terça-feira, 28 de outubro de 2025
quinta-feira, 19 de maio de 2022
MAIS?
Quantas mais?
Tempos atrás, elas eram aplicadas nas crianças após o nascimento. Algum tempo depois, quando estas crianças já estavam em idade escolar, repetia-se o procedimento.
Somos pobres habitantes que enfrentamos a própria saúde em perigo, estando o planeta, que nos acolhe, igualmente, em processo visível de desequilíbrio.
Ah! Aquele céu maravilhoso, que ainda assim se apresenta, não é mais objeto de olhares curiosos e indagadores. A imaginação, de então, comprazia-se em refletir, criando momentos de enlevo, de sedução, de um sonhar acordado.
Hoje, os olhares repousam sobre frias telas que, muitas vezes, fornecem imagens de atitudes humanas deploráveis.
Onde restou o sonho?
Sobre quais imagens repousamos nossos olhos?
Elas, as vacinas e telas, tornaram-se a prioridade em nosso cotidiano.
Um olhar poético repousa sobre imagens de quaisquer fontes. Cabe a este olhar revestir tais imagens de forma envolvente e que abrace o leitor, motivando-o a permanecer esperançoso e capaz de dialogar com o seu semelhante de forma amistosa, buscando sempre um novo olhar. 
E aquelas outras?
Nem direi seus nomes.
Ainda bem que permanecemos com os olhos libertos para que possamos continuar olhando para o céu e para tantos outros olhares que se cruzam com os nossos.
Tempos que perderam o encantamento?
Encantar-se é necessário, é o que torna ameno o nosso cotidiano, é o que nos mantém esperançosos.
Nosso olhar e voz são comunicadores que nos propiciam interagir com o semelhante que conosco convive ou com aquele que cruzamos no nosso dia a dia.
Sigamos por este caminho.
É o melhor caminho para que mantenhamos nossa condição de seres humanos em evolução.
quinta-feira, 7 de outubro de 2021
QUAIS VERBOS?
Dialogar sob a máscara do medo.
Ouvir o que os doutos e os nem tão doutos falam, aconselham, discursam, propõem, refutam, escondem, subvertem, negam...
Seres frágeis, tornando-se mais frágeis.
Seres aguerridos, resilientes, buscando informações.
Desvios de toda a espécie. Um mar de lama encobrindo seres humanos abjetos.
Continuar e continuar. Sempre com o olhar pousado naquele, naquela ou naquilo que possui vida.
O viver é que move cada um dos seres vivos. E cada um sentirá os benefícios desses encontros entre si, mesmo que no silêncio.
Claro que, trocando ideias com outro ser igual a si próprio, será muito mais compensador.
Se diante, porém, da impossibilidade de conectar-se com o outro, face to face, o recurso tecnológico poderá suprir, em parte, esta recente necessidade.
Lembremos que, diante de necessidades tão básicas, aprendemos que somos, individualmente, um universo a ser descoberto.
Pouses teu olhar sobre a árvore, que enfeita o teu jardim ou a calçada da tua rua, e verás que é possível dialogar, considerando as lembranças da tua infância quando, lá, conversavas com ela. Ela respondia as tuas perguntas. E as respostas tu as tens até hoje. As árvores podem ser outras, mas as respostas são, plenamente, compreensíveis e válidas até hoje.
Assim como o céu pode, da mesma forma, enfeitiçar teu olhar e fazer tuas emoções aflorarem, trazendo imagens remotas, porém não esquecidas, com as quais poderás criar cenários que possibilitem o mesmo sentir poético que, um dia, respondeu a perguntas mentalmente feitas.
Perguntar, questionar, mensurar, sentir, apaziguar-se são momentos solitários de grande valia.
De dia ou de madrugada, o céu sempre será motivo para tecer sonhos ou planejar rotas para alcançar objetivos. Os movimentos das nuvens demonstram a necessidade de mudanças, às vezes, repentinas, outras nem tanto.
Mudar, transformar, buscar, empreender para conquistar novas posições: é o caminho para que o sonhar se concretize.
E o silenciar é condição para que o nosso olhar, como parte do nosso eu interior, absorva estas imagens e as transformem em conquistas pessoais através do investir em sonhos, plenamente possíveis, a qualquer um de nós.
Talvez, este momento atual deixe como legado o ensinamento do convívio consigo próprio, pois estamos um tanto quanto afastados de nossos semelhantes.
O Universo, porém, continua a nos brindar com um espetáculo que tem como cortina, que enfeita este palco, que é a Terra, o céu que nos brinda com o amanhecer e o anoitecer.
Esta cortina é que faz toda a diferença para quem tem olhos para observá-la.
Ela, quando se fecha, nos faz sonhar. Quando abre, renova nossos sonhos.
Daí, é sair para torná-los concretos.
E AMAR o que se constrói é fundamental.
SONHAR, CONCRETIZAR e AMAR são verbos que constroem uma vida, deixando um legado àqueles partícipes diretos ou indiretos.
sábado, 27 de junho de 2020
OLHANDO PARA O CÉU
Por incrível que pareça, talvez, hoje, acredita ter os sentidos ainda mais apurados apesar do tempo já transcorrido.
Aquele voo e canto dos pássaros, que visitam seu bairro, são seus companheiros cotidianamente. O bater das asas, próximo às janelas, aponta que o dia já rompeu, que o amanhecer se faz presente.
Movimento e canto beneficiam nosso corpo e mente e nos impulsionam ao belo, ao prazer estético, ao entender-se melhor como ser humano.
