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segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

CONTINUEM CANTANDO...


É bom ouvi-los. Uma pausa para com eles sentir-se mais alegre.

Não importa a chuva, nem a incessante busca por comida. Os pássaros que sobrevoam aquele terreno, cuja casa foi abandonada pelos donos, fizeram ali sua morada. Suas necessidades são as básicas de qualquer ser vivo.

E as necessidades dos donos dessa casa abandonada?

E os outros tantos donos de residências próximas?

Suas necessidades extrapolam em muito às dos animais.

Somos seres complexos, produtos da Divina Criação.

E o que possuem, no momento, esses habitantes deste planeta?

Trabalho?

Proteção?

Acompanhamento?

Na verdade, nós, seres humanos, estamos atravessando momentos e situações de extrema gravidade. Nossa casa comum, o planeta, está sob fortes ameaças. E o nosso vilão maior é o próprio ser humano que, ofuscado pelo poder e por transações, que beiram o delito, prenunciam o fim da paz entre alguns povos.

Diante do quadro instalado, cabe observar como os estádios, no Brasil, permanecem lotados, em todas as modalidades esportivas, por seres humanos que ali buscam força para seguirem em frente, após vibrarem e torcerem por seus times do coração.

Creio que o nosso país seja um exemplo de como podemos despertar, em cada amanhecer, com a esperança renovada de que tudo pode ser melhorado.

É uma luta diária, mas é o que nos mantém ativos e prontos para novos desafios.

Urge que as autoridades constituídas cumpram o seu papel quanto ao estabelecimento de regras a serem cumpridas e quanto as punições por quem as transgridam. Nos estádios, por exemplo, as agressões têm se tornado frequentes entre torcedores.

Precisamos restabelecer o convívio harmonioso, na certeza de que podemos voltar a termos limites estabelecidos.

Que o cantar dos pássaros volte a nos indicar o caminho da paz, da tranquilidade e do fraterno convívio entre nós, seres humanos feitos à imagem e semelhança DELE.


 

 

 

 

 

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

BUSCANDO... PROCURANDO... ENCONTRANDO?


O amanhecer, naquele findar de noite, foi muito aguardado por aquela menina que acreditava ser possível encontrar aquela boneca, tão sonhada, junto aos presentes que esperava receber no dia do seu aniversário. Ela, porém, não estava lá. Que frustração! Que tristeza!

Hoje, são apenas lembranças.

O cenário atual, porém, assemelha-se ao desapontamento daquela época, porém, com nuances mais dramáticas porque, ao que parece, plenas de uma realidade cruel.

Buscamos a paz, a manutenção do diálogo entre os povos, independente de etnia ou credo.

Continuamos buscando, procurando, mas não encontrando.

E o nosso planeta, nossa casa comum, é belo por natureza.

Levantemos os olhos e olhemos para o céu. Lá, veremos um esplêndido azul. Às vezes, plúmbeo, mas não menos majestoso. Assim, ele mostrar-se-á aos olhos de quem se detiver a contemplá-lo. Não importa em qual região do planeta estivermos.

Nossas matas, nossas florestas, nossas cidades devem ser mantidas com iguais cuidados.

Com tantos conflitos, guerras e destruição teremos algum futuro promissor?

O futuro constrói-se no presente e este está sendo vilipendiado constantemente.

Será que a humanidade conseguirá acordar-se a tempo de ainda deliciar-se com um pôr de sol ou com um céu azul, bordado de estrelas?

Aquela boneca, que não estava lá, ficou na lembrança.

Agora, a paz tão desejada, talvez, nem seja lembrada, pois milhões não viverão para lembrar, se acaso ela chegar algum dia.

Torçamos para que o desfecho não tarde e que consigamos desfrutá-la.

Só assim, encontraremos razão para nos identificarmos como humanos, pois seres feitos à imagem e semelhança DELE.















quinta-feira, 30 de março de 2023

terça-feira, 14 de setembro de 2021

FESTEJEMOS...



Todos os dias devem ser festejados.

