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terça-feira, 18 de abril de 2023

O REINO DA INCERTEZA


As nuvens prenunciam o quê?

Chuva? Ventos?

Não arrisques qualquer prognóstico, pois tudo, atualmente, é incerto.

E a temperatura?

É constante sua mudança.

E um corpo, dormindo, jaz sobre a calçada. Seria este seu destino? Faltaram-lhe oportunidades?

Cada vez mais temos menos certeza sobre quaisquer coisas.

Será que a Mariazinha é uma amiga sincera ou apenas uma interesseira do que posso lhe proporcionar.

Será que sempre foi assim? Ou, quem sabe, temos hoje mais informações constantes e atualizadas sobre o nosso viver cotidiano. Excluindo-se, é claro, as notícias falsas que confundem, propositadamente, os leitores.

Confesso que o momento é, por demais, incerto e preocupante.

E o sorriso do vizinho será autêntico, verdadeiro ou forçado? Para não parecer mal-educado!

A incerteza sempre houve, mas não na contínua intensidade atual.

E os entes queridos? Também, terão se modificado com o tempo?

E as senhas constantes e necessárias serão cada vez mais exigidas?

Viraremos números ambulantes?

E o ser humano e suas emoções? O que nos aguarda no futuro?

Questões cujas respostas ainda não dispomos.

Quais valores positivos ainda permanecerão com os seres humanos?

O Reino da Incerteza está instalado desde algum tempo.

Previsões são ainda buscadas, mas nada mais garante que serão realidades concretizadas.

Sempre tivemos a incerteza?

Acredito que sim, mas a tecnologia inexistente não propiciava o que hoje dispomos.

Temos, hoje, centenas de informações sobre tudo e todos.

Será isto algo positivo?

A imprevisibilidade, talvez, seja um mecanismo que nos instigue a ir em frente.

O totalmente imprevisível, porém, nos indicaria os melhores caminhos a seguir?

Existirá algo positivo no imprevisível?

Antigamente, tínhamos o imprevisível que se poderia concretizar a qualquer momento.

Hoje, temos o previsível, apontado pela tecnologia, que não se demonstra no nosso cotidiano. E o acúmulo de informações torna-nos “quase zumbis”, perdidos num mar caudaloso e ameaçador que pode comprometer nossa saúde mental.

E nossas emoções permanecerão num nível saudável?

A agressividade existente hoje, em quase todos os segmentos da sociedade, parece ter relação direta com a tecnologia que propicia, graças aos autores de vídeos, uma avalanche de momentos e situações extremamente preocupantes.

Como a tecnologia veio para ficar e é, até certo ponto, de grande valia, deve ser instalado um controle dos elementos que a usam para tão-somente espalhar o pânico, o medo e a incerteza sobre tudo e todos.

Caberá, portanto, à Educação ministrada em escolas e, também, ao acompanhamento dos pais o devido direcionamento dos atos e atitudes das crianças e jovens.

Há que se ressaltar, igualmente, a importância da tecnologia também para registrar momentos de transgressões nos aspectos raciais, por exemplo, que demonstra a necessidade de que se mantenha a tecnologia a serviço de uma conscientização de situações degradantes com relação aos que habitam este planeta.

E a Incerteza?

Lutemos para que a Incerteza se torne menos danosa entre os habitantes deste Planeta.


USAR A TECNOLOGIA PARA O BEM

NÃO FAZ MAL A NINGUÉM.

 

 

 

 

 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

OS ESTÁDIOS... AS QUADRAS... OS JOGOS...

Ao que parece, e porque não afirmar com relativa certeza, as várias modalidades de jogos têm atraído milhares de torcedores aos clubes e às quadras. Sem deixar, é claro, de mencionar as aventuras sobre as águas em torneios de surfe.

Os esportes têm sido uma saída para tempos incertos. A incerteza, diga-se de passagem, tem feito parte do cotidiano atualmente.

As emoções ainda represadas, em função da pandemia, explodem no conjunto dos indivíduos que se deslocam a estes lugares para torcerem. E a vibração é visível.

Quem não se motiva vendo outras pessoas torcendo e vibrando?

Agora, cabe aqui uma reflexão sobre o valor, em termos de capital, que estes jogadores recebem, nem sempre entregando resultados positivos ao clube ao qual pertencem.

As emoções, que proporcionam aos torcedores, ao que parece, compensam os altos salários.