Quando o amanhecer apresenta nuvens ameaçadoras, sabe-se que elas despejarão, logo adiante, uma chuva benfazeja que nutre nossos campos. Aquela chuva que escorre pela vidraça e que banha, igualmente, nossos olhos com esperança de que se possa tornar mais limpo e claro o nosso caminhar.
Olhar para o céu é sempre uma possibilidade de nos surpreender.
E o movimento das nuvens é algo inspirador e criativo a quem se detém a acompanhar seu trajeto. Figuras e imagens que navegam para todos os lados, em que o Sol também participa.
Ultimamente, porém, olhar para o céu tornou-se uma prática nada tranquila, nem inspiradora.
Teme-se a chegada de uma nuvem que esconderá as nossas conhecidas nuvens, trazendo uma praga que já esteve por aqui, em 1917.
O som que a acompanhará não será melodioso, nem inspirador. Será, ao que tudo indica, um som ensurdecedor, que causará pânico entre aqueles que estiverem sob esta nuvem. Gafanhotos famintos que poderão devorar lavouras, plantações e que assustarão os moradores da cidade próxima onde pousarem.
Dizer dessa invasão o quê?
Que teve a participação do ser humano? Talvez, sim. Pelo descaso com a Natureza que se transforma e que não a cuidamos como devíamos.
E aquela outra nuvem, a de poeira desértica que vem do Saara? Bem, esta parece ser anual e até benéfica para a floresta amazônica. O que se observou este ano, porém, foi que seu volume aumentou consideravelmente.
É a Natureza em movimento. E isto interfere em nossas vidas, pois vivemos nela e nos abastecemos dela. Devemos, portanto, cuidá-la.
Enquanto esta nuvem, talvez, não chegue até o nosso Rio Grande, eu, na minha Porto Alegre, ilumino meu olhar com as belas flores dos Ipês que florescem nesta fase do ano. E são tantas as linhagens, tantas as cores. Eu prefiro o Rosa, mas a árvore considerada símbolo do Brasil é o Ipê-Amarelo.
Belas cores que enfeitam o nosso inverno, tornando-o menos rigoroso, pois estas flores adornam nossas calçadas e praças.
Se as coisas por aqui, por baixo, andam em ebulição, quem sabe aprendamos com as nuvens que o movimentar-se é uma constante e que, somente assim, vamos nos adequando às circunstâncias e pondo em execução projetos que beneficiem a todos que estão sob estes céus que nos cobrem: pelos continentes afora.
Elas apontam, ensinam e, também, quem sabe, observam.
domingo, 3 de junho de 2018
VOANDO COM SEGURANÇA
Onde procurar abrigo diante de tantos pontos esparsos, num céu pintado de tons escuros, sob o som daquela melodia a tocar em tom menor?
Lentamente, porém, Paulo retorna àquele instante em que se encontrava observando a pequenina formiga carregando uma folha.
Com rumo definido, também ela, não se perde pelo caminho. Sabe para onde retornar com o seu alimento. Seu abrigo é o seu destino.
E o de Paulo? Qual caminho retomar? O de antes? O de agora?
Diante desse impasse, acredita-se que Paulo retomará sua conexão com o seu eu espiritual. Só este poderá lhe dar sustentação para o enfrentamento de todos os embates que lhe vêm sendo impostos.
Paulo é este brasileiro que acredita em si e na sua capacidade laborativa, mesmo em condições adversas.
Eu torço por ele. Desejo, firmemente, que não perca a capacidade de encantar-se com o infinito do céu, mas que retorne, sem percalços, sabendo qual estrada levá-lo-á para o abrigo seguro, o rincão que escolheu para viver.
O que mais dizer sobre o que nos cerca? Chega de ideologias, de “maquiagens”, de conchavos, de desvios, de corrupção.
E o que nos cerca é o que cerca a todos os habitantes, em maior ou menor escala, que vagueiam por este planeta.
Nosso estimado professor Moacir Costa de Araújo Lima, autoridade no estudo das conexões entre ciência e espiritualidade, em seu livro A ERA DO ESPÍRITO, editora AGE, 2ª edição, 2005, página 108, afirma:
“A consciência fundamentada no materialismo ou numa falsa religiosidade, sem amor, criou o problemático mundo em que vivemos”. E mais adiante:
“A consciência nova e revigorada, do espírito e de sua era, possibilitará uma nova visão do mundo e, como consequência, um novo modelo de relação, em que a fraternidade universal, representada por uma bandeira branca, sem qualquer símbolo, pois todo o símbolo é uma limitação, será a pedra de toque do proceder humano.”
Por ora, cabe renovar nossa maneira de ver o mundo, criando as condições para uma transformação pessoal e planetária.
Paulo, que já se conscientizou dessa necessidade, poderá então voar por entre as nuvens, certo de seu retorno à paz interior e da clareza de que seu caminho é de ida e de volta.
Cabendo ainda aqui uma dúvida acerca da verdadeira intenção dessa última assertiva.
Deixemos pra lá!
Ou melhor, assistam a um dos vídeos do Dr. Paulo César Fructuoso, médico, em que apresenta questões que nos fazem pensar sobre as tais idas e voltas e a necessidade de que religião e ciência possam unir esforços para um entendimento da nossa existência.
Epa! Acabo de pousar meu olhar sobre nuvens carregadas do brilho do sol, que as deixam lindas. Tudo para presentear-me depois de um dia de nuvens e de muito frio.
É o final deste sábado, dia 2 de junho.
E para que não percamos a fé, cantemos:
Na força do silêncio.
A fé que me faz
Aceitar o tempo.
Muito além dos jornais.
E assim mergulhar no escuro.
Pular o muro
Pra onda passar.








