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quinta-feira, 30 de março de 2023

sexta-feira, 10 de junho de 2022

NOSSO TEMPO



Passe o olhar sobre o drama.

Repouse o olhar sobre a grama.

Não se deixe atingir por tamanha lama.

 
Esperar dos dias atuais o quê?

Abrir os olhos ao amanhecer é um presente, uma dádiva.

E isto não é o menos: é o mais.

A partir desse instante, construa o seu dia.

Olhos e ouvidos nos permitem vivenciar todos os momentos que forem surgindo.

Como não se encantar com um céu azul permeado por algumas nuvens que passeiam por lá?

E se o céu estiver plúmbeo?

Também, conterá uma chuva benfazeja. Aquela que alimenta nossas lavouras, que supre nossos rios, pois também eles são importantes.

Tudo o que nos cerca é importante. Tanto positivamente, quanto negativamente.

Aos aspectos negativos, exijamos providências. Aos positivos, desfrutemos de suas benesses.

Percebamos a necessidade do silêncio para, muitas vezes, aquietarmos nossa mente e, apenas, trocarmos pensamentos com o nosso eu. Aquele que devemos manter a salvo de tantos dramas.

Embora não devamos ser omissos, a nossa participação não deve ficar refém. Caso contrário, o prejuízo poderá ultrapassar alguns limites necessários para o bem viver cotidiano.

Observar mais o chão por onde pisamos, com certeza, trará surpresas. O leve sacudir das folhas da árvore da calçada é, por vezes, visitada pelo passarinho que vem ali cantar seu bom-dia.

Quanta beleza nos cerca!

Basta que tenhamos olhos para vê-la, para ouvi-la, para senti-la.

A agressividade, a intolerância e a criminalidade, que nos cercam, devem ser combatidas por quem detém essas funções.

Que o nosso meio ambiente também seja preservado!

Afinal, por aqui estamos presentes e dependentes desse cuidado. Portanto, a responsabilidade é comum a todos e a fiscalização também deve se fazer presente.

Assim, como uma brisa que vem e que passa, sigamos buscando aquilo que de melhor nossos olhos e ouvidos puderem encontrar.

 
Quero-te ao meu lado.

Meu amor eterno.

As saudades repousam no olhar guardado

De momentos tão ternos.

 
Não esqueçamos, porém, que o TEMPO PRESENTE é o que nos move e, nele, nosso ser deve transitar de forma serena para que consigamos observar todas as belezas que nos rodeiam.

E elas, ainda, existem.

Do passado, trazemos as lembranças.

O futuro? A ninguém é dado conhecer.

O PRESENTE é o momento que vivemos. Nossos sonhos, se viáveis, já podem tornar-se realidade.

Basta que, mentalmente, nos preparemos para este feliz desfecho. E ele, com certeza, virá.

Enquanto isso...

Use seu olhar, conforme sugere o poema abaixo.










terça-feira, 23 de março de 2021

DEIXE-SE ABRAÇAR...


Naquele galpão, Belinha ouvia os barulhos que ela própria fazia preparando a comidinha para a Mariazinha, sua boneca preferida.

O silêncio fazia parte da rotina dessa menina. Vivia pelo pátio, pelo jardim, espiando embaixo da casa e junto às árvores frutíferas.

Este silêncio era rompido pelo cantar dos bem-te-vis, dos quero-queros e de outros pássaros cujos cantos enfeitavam aquele silêncio habitual.

Acredito que esta menina, a partir deste cotidiano “silencioso”, adestrou sua audição a ouvir sons mínimos, mesmo vindos de longe.

Hoje, reconhece que o silêncio é audível e necessário para o refletir sobre tudo que a cerca.

Com ele pode-se dar asas à imaginação.

Ele permite que pousemos o olhar sobre uma tela e possamos absorver suas nuances, o significado do traçado escolhido, a expressão facial de uma figura humana. Enfim, com ele é possível olhar para uma imagem e sobre ela refletir, aflorando nossa sensibilidade à apreciação do belo.

A partir dele, também, podemos apreciar, de olhos bem abertos, o céu que nos cobre, percebendo quão pequenos somos. Imaginar e sonhar são propiciados pelo silêncio, também.

Os sonhos de Belinha eram sustentados pelo silêncio. E sua imaginação construía, então, cenários possíveis que transformariam, num futuro ainda distante, aquele galpão em um lugar mais acolhedor para uma convivência mais real e fraterna. Sua Mariazinha cresceu e representou todas aquelas pessoas com as quais conviveu por muito tempo.

Dessa forma, o silêncio, que nos acompanha, é um bem maior, pois possibilita que percebamos outros tantos bens que são importantes e que fazem parte do nosso dia a dia.

O silêncio permite que ouçamos a Sinfonia nº 40 em Sol Menor, o conhecido 1° Movimento, Molto Allegro, de Mozart, sem interrupções.

O silêncio permite que troquemos ideias com a amiga que veio nos visitar.