No cotidiano dessas pessoas, fanáticos torcedores, os momentos passados nesses locais são por demais importantes. Seguem em busca da vitória que alimenta suas emoções, desejos, conquistas e apostas.

A realidade do cotidiano, durante os 90 minutos, é esquecida. As emoções da desejada vitória absorvem as incertezas, as possíveis tristezas e as frustrações sentidas ao longo dos dias que antecedem a partida. É como se o tempo da partida fosse um tempo renovado em que as tristezas e as frustrações do dia são colocadas em segundo plano. Um esquecimento temporário que só faz bem.

Sendo vencedor ou perdedor, o torcedor é um vitorioso, pois suas emoções como torcedor, superam, por um tempo, a realidade do seu dia a dia.

E entrando a bola ou não, a emoção é grande. Sacudindo o fundo da rede, melhor ainda!

É o que se tem observado nos campeonatos estaduais, bem como em âmbito nacional.

Por outro lado, observa-se, igualmente, um relativo aumento do nível de agressividade em campo, entre os competidores, bem como a galera que perde ao final de cada partida.

Ao que parece, o momento atual demonstra um nível aumentado de agressividade entre as pessoas.

É interessante, muito necessário e urgente que haja uma compreensão pelos habitantes deste Planeta que, para o bem de todos, deve haver uma conscientização e uma mudança de comportamentos.

Que cada um faça a sua parte é o que se espera para o bem de todos e do Planeta.

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

CENÁRIOS...

 

Previsíveis, esperados, reconhecidos e recebidos com naturalidade, pois representavam aquele momento do tempo presente.

O amanhecer não se confundia com o anoitecer, nem a noite transformava-se em dia com um clarão que iluminasse a cidade por instantes. Cada vez mais nos distanciamos de uma realidade que a nós parecia comum, conhecida por todos.

Onde andará o sol iluminando o alvorecer?

E a lua oferecendo-se aos enamorados? Talvez, tenha desaparecido por sentir-se, hoje, tão sem importância num cenário romântico.

E as estrelas formando desenhos inspiradores?

Eram belos cenários que a Natureza nos brindava desde sempre. Hoje, essas presenças, no céu que nos cobre, não são tão mais frequentes, tampouco previsíveis.

A imprevisibilidade parece ser a tônica que move o planeta atualmente.

Seriam nossas próprias ações imprevisíveis, também? Não deveriam ser, para que a harmonia reinasse.

A paz e a harmonia dependem de uma construção sólida em que as ações humanas, também, influenciam a própria Natureza.

Os vendavais e a temperatura oscilante, ultrapassando os limites conhecidos de cada região do planeta, são indícios de que nossas atitudes estão favorecendo esses momentos imprevisíveis em que a Natureza tem se alterado de forma, por vezes, violenta.

Os novos cenários, que surgem sobre a superfície onde vivemos, são bastante preocupantes.

Lembremos que a superfície, quando mal tratada, altera o cenário que nossos olhos acostumaram-se a ver no céu, no nosso dia a dia.

Ah! Dirão alguns que isto de olhar o céu e de contar as estrelinhas é papo de criança. Não se fala, aqui, de contar estrelas. Fala-se da beleza de um céu iluminado, de uma noite estrelada. Fala-se de um sol nascendo, generoso, com seu brilho promissor ou de um entardecer em que seu brilho nos oferece um “gostinho de quero mais”.

A Natureza é um presente divino que nos cerca e nos cobre. E todo o presente deve ser guardado com carinho para nosso encantamento diário e resguardado para tanto.

Por que cenários?

Cenários lembram teatro, apresentações, shows. São montados e, após, desmontados. Enquanto montados, exercem o seu papel de forma adequada, a encantar a plateia. Quando desmontados, deixam saudades.

O cenário com que nós, humanos, fomos agraciados estava pronto quando aqui chegamos. Nossas atitudes é que favorecem o seu desmonte.

Da mesma forma, teremos saudades quando este cenário, mesmo que aos poucos, for sumindo.

Há quem acredite, e eu me incluo, que o processo de conscientização já exista e que possamos vencer os obstáculos impostos por governantes facínoras e que a humanidade, como um todo, edite, em conjunto, uma nova Ordem Mundial, pois todos amam a Vida. E a manutenção dela é o único caminho para que a utopia se concretize.

Embora Eduardo Hughes Galeano tenha dito que a Utopia serve para que eu não deixe de caminhar, se eu atingi-la outros motivos e objetivos existirão para que eu continue caminhando em busca de um aprimoramento das condições de vida. Ela deverá estar sempre presente, pois é ela que nos move e que pode nos fazer evoluir como seres humanos melhores.