Quem tem olhos que se perdem no infinito do céu, no acompanhar dos pingos de chuva que cai sobre a vidraça, no passeio de uma praça ou, até na calçada, ao ver uma formiguinha carregando o seu alimento, estes momentos serão preciosos porque despertarão o que somente os poetas sabem quando aflora. Daí a certeza de que todos os dias são belos porque deles poderão nascer poemas. Poemas que, ao serem lidos por alguém, poderão despertar-lhe para a beleza que é a Vida. E a Vida é um constante ressurgir, como o poema que segue.
 
 
*Obteve o 1º lugar, na categoria POESIA, no Concurso da FECI/2008.

 
 
 
 
 
 
 
 

sábado, 24 de julho de 2021

SUBINDO OS DEGRAUS...



Quem poderia imaginar que, diante de um momento tão difícil para os habitantes deste Planeta, assistiríamos a um espetáculo tão significativo no plano de valores que nos devem unir a todos.

A tecnologia empregada foi de grande importância para a elaboração do projeto que, com certeza, surtiu o efeito desejado.

O grande legado, porém, é a mensagem vinda diretamente dos partícipes, em solo, que transmitiram a mensagem maior: a de que somos todos iguais.

Temos sobriedade, respeito, responsabilidades, condutas, comportamentos e aspirações idênticas.

Nesta Abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, sucederam-se momentos que, sem dúvida, permanecerão na memória de todos os que a assistiram.

Nos recantos mais distantes desta Capital, ultrapassando os fusos horários, assistimos a um espetáculo que nos deixou várias mensagens. Todas, sem exceção, da necessidade urgente de união entre os povos.

A ausência de público não impediu que esta mensagem a todos chegasse.

As representações, em solo, no Ato da Abertura destacaram a importância que foi o treinamento isolado em face do momento atual porque passamos, bem como as conexões, através de elásticos cuidadosamente entrelaçados, enfatizando as novas formas de comunicação. Não esqueçamos as 45 caixas representando gêneros, idades e etnias dos diversos povos participantes.

O Monte Fuji, distante 150km de Tóquio, foi destaque no cenário montado. No seu ápice, a pira aguardava a Chama Olímpica. Aquela que foi acesa, pela primeira vez, em 1964, na cidade de Tóquio.

Entraram com a tocha quatro médicos, um socorrista, uma pessoa com deficiência e quatro atletas. Uma clara homenagem aos profissionais que estão atuando com destemor neste momento tão difícil.

Outro instante importante foi quando da formação dos Anéis Olímpicos, feitos de madeira de árvores desbastadas, não arrancadas, um exemplo de preservação da Natureza. As medalhas, igualmente, foram feitas de material reciclado.

Um palco foi enfeitado com as conhecidas lanternas de papel, uma tradição japonesa.

Uma tocha foi sendo revezada entre profissionais da saúde, atletas e estudantes,

Lá fora, do alto, drones, em número expressivo, projetavam o emblema dos jogos, bem como imagens, como se fossem de pombas, aquelas que representam a Paz.

Durante a apresentação dos Grupos de Atletas, eram tocadas músicas conhecidas de videogames, o que ofereceu um certo toque épico ao espetáculo.

Ao final da cerimônia, porém, a música IMAGINE, gravada em 27/05/71, composição de John Lennon e, ao que parece, também de Yoko Ono, é um presente que reforça o desejo de uma união global. Sua letra é um pedido esperançoso de que nos tornemos unidos em prol do bem planetário, pois ela, a TERRA, é a nossa CASA. Uma CASA que, como qualquer outra casa, reúne pessoas ligadas por laços que permitem uma convivência pacífica.

O discurso final, proferido por Thomas Bach, Presidente do Comitê Olímpico Internacional, foi pleno de esperança, que a todos anima neste momento tão significativo para a Humanidade. Desejou que sejamos mais solidários dentro das sociedades.

Que haja um compromisso com a ajuda, o cuidado e a divisão, quando necessária. Tudo isto para que se possa atingir a PAZ.

A Casa Olímpica, segundo ele, sempre estará aberta aos atletas refugiados. Que nela todos são iguais, respeitam as mesmas regras e que permanecerão unidos em toda a diversidade que se apresentar.

Estão presentes 206 Delegações e um número expressivo de mulheres participam destes Jogos Olímpicos.

