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domingo, 13 de março de 2022

AGUARDEMOS MUDANÇAS


A dúvida persiste sobre tudo e sobre todos.


A incerteza preenche os dias. E a desunião é o que mais salta aos olhos.

Para amenizar tivemos a 13ª Edição dos Jogos Paraolímpicos de Inverno.

A bela Cerimônia de Encerramento ocorreu hoje, em Beijing, na China.

Foram 9 dias de Jogos Paraolímpicos. Um congraçamento de vários povos ali representados por seus atletas. Quarenta e seis países e seus comitês participaram desses Jogos.

O show pirotécnico de despedida lembrou as ondas do tempo e as chamas que se altearam em corações para emoção de todos que assistiram.

Ficou a emoção e o reconhecimento aos inúmeros voluntários que colaboraram nesse evento.

Comprovou-se que, durante os Jogos, as diferenças não foram fatos de separação, mas de união.

Os próximos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos acontecerão na Itália, no inverno de 2026, nas cidades de Milano e Cortina D’Ampezzo.

O que esperar até os próximos Jogos?

Momentos difíceis, incertos e diante dos quais nossa força mental, em acreditar no amanhã, terá que ser refeita a cada amanhecer.

Sem discorrer, aqui, sobre o flagelo que acomete o Planeta nesses dois últimos anos, informações de especialistas na área são díspares.

Como acreditar?

Como percorrer os caminhos mais confiáveis?

Os habitantes deste Planeta sofrem com a manipulação de informações.

Alguém se encontra plenamente seguro sobre o que o cerca?

Pelo avanço da tecnologia tornamo-nos mais próximos uns dos outros. Isso, porém, não traz a segurança de que aquilo que nos chega seja verdadeiro.

Nossos mecanismos de defesa estão sempre em alerta. Isso compromete nossa paz interior.

Já, em nosso pequeno universo, caminhar, despreocupadamente, pelo parque é algo impensável. Até mesmo, em plena rua do bairro, já está inseguro.


Sair a passo...

Será que posso?

Meus olhos acompanham os passos

De quem, por todos os lados, pode interromper meu passo.

Isto é justo?

Ter que acelerar meus passos

Para escapar de um possível

Mãos ao alto?


Pode parecer exagero, mas não é.

Estamos enclausurados.

Quero acreditar, porém, que isso vai mudar.

Talvez, não estejamos muito longe desta mudança.

Sempre, é claro, com a ajuda DELE que, conforme diz parte da letra do samba CLAREOU que segue:



DEUS é maior!

Maior é DEUS e quem está com ELE

Nunca está só. 
 
O que seria do mundo sem ELE?
 
 
 
 
 
Coral Livre: Clareou (Serginho Meriti e Rodrigo Leitte)
 
 

domingo, 5 de setembro de 2021

DECOLAR É PRECISO!



O Estádio Olímpico de Tóquio transformou-se, no dia 24 de agosto de 2021, em uma pista de decolagem, com um “paraporto” que abrigou a chegada de delegações de diversos países. No total, participaram mais de 160 países, incluindo-se o Brasil com a maior delegação composta por 260 participantes entre os mais de 4000 atletas.

Os que ali chegaram estavam prontos para voarem, em busca da realização de um sonho.

O cenário montado recebia os atletas ao som de um vento. Um vento que, ao assoprar, reforçava a ideia de que todos que ali chegaram estavam prontos para voarem.

Lá, presentes, estavam autoridades do país, bem como o Presidente do Comitê Paraolímpico Internacional, o brasileiro Andrew Parsons, que recepcionaram os atletas.

O assovio do vento representava o dinamismo e a força contra as adversidades. Os ventos mostrados traziam as cores das bandeiras dos países participantes.

O Estádio Olímpico de Tóquio transformou-se em uma sala de embarque. Quem lá chegou é porque alimenta a garra diária de que é possível vencer obstáculos, sejam eles quais forem.

Sabe-se, hoje, que 15% das pessoas do mundo são deficientes. Portanto, este número expressivo de pessoas é movido pela coragem, determinação, confiança e pela luz pessoal que as diferenciam. Se souberem mover-se, como se asas tivessem, serão vencedoras.

O cenário montado pelas equipes organizadoras, bem como a forma em que os atletas foram recebidos nestes Jogos Paraolímpicos de 2020, mereceram aplausos de todos que assistiram à Abertura deste evento.

A importância desses Jogos deve ser ressaltada, pois é uma demonstração da igualdade que deve caracterizar todos os seres humanos envolvidos em atividades, sejam esportivas ou não.