A Utopia servirá para que nos esforcemos e venhamos a montar um cenário em que ambos, governantes e governados, sejam partícipes de um sonho comum que, se concretizado, terá atingido o que almejava o Criador do belo cenário: a manutenção da Vida plena, harmoniosa e pacífica a todos que por aqui estejam ou venham a passar.

Este cenário seria uma conquista e a prova de nossa evolução.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

ESCREVER E CANTAR: É SÓ COMEÇAR!


Lágrimas são lágrimas, mas a música pode transformá-las em pura poesia, em pura emoção. E um caminho pode abrir-se. Como em A Ponte, música interpretada por Zeca Pagodinho, onde a lágrima que cai representa a ponte entre mais nada e outra vida mais: mais além. E Deus protege a quem chora...

Por outro lado, o poeta já dizia:

- Mas só se pode construir cantando! Este verso do poema Anti-Canção Número Um, de Mário Quintana, reforça a necessidade de buscarmos nela, na música, a força que, atrelada à palavra, nos impulsiona.

As lágrimas, também, podem transformar-se em apenas pura poesia, quando servem ao mar para nele espelhar o céu, como O Mar Português de Fernando Pessoa. 


 


Ambas, música e poesia, são produtos do homem. E é nelas que Cecília Meireles encontra Motivo para levar a vida, reconhecendo que a canção é tudo


 


Através de sinais, musicais ou gráficos, por notas ou palavras, é possível nos religarmos à nossa essência que é comum a todos os habitantes deste planeta.

Somos seres falantes e cantantes.

Portanto, para escrever e cantar: é só começar.

Nestes difíceis tempos, torne-se uma ilha. Sim, não se assuste! Uma ilha é aquele acidente geográfico onde se pode chegar pelo barco da esperança, atracando às suas margens para desfrutar de momentos de reflexão e paz. Onde, também, a alegria e a emoção podem ser encontradas. Veja-se retratado nas palavras que afagam, nas letras que adubam nossos bons sentimentos, nas melodias que nos fazem vibrar. Torne-se, pela palavra ou pela música, um polo irradiador de benquerenças. Isto só trará benefícios para você e para o outro.

Assim como muros, grades e cercas não serão suficientes para deter o desejo de sobrevivência de milhares de caminhantes, da mesma forma as imagens de cenas devastadoras, propiciadas pela natureza e, principalmente, pela ação do próprio homem, despejadas, diuturnamente, pelos meios de comunicação, não podem ser capazes de nos tornar seres desesperançados.

Sobreviva, tornando-se uma ilha que produz e que reinventa; que escala montanhas e que perscruta o céu em busca de outros mundos: que navega por braços de mares até então desconhecidos. Traga tudo isto para a ilha e a transforme num porto seguro, capaz de salvá-lo. E a sua salvação poderá ser a do seu vizinho. Divida com ele suas capacidades e obtenha dele o que lhe falta.

Também ele é capaz de escrever e cantar.

Quem sabe poderão trocar palavras ao vento, pelas janelas que se abrem nos pátios internos. Ou, ainda, o assobiar do vizinho desperte em você a vontade de segui-lo em nova melodia, num compasso diferenciado. Afinal, embora da mesma espécie, somos diferentes. Portanto, únicos.

Ilhas, assim construídas, tornam-se pontes que se espraiam por terras e mares, buscando tornarem-se um mosaico de dimensões planetárias, onde as cores, os formatos e os tamanhos serão irrelevantes frente à capacidade de sustentação que adquirirão no conjunto.

A conscientização é o primeiro passo. A tecnologia ajuda, mas não é indispensável. O absolutamente indispensável é o sentimento do coletivo. A percepção de que estamos num barco quase à deriva, de que o leme está por perder-se e de que é urgente a tomada de decisões: este é o único dado inquestionável.

E para isto é preciso escrever e cantar? Sim. São atos de sobrevivência interna, por primeiro. São as palavras e as letras vestidas de melodias que nos dão a esperança, que nos impulsionam e que dão sentido à utopia. Quanto à sobrevivência do planeta, de igual sorte, elas têm papel importante. Expressam nossos sentimentos e emoções frente ao desejável, ao necessário e à urgência do momento.