O lema destes Jogos Olímpicos foram as expressivas palavras Faster, Higher, Stronger=Together. Juntos podemos nos tornar mais rápidos, alcançarmos os mais altos níveis de desempenho e sermos mais fortes. Com certeza, isto somente se consegue junto a profissionais que nos orientem e, igualmente, por esforço próprio.

O Juramento Olímpico incluiu as diferenças, enfatizando a união como força maior.

Uma imagem, porém, ficará na lembrança de todos nós. A subida dos degraus até a pira, conduzindo a tocha, realizada pela atleta japonesa, tenista, Naomi Osaka, negra, filha de uma japonesa e de um haitiano. Uma atleta de 23 anos, primeira japonesa a ganhar um Torneio Grand Slam de Simples em 2018. Esta foi uma escolha relevante cujo objetivo é reforçar a importância e a necessidade de que inexistam preconceitos de qualquer tipo.

Ao acender-se a pira, a chama que surgiu foi aquela da esperança, aquela que trouxe a luz e o afeto aos corações dos atletas que, neste momento, são a expressão maior da união dos povos.

Assim, iniciaram-se os jogos e o convívio de todos em prol de um bem maior que a humanidade está a precisar: A PAZ.

 

 

 

 

quinta-feira, 22 de julho de 2021

SONS... PALAVRAS... FRASES...

Para quem tem uma audição privilegiada, qualquer som, até mesmo aquele vindo do relógio digital, traz uma sensação, um sentir diferenciado.


Vindo de um pássaro, será um canto ou som cifrado para a companheira ao lado.

Se os ventos soprarem com força ou forem tênues, a mensagem estará dada e chegará aos ouvintes.

Aos trovões todos ficarão atentos.

O reino animal é pródigo em sons.

O gênero humano, por sua vez, é capaz de ouvir tudo, praticar todos os tipos de sons, desde o dedilhar de notas em um instrumento até o falquejar de um tronco ao abatê-lo.

Ouvimos até o bater do nosso próprio coração. Somos privilegiados e ricos até na percepção dos nossos sons interiores.

O belo canto, que ouvimos e gostamos, nos motiva a que cantemos juntos.

Quantos sons diferenciados! Quanta riqueza sonora!

E os corais que esbanjam múltiplas sonoridades!

O nosso mundo sonoro é riquíssimo.

Muito mais importante ainda é o mundo das palavras. Apenas nós, do gênero humano, somos capazes de falar, de expressar em palavras o que nos é perguntado, de declamar, de conversar com os amigos ou, até mesmo, conosco na solidão dos dias.

As palavras têm uma força poderosíssima. Temos, portanto, o dever de escolhê-las com responsabilidade e com cautela. Caso contrário, podem causar efeitos deletérios indesejáveis.

Quando aquela jovem, personagem de um conto, ouviu um familiar afirmar que melhor teria sido ela ter morrido, ao invés de o carro ter sido danificado quando caiu em uma vala, aquelas palavras ecoaram tão fortes que jamais esqueceu tal frase. Claro, com certeza, não era este o desejo daquele familiar, dono do carro.

Agora, já no mundo das frases, os efeitos danosos, que podem deixar naqueles que as ouvem, são imensuráveis.

Os sons de agora, em algumas comunidades, causam temor, medo, desespero.

Os estampidos ouvidos são um alerta para que todos se protejam.

Por outro lado, mesmo não havendo tais sinais, as palavras de ordem, que compõem a frase mais atual, são: FIQUEM EM CASA.

Por quanto tempo?

O ser humano na sua estrutura física continua o mesmo. As savanas, onde corria, foram substituídas pelas cidades, parques e praças.

Fazer caminhadas é necessário para que nós mantenhamos uma boa forma física.

E os projéteis disparados?

E as armas mostradas em selfies?

E os diálogos que mostram a força de tantos malfeitores?

Sons que se transformam em palavras e que se apresentam em frases. Tudo mostrado em vídeos e áudios.

Apesar de tudo isso, precisamos nos manter firmes, esperançosos e combativos no bom sentido. Naquele em que somos campeões em várias modalidades: nos Esportes.