Os olhos brilhando diante do início da prova, de cada modalidade, e a possibilidade de chegada ao pódio é presente em cada atleta que se apresenta defendendo seu país. Antes de mais nada, porém, é uma possibilidade de mostrarem seu potencial, superando tantas dificuldades para ali estarem.

O brilho nos olhos expressa todo o sentimento de luta, resiliência e esforço pessoal diante de tantas dificuldades que cercam esses atletas. São vencedores por lá estarem, mesmo sem conquistarem medalhas.

Cabe, aqui, ressaltar a importância dos familiares e das instituições, clubes, técnicos e outros profissionais empenhados no treinamento e valorização desses atletas.

O esforço pessoal vê-se contemplado pela possibilidade alcançada por cada atleta que, lá, se encontra competindo.

A imagem da pista para pousos e decolagens, na Abertura dos Jogos Paraolímpicos, ofereceu aos atletas a possibilidade real de ali terem chegado para alçarem voo em suas modalidades esportivas, fazendo de um sonho, desejo e obstinação uma realidade possível e extremamente gratificante. Com certeza, impulsionadora para outros tantos voos.

Uma Paraolimpíada que deixará saudades, considerando os esforços de todos os participantes, as condições sanitárias nada favoráveis e a constante ameaça de que persista este flagelo, que atinge a humanidade, ainda por um tempo.

O brilho nos olhos de todos os atletas, que já estiveram participando, é o sinal de que é possível “decolar”, voar, pousar e arremessar, novamente, tantas vezes quantas sejam possíveis, em busca de um sonho.

 

 

 

 

 

 

sábado, 24 de julho de 2021

SUBINDO OS DEGRAUS...



Quem poderia imaginar que, diante de um momento tão difícil para os habitantes deste Planeta, assistiríamos a um espetáculo tão significativo no plano de valores que nos devem unir a todos.

A tecnologia empregada foi de grande importância para a elaboração do projeto que, com certeza, surtiu o efeito desejado.

O grande legado, porém, é a mensagem vinda diretamente dos partícipes, em solo, que transmitiram a mensagem maior: a de que somos todos iguais.

Temos sobriedade, respeito, responsabilidades, condutas, comportamentos e aspirações idênticas.

Nesta Abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, sucederam-se momentos que, sem dúvida, permanecerão na memória de todos os que a assistiram.

Nos recantos mais distantes desta Capital, ultrapassando os fusos horários, assistimos a um espetáculo que nos deixou várias mensagens. Todas, sem exceção, da necessidade urgente de união entre os povos.

A ausência de público não impediu que esta mensagem a todos chegasse.

As representações, em solo, no Ato da Abertura destacaram a importância que foi o treinamento isolado em face do momento atual porque passamos, bem como as conexões, através de elásticos cuidadosamente entrelaçados, enfatizando as novas formas de comunicação. Não esqueçamos as 45 caixas representando gêneros, idades e etnias dos diversos povos participantes.

O Monte Fuji, distante 150km de Tóquio, foi destaque no cenário montado. No seu ápice, a pira aguardava a Chama Olímpica. Aquela que foi acesa, pela primeira vez, em 1964, na cidade de Tóquio.

Entraram com a tocha quatro médicos, um socorrista, uma pessoa com deficiência e quatro atletas. Uma clara homenagem aos profissionais que estão atuando com destemor neste momento tão difícil.

Outro instante importante foi quando da formação dos Anéis Olímpicos, feitos de madeira de árvores desbastadas, não arrancadas, um exemplo de preservação da Natureza. As medalhas, igualmente, foram feitas de material reciclado.

Um palco foi enfeitado com as conhecidas lanternas de papel, uma tradição japonesa.

Uma tocha foi sendo revezada entre profissionais da saúde, atletas e estudantes,

Lá fora, do alto, drones, em número expressivo, projetavam o emblema dos jogos, bem como imagens, como se fossem de pombas, aquelas que representam a Paz.

Durante a apresentação dos Grupos de Atletas, eram tocadas músicas conhecidas de videogames, o que ofereceu um certo toque épico ao espetáculo.

Ao final da cerimônia, porém, a música IMAGINE, gravada em 27/05/71, composição de John Lennon e, ao que parece, também de Yoko Ono, é um presente que reforça o desejo de uma união global. Sua letra é um pedido esperançoso de que nos tornemos unidos em prol do bem planetário, pois ela, a TERRA, é a nossa CASA. Uma CASA que, como qualquer outra casa, reúne pessoas ligadas por laços que permitem uma convivência pacífica.