O silêncio, que nos permite orar, é também aquele em que ouvimos nosso próprio choro, oportunizando um refletir sobre quais motivos nos levaram a este momento.

O silêncio, que precede um beijo apaixonado, será sempre lembrado.

Aquele silêncio, imediatamente anterior ao primeiro choro do ser que acaba de nascer, é inesquecível.

O silêncio recebe, também, aquele teu conhecido visitante que vem te cumprimentar todas as manhãs em tua janela, cantando: bem-te-vi!

O silêncio permite que leias aquele poema que transborda palavras sonoramente ajustadas, fazendo dele, o silêncio, um ingrediente necessário para um sentir d’alma reconfortada.

O silêncio faz parte de nós desde antes do nascimento até o depois do apagar das luzes.

Deve ser curtido, porém, durante a nossa caminhada, pois traz inúmeros benefícios.

Serve para refletirmos sobre nossos comportamentos frente a insultos, inveja, mas, também, diante das saudações e ao apreço dos amigos, bem como às expressões de amor dos nossos entes queridos.

Sem dúvida, o silêncio pressupõe um tanto de solidão. Não muito! Basta deixar o celular off line por algum tempo.

Se tiver à disposição uma paisagem, melhor ainda. Nada sofisticado. Pode ser um fundo de quintal, uma área da qual se possa enxergar o céu.

Ah! O céu! Quantas imagens, quantos matizes diferentes, quantos tesouros escondidos nos reserva. Basta que tenhamos ou cultivemos a capacidade de sonhar. Isso vai nos alimentar com pensamentos criativos que colaboram para um bem viver consigo e com os demais.

Aos escritores e aos poetas, em especial, o silêncio possibilita a imaginação navegar por entre aquelas nuvens e, com criatividade, repassar ao leitor toda a sua emoção.

O poeta sabe como fazê-lo. A palavra poética é um remédio para a alma.

E o poeta precisa do silêncio.

Portanto, siga a receita em que o silêncio é um importante ingrediente.

O resto virá: seja você poeta ou não.

Não o temas.

Assim, deixe-se abraçar pelo SILÊNCIO.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

UMA PARCERIA PRODUTIVA



Ele é vivo. Ele é audível. Ele permite escutar as batidas de um coração. Ele conduz ainda ao processo criador e, também, ao sono profundo.

Ele dá tempo ao tempo que se escoa. Imerso nele, sua audição torna-se extremamente sensível a qualquer barulho, embora distante.

Assim como aquela menininha, que ouvia o bater das folhas secas no chão de terra endurecida, a menina Rosinha, hoje, bate o sapatinho sobre o piso frio, só pra ouvir o barulhinho que dali surge.

Da mesma maneira, depois das bases da construção e do edifício erguido, vem o silêncio para que seus ocupantes desfrutem, em harmonia, a ocupação desses espaços.

É o desfrute de um silêncio que exigiu muito barulho anterior. O produto, porém, foi contabilizado como positivo.

O barulho é condição para que o silêncio se instale logo após, seja reconhecido e produza algum efeito.

Assim como a menininha que conhecia já tantos barulhos diversos e que, no silêncio daquela tarde, reconheceu o som da folhinha seca batendo contra o chão. O som de um silêncio que guarda, até hoje, na memória.

De igual forma, depois de um recreio movimentado naquela escolinha, um silêncio habilmente administrado se instala e todos se irmanam num silêncio produtivo.

Para que as bases do silêncio sejam produtivas o barulho é polo motivador e propulsor.

Mal comparando, seria o conhecido “depois da tempestade vem a bonança”.

Após um dia estafante, em que o trabalho, as ações, os projetos foram levados adiante, o descanso, assim como o silêncio, assumem uma posição primordial.

O enfrentamento diário das ações pessoais culmina com o produto dessas ações e o consequente desfrute de um descanso cujo agente em evidência é o silêncio.

Mas e quando o barulho, a gritaria e as promessas regurgitam dos candidatos, nos palanques, à procura das “bases”, aquelas que constroem efetivamente uma nação?

Em regra, qual é o produto após esta tempestade de promessas?

Será a bonança? Não!

Será o silêncio? Sim!

Pois, meus caros, este silêncio é o resultado destas tempestades verbais. Este não é um silêncio produtivo. Este é o silêncio do descompromisso, do esquecimento, da desfaçatez, do descaso, do puro interesse eleitoreiro. Desse silêncio não precisamos.

O silêncio produtivo é aquele que apresenta resultados efetivos, favorecendo os momentos de bonança àqueles que labutam diuturnamente na construção de um país. A esses sobra, neste momento, o silêncio necessário para que reflitam e busquem candidatos que se afastem do silêncio do dia seguinte às eleições e promovam o barulho necessário para que a construção das promessas se torne realidade. Um grito que faça a diferença: é o que se precisa. Um grito que promova condições para que o silêncio produtivo seja possível. Um silêncio capaz de assegurar um sono tranquilo, pois o renascer do dia estará garantido pelo pleno emprego, segurança, saúde e educação.