Àqueles em que depositamos nossos votos, aguardamos as ações em prol da sociedade.

Aos nossos atletas de várias modalidades, esperamos aquilo que de melhor puderem oferecer nas Olimpíadas de Tóquio/2020.

A nós, que circulamos pelas ruas, seja permitido pousarmos o olhar na cerejeira da esquina, toda florida, parando por instantes, sem que nos seja subtraída a bolsa pendurada no ombro. Que, ainda, consigamos fazer caminhadas, sem que sejamos surpreendidos pelas palavras “deu”, “perdeu”.

Que nossas mulheres continuem sendo acariciadas com palavras amorosas, sussurradas ao ouvido.

Que nossos olhares se cruzem com outros olhares, confirmando a existência de seres iguais a nós: solícitos, prestativos, amáveis.

Embora com tantas transformações acontecendo em nível planetário, que possamos encontrar um céu ainda hospedeiro de um sol acariciante, de uma lua inspiradora e de estrelas a iluminar nossa caminhada.

Que aqueles que encontram, na palavra escrita, motivos para tornarem-se mais felizes, que o façam em nome da paz, da união, da solidariedade, da igualdade entre todos os que habitam este planeta.

Que estes Jogos Olímpicos ofereçam esta oportunidade de união e congraçamento, pois “o barco é único e a tripulação é, também, única, pois todos são seres humanos”.

Que a palavra almejada por todos seja aquela que a todos beneficiará.

Seu nome?

PAZ

 

 

 

 

 


segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

SORRIA...



Aprenda a sorrir com seus olhos. Embora seu sorriso, por ora, tenha se tornado invisível, não desista de sorrir. Ele é a possibilidade de desaguarmos nossas emoções. A alegria e a tristeza podem obter benefícios quando sorrimos. Através dele, aplaudimos nossas ações de mérito ou, mesmo, seguramos aquelas lágrimas que teimam em brotar por fatos alegres ou tristes.

Este recente adereço, que nos enfeita o rosto, tem possibilitado, segundo algumas jovens, a possibilidade de pousarem seus olhares sobre outros olhares, assegurando a elas certa proteção quanto à direção para onde esse olhar pousou.

Para as mais experientes, não tão jovens, este mesmo adereço do “novo normal” tem proporcionado a possibilidade de esconder as tantas rugas que já vão aparecendo.

Quem não deve estar gostando disso são as farmácias que preparam os cremes dermatológicos, pois agora seu uso tornou-se quase desnecessário. Pelo menos para quem costumava usá-los como parte da maquiagem do dia a dia.

Ah! E o alerta, nos estabelecimentos, SORRIA! VOCÊ ESTÁ SENDO FILMADO: perdeu total sentido.

Este adereço, porém, não é o objeto desta reflexão.

O que se impõe, nestes tempos em que o dia de amanhã encerra contínuas incertezas, é a certeza de que devemos manter nosso rosto iluminado pelo sorriso que, embora não seja visível, faz toda a diferença, principalmente, para quem o mantém como uma espécie de proteção contra os males, as injustiças e um desassossego generalizado que está a nos roubar a paz interior.

O nível de agressividade, de um transbordamento das emoções negativas, pode ser atenuado pela conscientização de que sorrir passa a ser um remédio.

Quando Belinha recebeu um bom-dia, abafado pelo novo adereço, ergueu o rosto e pousou seus olhos sobre quem a havia cumprimentado. Já com os olhos sorrindo, apertadinhos, respondeu àquele quase pedido de alguém que queria ser visto, ouvido e atendido.

Embora não conhecesse o tal passante, respondeu prontamente, pois ainda nos sobrou esta forma de interação com o outro. É claro, com a devida distância, pois a proximidade é um fator assustador. Pelo menos, por ora.

A par desse encontro real, lembrou-se de outros tantos em que a imaginação criou uma oportunidade irreal para sorrir de um momento apenas sonhado, mas que abortado da própria imaginação. Hoje, é motivo de um riso que é um desabafo. Uma frustração que se serviu desse remédio, que nos acalma, proporcionando àquela jovem a dimensão da real importância daquele olhar, que queria tivesse existido.