O discurso final, proferido por Thomas Bach, Presidente do Comitê Olímpico Internacional, foi pleno de esperança, que a todos anima neste momento tão significativo para a Humanidade. Desejou que sejamos mais solidários dentro das sociedades.

Que haja um compromisso com a ajuda, o cuidado e a divisão, quando necessária. Tudo isto para que se possa atingir a PAZ.

A Casa Olímpica, segundo ele, sempre estará aberta aos atletas refugiados. Que nela todos são iguais, respeitam as mesmas regras e que permanecerão unidos em toda a diversidade que se apresentar.

Estão presentes 206 Delegações e um número expressivo de mulheres participam destes Jogos Olímpicos.

O lema destes Jogos Olímpicos foram as expressivas palavras Faster, Higher, Stronger=Together. Juntos podemos nos tornar mais rápidos, alcançarmos os mais altos níveis de desempenho e sermos mais fortes. Com certeza, isto somente se consegue junto a profissionais que nos orientem e, igualmente, por esforço próprio.

O Juramento Olímpico incluiu as diferenças, enfatizando a união como força maior.

Uma imagem, porém, ficará na lembrança de todos nós. A subida dos degraus até a pira, conduzindo a tocha, realizada pela atleta japonesa, tenista, Naomi Osaka, negra, filha de uma japonesa e de um haitiano. Uma atleta de 23 anos, primeira japonesa a ganhar um Torneio Grand Slam de Simples em 2018. Esta foi uma escolha relevante cujo objetivo é reforçar a importância e a necessidade de que inexistam preconceitos de qualquer tipo.

Ao acender-se a pira, a chama que surgiu foi aquela da esperança, aquela que trouxe a luz e o afeto aos corações dos atletas que, neste momento, são a expressão maior da união dos povos.

Assim, iniciaram-se os jogos e o convívio de todos em prol de um bem maior que a humanidade está a precisar: A PAZ.

 

 

 

 

quarta-feira, 30 de junho de 2021

UMA SINGELA OBSERVAÇÃO


 

Perfilados ouvindo o hino pátrio. Lembranças de imagens e comportamentos que faziam parte de momentos importantes no decorrer de um ano. Coisas de tempos passados.

Desde a escola, passando pelo Desfile da Mocidade, os jovens eram partícipes de um civismo que reforçava as identidades pessoais daqueles que habitavam o torrão pátrio.

Hoje, ao que parece, cabe às competições esportivas o amor à Bandeira Nacional de cada país.

Nunca se viram tantas bandeiras nas mãos de tantas pessoas, nem tantos hinos cantados com emoção.

Ah! As camisetas com as cores das bandeiras nacionais são um apelo, também, para o civismo de torcedores e atletas.

Por que será que só o esporte desperta tal apelo cívico?

Talvez apenas a postura “de combate” é aquela que move a paixão pelo país. A luta para tornar-se vencedor é absorvida pelos torcedores que, nestes momentos, são levados a demonstrar civismo através do cobrir-se com a bandeira de seu país.

Poder-se-ia afirmar que apenas a demonstração visual de uma “luta”, para atingir uma conquista pelos pontos obtidos em desfavor do adversário, é o que desperta o amor pelo país?

E o conhecimento e a pesquisa, em diversas áreas científicas, daqueles “desconhecidos” que nem se sabe quem são?

Poderíamos afirmar, então, que somos seres agressivos por natureza. Ainda permanecemos em luta como no tempo das cavernas? Estaria apenas esta agressividade adormecida?

Se os esportes detêm esta capacidade de despertar, porém sem destruir fisicamente o adversário, então são bem-vindos.

Observando-se as competições esportivas, em todas as suas modalidades, chega-se à conclusão que o espírito cívico de amor à bandeira e à nação faz-se presente.

Apenas isso, porém, não é suficiente. Há regras a serem cumpridas em campo, expulsões por agressões, nitidamente provocadas, e outras tantas transgressões.

Todos, que assistem tais competições, aceitam estas regras.

E fora das quatro linhas?

Por que não as aceitar?

Há que voltarmos a uma educação que cultivava o amor à bandeira, ao hino nacional, à disciplina que formava adultos e futuros torcedores, bem como ao cultivo do espírito cívico em todos os momentos que se apresentem necessários.

Pois é! Não apenas nas competições esportivas.

