadrinhos, alimentam cenas violentas, em nada contribuindo com o universo infantil e mágico da fantasia.

Agora, George Orwell, com seu atualíssimo 1984, expõe, de forma clara, os tentáculos de seu Grande Irmão – o Big Brother no original inglês – vigiando os indivíduos daquela sociedade imaginária e os tornando marionetes dentro de um cenário opressor, em que as “teletelas” mantêm este Grande Irmão como chefe supremo de um poder dominante. Tudo muito semelhante aos acontecimentos atuais que nos cercam.


Oxalá consigamos manter nossos sentidos livres desses fatores desestabilizantes. Que possamos discernir, com relativa clareza, o que é nefasto e o que ainda é passível de recuperação no plano dos valores éticos e morais.

Precisamos de um plano que nos soerga dessa massa fétida em que se transformaram algumas instituições desse nosso país.

E apenas com educação de qualidade poderemos voltar a sonhar com um país que nos devolva a alegria de aqui permanecer e de, novamente, investir naqueles que ainda tem a possibilidade de construir, porque pequeninos, uma memória infantil rica em referenciais éticos e morais. O resto será decorrência.

Sonhar é preciso. Investir em Educação é obrigação.


Albert Einstein disse certa vez:

“O estudo em geral, a busca da verdade e da beleza são domínios em que nos é consentido sermos crianças toda a vida”.

Então, digo eu, busquemos a verdade com todas as interrogações possíveis. Busquemos a beleza com os olhos da memória. Busquemos o estudo onde sempre há o retorno à origem do fato: o que já é uma possibilidade de retorno ao passado, à infância. Nela encontra-se nosso salvo-conduto consentido para toda a vida.

Cultivemos a memória infantil, porque ela dispensará as armas. E, assim, o amor poderá conquistar o mundo. Mesmo que este amor apenas represente o olhar carinhoso, trazido do baú da memória, de um ursinho que até virou inspiração para o poema AQUELE OLHAR, que segue abaixo.

Não esqueçamos que a poesia e a prosa poética sobrevivem porque elas representam a nossa humanidade expressa na palavra escrita. E esta encontra eco em nossos semelhantes, o que pode significar uma terapia e um motivo para nos aprimorarmos como espécie.