Hoje, este sorriso, gravado na memória e expresso num suave mexer dos lábios, devolve-lhe a esperança de que novos possíveis olhares estarão sempre de prontidão a qualquer momento, em qualquer lugar.

Sorrir-se de si próprio é um remédio ameno e sem efeitos colaterais. Ao fazê-lo, já elaboramos, previamente, todo um raciocínio em torno de nossa própria participação naquele episódio. Então, trata-se apenas de jogá-lo fora, ao vento.

Sorrir para o outro já é um novo começo.

Quem sabe...

Agora, sorrir do outro já encerra alternativas difíceis de mensurar. Somente frente às situações que ensejarem tal atitude é que se poderão antever possíveis reações.

Fiquemos com o sorriso que cumprimenta. Aquele que nos ilumina como o Sol que brilha, levando alegria através dos nossos olhos. Eles que ainda permanecem descobertos e prontos para novos encontros.

Novos olhares serão sempre bem-vindos.

E se expressarem um sorriso: melhor ainda.

 

 

 

 

 

domingo, 29 de novembro de 2020

O ENCANTO POR ESTAS CORES




O pátio e a praça sempre foram atrativos para aquela menininha. O gramado e as pequenas árvores faziam par com o bangalô pintado de verde. Pelas ruas, observava que havia muitas árvores, todas esbanjando um verde de variados tons.

Ao amanhecer, um sol radiante despontava no horizonte, enfeitando aquele céu muito azul.

Cores que enfeitaram a infância e que se mantêm na retina até hoje. É um legado que a Natureza deixou na memória visual daquela garotinha.

Talvez, por isso, o dia 19 de novembro, dedicado à Bandeira Nacional e cujas cores são exatamente aquelas que vestiam o olhar daquela garotinha, seja por ela tão reverenciado.

Temos o verde das matas, o amarelo do sol que nos banha intensamente, pois somos um país tropical, somados ao azul que nos cobre e ao branco que simboliza a paz. Todas estas quatro cores devem nortear nossa trajetória.

Se atentarmos para o valor e para o que representam estas quatro cores, veremos que é preciso respeitar o poder advindo da Natureza, desde que haja conscientização e ordem: o que nos trará progresso.

A bandeira, que tremula sob o Hino Nacional Brasileiro, traz aos olhos e ouvidos de quem assiste o sentimento de proteção daquela que nos abriga desde o nascimento e que por nós deve ser reverenciada.

Se por alguns é vilipendiada, estes não nos representam. Devemos amá-la, respeitá-la e envidar todos os esforços para honrá-la.

Ela nos representa como cidadãos, nascidos e criados neste chão pátrio. Um civismo adormecido é o que parece estar existindo.

Investir em escolas que ministrem conteúdos necessários para o bom desempenho futuro do alunado, bem como fazer transitar valores que elevem o amor à Pátria e aos símbolos que a representam, deveria ser obrigação pedagógica dos colégios.

E a Natureza foi pródiga para conosco. Temos que nos orgulhar do que dispomos e do que podemos melhorar para que todos os cidadãos tenham acesso a benefícios que o trabalho proporciona.

O trabalho será o caminho para que o progresso apareça. Claro, desde que a ordem seja mantida para o bem de todos.

A bela letra do Hino à Bandeira é do nosso poeta Olavo Bilac (1865-1918) com música do maestro Francisco Braga (1868-1945).

Nela, há a referência à verdura sem par das matas, ao céu de puríssimo azul, ao esplendor do Cruzeiro do Sul e ao querido símbolo da terra que representa, da amada terra do Brasil.

Considerada pavilhão da justiça e do amor, traz, em sua letra, ínsitas a ordem e a paz (símbolo augusto da paz).

E o Progresso?

A estrofe que segue contempla este vaticínio:


Contemplando o teu vulto sagrado,

Compreendemos o nosso dever.

E o Brasil por seus filhos amado,

Poderoso e feliz há de ser!


Estas cores, dispostas nesta bandeira, sempre encantaram aquela que, hoje, presta homenagem ao símbolo que nos identifica como cidadãos brasileiros na origem ou mesmo daqueles que buscaram em nossa pátria o reconhecimento de uma nova cidadania.