A emoção do olhar voltado ao pavilhão nacional, o canto emocionado, em alto e bom som, do hino e a bandeira na qual se enrola o torcedor são imagens tocantes, pois revelam que os torcedores aguardam de suas equipes força, determinação, foco e disciplina nos certames que acontecem durante os Jogos da UEFA/EURO 2020.

A Eurocopa deixa-nos este legado.

As demais competições esportivas também são motivo para que as emoções despertem o civismo.

Isto já vale uma comemoração.

A pergunta que paira no ar é por que, fora das quatro linhas de um campo, de um tablado ou de uma quadra, este amor ao país não é também cultuado.

Pelo menos, sua manifestação é rara hoje em dia em solo pátrio.

Por aqui, espera-se que nossa brasilidade se faça presente com mais intensidade e frequência.

A bandeira, que a todos nós representa, é motivo de orgulho e respeito a qualquer hora e em qualquer lugar.

Nossas emoções dão vida a um civismo adormecido.

Por isto, estão valendo os Jogos que acontecem em nível nacional e internacional. 






segunda-feira, 14 de junho de 2021

NO BALANÇO...


Naquele pátio cercado por árvores frutíferas, algumas eram mais apreciadas pela garotinha. Ela esticava o pescocinho para enxergar as mais altas, as que tinham as copas mais fechadas, pois lá devia esconder-se, quem sabe, algum animalzinho.

Quanta imaginação fazia parte daquele universo infantil que usava seu balanço para tentar dali descobrir algo que aguardava há tanto tempo. Existiria algo escondido por lá?

Como nunca gostou de movimentos bruscos e fortes, o balanço era tocado lentamente. Isto dificultava atingir uma altura maior que, talvez, a auxiliasse nesta empreitada.

Nunca se cansou de procurar, mas, um dia, o tempo esgotou-se para este tipo de divertimento.

O tempo é implacável conosco. Ou fazemos uso dele no tempo certo, nas melhores condições pessoais e laborais ou o descarte será inevitável.

E qual será o tempo certo?

Depende de cada indivíduo, bem como do conjunto de indivíduos que integram uma entidade ou instituição.

Aquela menininha ultrapassou vários momentos no tempo que se seguiu, depois que aquele divertimento cessou.

Permaneceu, porém, a sensação daquele convívio diário que lhe propicia, até hoje, a vontade e a curiosidade de saber o que existe por detrás ou entre as várias Copas que se sucederam e que, ainda, sobrevivem. Claro, essas, de agora, são outras Copas.

Parece que o tempo delas não se extingue. Talvez, porque sejamos nós que as criemos, assim como aquelas árvores do pátio da infância. Somos apenas meros criadores, à imagem e semelhança, sem, porém, sermos eternos.

Aliás, deveríamos exercer esta semelhança, o que nem sempre ocorre. Haja vista, as distorções e os exageros que estão a fazer parte das Copas que acontecem no momento.

Quantos interesses, de toda a espécie, fazem parte desses eventos.

No balanço do tempo, no passar das horas, no acompanhamento de notícias, talvez, nossa compreensão permaneça distorcida.

Aquela menininha de outrora espera que, desta vez, não se esgote o tempo para que o balanço final permita que enxerguemos o real propósito de tantas Copas acontecendo num momento tão crucial para a humanidade.

Seus participantes devem estar felizes porque, afinal, tudo é meio obscuro nas estruturas envolvidas em cada uma das Copas.

É! A menininha de ontem não conseguia enxergar o que de dentro daquela copa, de sua árvore preferida, poderia surgir repentinamente.

Agora, igualmente, todos os resultados são incertos e geram expectativa.

Que ao final, nossa imaginação permita que continuemos sonhando, ainda usando o tempo a nós concedido para que venhamos a compreender a relevância, a importância das Copas e do permanecer conectado com as imagens repassadas pelas telas que nos acompanham diuturnamente.

Ah! Não nos esqueçamos, também, dos Jogos Olímpicos. Parece que todas essas competições em conjunto trazem, em seu bojo, a necessidade de nos anestesiar diante de uma tragédia anunciada, representada por esta pandemia, segundo afirmações expostas em sites que circulam pelas redes sociais.

As Copas, de agora, bem mais distantes, bem mais densas, bem mais desafiadoras a nossa compreensão do que a copa daquela árvore do pátio da menininha de outrora.

Ah! O balanço, hoje, é outro, também. Será positivo? Terá valido a pena? 
 
A menininha confessa que prefere, ainda, aquele da sua infância. Sem solavancos, bem tranquilo.