A palavra poética ou não, a do discurso ou a da oração, alimentada pela conscientização do nosso verdadeiro papel no planeta, é que poderá mudar os destinos da humanidade.

E para escrever ou cantar

É só começar...

E, se precisar, não se envergonhe de lágrimas derramar, pois chorar faz bem, como registra o samba Choro de Alegria. Afinal, como diz a letra: motivo a gente tem.


E as lágrimas confessadas nos versos finais de um poema meu, Da Seiva, dão a dimensão transcendental do seu efeito sobre nós. 


 
 







A Ponte – Zeca Pagodinho 


Choro de Alegria – Exaltasamba 






segunda-feira, 13 de julho de 2015

EM BUSCA DA LUZ VERDADEIRA... ESSE É O PLANO


Com a mãozinha na beira do poço, espia lá pra dentro, pra o escuro. Nada enxerga. Nem consegue ver onde é o fundo.

A imaginação continua. E se fosse o contrário? E se estivesse lá embaixo, no escuro? Ela, a luz, acenaria lá de cima, da beira, como a indicar uma rota de fuga. A sensação seria diferente.

Quem, naquela idade, gostaria de penetrar no escuro sem saber aonde iria dar aquele caminho desconhecido.

A luz, por outro lado, por mais tênue que seja e por menor o ponto iluminado, sempre indicaria uma possibilidade de encontro com algo mais promissor do que a escuridão absoluta.

Visões infantis transformadas em pensamentos amadurecidos pelo tempo.

A luz ilumina e nos afeta com a intensidade em que é projetada ou com a intensidade que nos permitimos enxergá-la.

A luz branca do poste, que ilumina o chão, será menos ou mais intensa dependendo do olhar de quem observa e, principalmente, se este olhar enxergar aquele que jaz envolto em trapos no meio-fio da calçada. Será possível colocar um pouco mais de luz neste vulto?

Se a conscientização fizer parceria com a tomada de atitude, valerá um olhar mais demorado porque ele indicará uma luz a perseguir-se: exatamente como aquela que conduz da escuridão do fundo do poço à luz que emana da sua beira.

Uma luz é o que se persegue.

Que venha do sol que ilumina o dia.

Que venha da lua que ilumina a noite.

Que venha da justiça, da igualdade e da fraternidade que iluminam a sociedade.

Que as sombras não nos pareçam reais, pois não o são. São apenas sombras.

A luz que brilha fora da caverna é a que nos deve guiar. O olhar contra a parede e a iluminação a nós imposta tem que ser subvertida. A luz que se busca é aquela capaz de abrir as mentes e tocar os corações.

A evolução do ser humano só acontecerá quando as condições para tal forem conscientizadas e buscadas por ele próprio. Pela conscientização da importância de si mesmo como espécie.

É um trabalho árduo que pressupõe a capacidade de percepção do que nos cerca: das artimanhas em que estamos envolvidos.

A globalização, até certo ponto, facilita esta conscientização, pois há inúmeros exemplos, em diversos segmentos de sociedades tão diferenciadas, que possibilitam uma observação geral do que já deu errado, do que está dando errado ou do que ainda parece ter salvação.

Tudo indica que estamos a viver de imagens fabricadas e que passamos a concebê-las como realidades. As telas transformaram-se em paredes onde depositamos o olhar opaco, já sem luz, porque a luz verdadeira está lá fora. Está no parque, nas calçadas, nos viadutos, nos pátios, no convívio, no olhar do outro.

Na caverna de Platão e mesmo na de Saramago, mais próxima a nós, temos uma luz irreal, uma luz que não nos ilumina, que não deveria fazer parte de nossa caminhada. 

A verdadeira luz é outra.

Buscá-la: deve ser o plano individual.

Expandi-la: o plano universal.

Senti-la: aquilo que nos fará evoluir.


Uma luz em que o espectro apresente todas as cores, todos os matizes, todas as variantes: assim como são constituídos os mais diversos seres humanos.

Saiamos em busca. Para tanto, exige-se muito esforço.

Esse é o plano.

Afinal, estamos a falar da nossa sobrevivência como espécie.

Não valerá a pena o esforço?



De resto, façamos como escreveu Mario Quintana: 


Ou como Nelson Cavaquinho e Elcio Soares que souberam transpor esta mesma luz na composição Juízo Final, música cantada pelo próprio Nelson, com imagens resgatadas de apresentações do artista.

Que esta luz vingue para a nossa salvação como espécie.




Nelson Cavaquinho – Juízo Final