Este é um olhar cuja emoção de hoje é fruto ainda daquele olhar de criança e, como tal, dispensa a parte histórica que dá outra origem às cores de nossa bandeira. Dados históricos, que remontam séculos passados, revelam que Portugal adotara estas cores como símbolos usados por lá. Colonizados por eles, estas cores foram transferidas até nosso país e adotadas por nós com novos significados a partir da Natureza aqui existente e da índole do nosso povo.

Particularmente, prefiro a letra de Olavo Bilac e a minha memória de criança fazendo parceria com o poeta.

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

CENÁRIOS...

 

Previsíveis, esperados, reconhecidos e recebidos com naturalidade, pois representavam aquele momento do tempo presente.

O amanhecer não se confundia com o anoitecer, nem a noite transformava-se em dia com um clarão que iluminasse a cidade por instantes. Cada vez mais nos distanciamos de uma realidade que a nós parecia comum, conhecida por todos.

Onde andará o sol iluminando o alvorecer?

E a lua oferecendo-se aos enamorados? Talvez, tenha desaparecido por sentir-se, hoje, tão sem importância num cenário romântico.

E as estrelas formando desenhos inspiradores?

Eram belos cenários que a Natureza nos brindava desde sempre. Hoje, essas presenças, no céu que nos cobre, não são tão mais frequentes, tampouco previsíveis.

A imprevisibilidade parece ser a tônica que move o planeta atualmente.

Seriam nossas próprias ações imprevisíveis, também? Não deveriam ser, para que a harmonia reinasse.

A paz e a harmonia dependem de uma construção sólida em que as ações humanas, também, influenciam a própria Natureza.

Os vendavais e a temperatura oscilante, ultrapassando os limites conhecidos de cada região do planeta, são indícios de que nossas atitudes estão favorecendo esses momentos imprevisíveis em que a Natureza tem se alterado de forma, por vezes, violenta.

Os novos cenários, que surgem sobre a superfície onde vivemos, são bastante preocupantes.

Lembremos que a superfície, quando mal tratada, altera o cenário que nossos olhos acostumaram-se a ver no céu, no nosso dia a dia.

Ah! Dirão alguns que isto de olhar o céu e de contar as estrelinhas é papo de criança. Não se fala, aqui, de contar estrelas. Fala-se da beleza de um céu iluminado, de uma noite estrelada. Fala-se de um sol nascendo, generoso, com seu brilho promissor ou de um entardecer em que seu brilho nos oferece um “gostinho de quero mais”.

A Natureza é um presente divino que nos cerca e nos cobre. E todo o presente deve ser guardado com carinho para nosso encantamento diário e resguardado para tanto.

Por que cenários?

Cenários lembram teatro, apresentações, shows. São montados e, após, desmontados. Enquanto montados, exercem o seu papel de forma adequada, a encantar a plateia. Quando desmontados, deixam saudades.

O cenário com que nós, humanos, fomos agraciados estava pronto quando aqui chegamos. Nossas atitudes é que favorecem o seu desmonte.

Da mesma forma, teremos saudades quando este cenário, mesmo que aos poucos, for sumindo.

Há quem acredite, e eu me incluo, que o processo de conscientização já exista e que possamos vencer os obstáculos impostos por governantes facínoras e que a humanidade, como um todo, edite, em conjunto, uma nova Ordem Mundial, pois todos amam a Vida. E a manutenção dela é o único caminho para que a utopia se concretize.

Embora Eduardo Hughes Galeano tenha dito que a Utopia serve para que eu não deixe de caminhar, se eu atingi-la outros motivos e objetivos existirão para que eu continue caminhando em busca de um aprimoramento das condições de vida. Ela deverá estar sempre presente, pois é ela que nos move e que pode nos fazer evoluir como seres humanos melhores.

A Utopia servirá para que nos esforcemos e venhamos a montar um cenário em que ambos, governantes e governados, sejam partícipes de um sonho comum que, se concretizado, terá atingido o que almejava o Criador do belo cenário: a manutenção da Vida plena, harmoniosa e pacífica a todos que por aqui estejam ou venham a passar.

Este cenário seria uma conquista e a prova de nossa evolução.