Basta de tempestades verbais, finalizadas por silêncios vergonhosos.

Agora, o que surpreende é o silêncio “das bases”, sempre procuradas, aduladas por todos os tipos de promessas.

Diante deste silêncio, que é o pior de todos, poderemos assistir à construção de nossa pirâmide social ruir, pois suas “bases” são manipuladas. Haverá, então, o silêncio dos inocentes levados pela catástrofe nacional. Silêncio e barulho produtivos andam juntos. Construir e usufruir são irmãos que nunca deveriam afastar-se. Um após o outro: para sempre. Assim, constrói-se uma nação.












domingo, 3 de junho de 2018

VOANDO COM SEGURANÇA




Voam por entre as nuvens sem sobressalto. Paulo acompanha com os olhos o voo daquelas aves que lá não se perdem, diferentemente desse seu olhar que, perdido, custa a encontrar o caminho de volta.

Onde procurar abrigo diante de tantos pontos esparsos, num céu pintado de tons escuros, sob o som daquela melodia a tocar em tom menor?

Lentamente, porém, Paulo retorna àquele instante em que se encontrava observando a pequenina formiga carregando uma folha.

Com rumo definido, também ela, não se perde pelo caminho. Sabe para onde retornar com o seu alimento. Seu abrigo é o seu destino.

E o de Paulo? Qual caminho retomar? O de antes? O de agora?

Diante desse impasse, acredita-se que Paulo retomará sua conexão com o seu eu espiritual. Só este poderá lhe dar sustentação para o enfrentamento de todos os embates que lhe vêm sendo impostos.

 
Agora, eu, como espectadora desse Paulo observador, faço conjecturas sobre seus próximos passos. Já o conhecendo há algum tempo, aposto num comportamento diferenciado que o alçará em busca de soluções inovadoras como mecanismo de autossobrevivência. Ele, que nasceu com um perfil batalhador, conseguirá ultrapassar as vicissitudes que lhe impõem cotidianamente.

Paulo é este brasileiro que acredita em si e na sua capacidade laborativa, mesmo em condições adversas.

Eu torço por ele. Desejo, firmemente, que não perca a capacidade de encantar-se com o infinito do céu, mas que retorne, sem percalços, sabendo qual estrada levá-lo-á para o abrigo seguro, o rincão que escolheu para viver.

O que mais dizer sobre o que nos cerca? Chega de ideologias, de “maquiagens”, de conchavos, de desvios, de corrupção.

E o que nos cerca é o que cerca a todos os habitantes, em maior ou menor escala, que vagueiam por este planeta.

Nosso estimado professor Moacir Costa de Araújo Lima, autoridade no estudo das conexões entre ciência e espiritualidade, em seu livro A ERA DO ESPÍRITO, editora AGE, 2ª edição, 2005, página 108, afirma:

“A consciência fundamentada no materialismo ou numa falsa religiosidade, sem amor, criou o problemático mundo em que vivemos”. E mais adiante:

“A consciência nova e revigorada, do espírito e de sua era, possibilitará uma nova visão do mundo e, como consequência, um novo modelo de relação, em que a fraternidade universal, representada por uma bandeira branca, sem qualquer símbolo, pois todo o símbolo é uma limitação, será a pedra de toque do proceder humano.

 
Reprogramar-se sob-bases mais fraternas será o caminho para a redenção do homem. Só então, o nosso Paulo e todos os demais com suas Marias, poderão pavimentar esta linha, ainda ininteligível, que nos une entre o antes e o depois.

Por ora, cabe renovar nossa maneira de ver o mundo, criando as condições para uma transformação pessoal e planetária.

Paulo, que já se conscientizou dessa necessidade, poderá então voar por entre as nuvens, certo de seu retorno à paz interior e da clareza de que seu caminho é de ida e de volta.

Cabendo ainda aqui uma dúvida acerca da verdadeira intenção dessa última assertiva.

Deixemos pra lá!

Ou melhor, assistam a um dos vídeos do Dr. Paulo César Fructuoso, médico, em que apresenta questões que nos fazem pensar sobre as tais idas e voltas e a necessidade de que religião e ciência possam unir esforços para um entendimento da nossa existência.

 

Epa! Acabo de pousar meu olhar sobre nuvens carregadas do brilho do sol, que as deixam lindas. Tudo para presentear-me depois de um dia de nuvens e de muito frio.  

É o final deste sábado, dia 2 de junho.

E para que não percamos a fé, cantemos:

 
E eu tenho fé

Na força do silêncio.

A fé que me faz

Aceitar o tempo.

Muito além dos jornais.

E assim mergulhar no escuro.

Pular o muro

Pra onda passar.

(Um trecho da música A Força do Silêncio – Pouca Vogal)






Dr. Paulo César Fructuoso
 


Pouca Vogal – A Força do Silêncio