domingo, 3 de junho de 2018

VOANDO COM SEGURANÇA




Voam por entre as nuvens sem sobressalto. Paulo acompanha com os olhos o voo daquelas aves que lá não se perdem, diferentemente desse seu olhar que, perdido, custa a encontrar o caminho de volta.

Onde procurar abrigo diante de tantos pontos esparsos, num céu pintado de tons escuros, sob o som daquela melodia a tocar em tom menor?

Lentamente, porém, Paulo retorna àquele instante em que se encontrava observando a pequenina formiga carregando uma folha.

Com rumo definido, também ela, não se perde pelo caminho. Sabe para onde retornar com o seu alimento. Seu abrigo é o seu destino.

E o de Paulo? Qual caminho retomar? O de antes? O de agora?

Diante desse impasse, acredita-se que Paulo retomará sua conexão com o seu eu espiritual. Só este poderá lhe dar sustentação para o enfrentamento de todos os embates que lhe vêm sendo impostos.

 
Agora, eu, como espectadora desse Paulo observador, faço conjecturas sobre seus próximos passos. Já o conhecendo há algum tempo, aposto num comportamento diferenciado que o alçará em busca de soluções inovadoras como mecanismo de autossobrevivência. Ele, que nasceu com um perfil batalhador, conseguirá ultrapassar as vicissitudes que lhe impõem cotidianamente.

Paulo é este brasileiro que acredita em si e na sua capacidade laborativa, mesmo em condições adversas.

Eu torço por ele. Desejo, firmemente, que não perca a capacidade de encantar-se com o infinito do céu, mas que retorne, sem percalços, sabendo qual estrada levá-lo-á para o abrigo seguro, o rincão que escolheu para viver.

O que mais dizer sobre o que nos cerca? Chega de ideologias, de “maquiagens”, de conchavos, de desvios, de corrupção.

E o que nos cerca é o que cerca a todos os habitantes, em maior ou menor escala, que vagueiam por este planeta.

Nosso estimado professor Moacir Costa de Araújo Lima, autoridade no estudo das conexões entre ciência e espiritualidade, em seu livro A ERA DO ESPÍRITO, editora AGE, 2ª edição, 2005, página 108, afirma:

“A consciência fundamentada no materialismo ou numa falsa religiosidade, sem amor, criou o problemático mundo em que vivemos”. E mais adiante:

“A consciência nova e revigorada, do espírito e de sua era, possibilitará uma nova visão do mundo e, como consequência, um novo modelo de relação, em que a fraternidade universal, representada por uma bandeira branca, sem qualquer símbolo, pois todo o símbolo é uma limitação, será a pedra de toque do proceder humano.

 
Reprogramar-se sob-bases mais fraternas será o caminho para a redenção do homem. Só então, o nosso Paulo e todos os demais com suas Marias, poderão pavimentar esta linha, ainda ininteligível, que nos une entre o antes e o depois.

Por ora, cabe renovar nossa maneira de ver o mundo, criando as condições para uma transformação pessoal e planetária.

Paulo, que já se conscientizou dessa necessidade, poderá então voar por entre as nuvens, certo de seu retorno à paz interior e da clareza de que seu caminho é de ida e de volta.

Cabendo ainda aqui uma dúvida acerca da verdadeira intenção dessa última assertiva.

Deixemos pra lá!

Ou melhor, assistam a um dos vídeos do Dr. Paulo César Fructuoso, médico, em que apresenta questões que nos fazem pensar sobre as tais idas e voltas e a necessidade de que religião e ciência possam unir esforços para um entendimento da nossa existência.

 

Epa! Acabo de pousar meu olhar sobre nuvens carregadas do brilho do sol, que as deixam lindas. Tudo para presentear-me depois de um dia de nuvens e de muito frio.  

É o final deste sábado, dia 2 de junho.

E para que não percamos a fé, cantemos:

 
E eu tenho fé

Na força do silêncio.

A fé que me faz

Aceitar o tempo.

Muito além dos jornais.

E assim mergulhar no escuro.

Pular o muro

Pra onda passar.

(Um trecho da música A Força do Silêncio – Pouca Vogal)






Dr. Paulo César Fructuoso
 


Pouca Vogal – A Força do Silêncio