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sexta-feira, 10 de junho de 2022

NOSSO TEMPO



Passe o olhar sobre o drama.

Repouse o olhar sobre a grama.

Não se deixe atingir por tamanha lama.

 
Esperar dos dias atuais o quê?

Abrir os olhos ao amanhecer é um presente, uma dádiva.

E isto não é o menos: é o mais.

A partir desse instante, construa o seu dia.

Olhos e ouvidos nos permitem vivenciar todos os momentos que forem surgindo.

Como não se encantar com um céu azul permeado por algumas nuvens que passeiam por lá?

E se o céu estiver plúmbeo?

Também, conterá uma chuva benfazeja. Aquela que alimenta nossas lavouras, que supre nossos rios, pois também eles são importantes.

Tudo o que nos cerca é importante. Tanto positivamente, quanto negativamente.

Aos aspectos negativos, exijamos providências. Aos positivos, desfrutemos de suas benesses.

Percebamos a necessidade do silêncio para, muitas vezes, aquietarmos nossa mente e, apenas, trocarmos pensamentos com o nosso eu. Aquele que devemos manter a salvo de tantos dramas.

Embora não devamos ser omissos, a nossa participação não deve ficar refém. Caso contrário, o prejuízo poderá ultrapassar alguns limites necessários para o bem viver cotidiano.

Observar mais o chão por onde pisamos, com certeza, trará surpresas. O leve sacudir das folhas da árvore da calçada é, por vezes, visitada pelo passarinho que vem ali cantar seu bom-dia.

Quanta beleza nos cerca!

Basta que tenhamos olhos para vê-la, para ouvi-la, para senti-la.

A agressividade, a intolerância e a criminalidade, que nos cercam, devem ser combatidas por quem detém essas funções.

Que o nosso meio ambiente também seja preservado!

Afinal, por aqui estamos presentes e dependentes desse cuidado. Portanto, a responsabilidade é comum a todos e a fiscalização também deve se fazer presente.

Assim, como uma brisa que vem e que passa, sigamos buscando aquilo que de melhor nossos olhos e ouvidos puderem encontrar.

 
Quero-te ao meu lado.

Meu amor eterno.

As saudades repousam no olhar guardado

De momentos tão ternos.

 
Não esqueçamos, porém, que o TEMPO PRESENTE é o que nos move e, nele, nosso ser deve transitar de forma serena para que consigamos observar todas as belezas que nos rodeiam.

E elas, ainda, existem.

Do passado, trazemos as lembranças.

O futuro? A ninguém é dado conhecer.

O PRESENTE é o momento que vivemos. Nossos sonhos, se viáveis, já podem tornar-se realidade.

Basta que, mentalmente, nos preparemos para este feliz desfecho. E ele, com certeza, virá.

Enquanto isso...

Use seu olhar, conforme sugere o poema abaixo.










domingo, 9 de maio de 2021

NAVEGUE...

 


Pouse o olhar naquela nuvem.

Acompanhe o voo do bem-te-vi entre as árvores.

Siga a mão que oferece amparo. E a outra que pede...

Navegue entre as águas turvas que cobrem aquele arroio tão conhecido.

Procure não contaminar teu olhar com o que vê.

Procure o belo que se encontra no céu que carrega aquela nuvem.

Olhe para o alto!

Olhe para baixo, também, pois cuide para não pisar em falso e cair sobre a calçada imunda que macula o olhar.

Navegue, mesmo que solitariamente, num mar de incertezas.

Navegar é preciso. O navegar dá-nos a impressão que as águas nos ajudam a seguir em frente. O caminhar parece que, atualmente, está proibido. Navegar, porém, mantém nossos sonhos, expectativas, possibilidades, alternativas e desafios na esfera do plenamente possível, pois viver é preciso.

Como viver sem sonhos?

Nosso eu interior clama por construir caminhos que nos possibilitem seguir em frente.

Somos um e todos ao mesmo tempo.

Carecemos do olhar do outro.

Como subsistir individualmente?

Temos no convívio humano nossa sobrevivência psíquica frente aos dilemas do cotidiano.

Navegar é preciso. Não importam quais sejam as águas. Importa, sim, quem nos acompanhará nesta caminhada. O confinamento não serve a ninguém.

Que nossos olhos e mãos nos sirvam para olharmos o irmão e dar-nos as mãos em busca de soluções.

Troquemos as lágrimas de desalento por outras de satisfação e alegria pelos encontros nas esquinas deste caminhar cotidiano.

Navegue pelos pensamentos positivos, pois eles são muitos e, somente eles, levar-nos-ão ao encontro das respostas aos nossos anseios e questionamentos.

Abra a janela e navegue o olhar sobre o pomar do vizinho que encobre belezas que, antes, não te despertavam qualquer sensação.

Hoje, porém, recluso a quatro paredes, o olhar encontra alento numa beleza que sempre estivera ali.

Momentos negativos, que se somam, podem e devem ser banhados por ondas positivas que facilitem nosso navegar por águas tão turvas que nos cercam.

O brilho do Sol, mesmo em meio a nuvens, oferece a luz que nos anima, reconforta, regenera e alegra nossos momentos solitários em que o “eu” emerge e alimenta de sonhos nosso viver cotidiano.

Belinha, neste final de tarde, está reclusa, porém presente às energias que chegam até ela do Sol, pela janela, que lhe é oferecido, gratuitamente.

É a Natureza a nos acarinhar. Ela que é, também, nossa mãe.

Este Universo, ainda desconhecido, tem, nos astros que o integram, segredos que devemos admirar, pousando nosso olhar e abastecendo nosso “eu” com perguntas, indagações ou, simplesmente, com um puro êxtase tamanha a beleza que apresentam.

Neste Dia das Mães, nossa Terra e toda a Natureza que a compõe, devem ser homenageadas.

Agradeçamos a elas que nos oferecem guarida neste caminhar cotidiano.

De dentro de nossas casas, agora restritos, navegamos em pensamentos e percebemos a importância de construirmos juntos condições melhores à Natureza, considerando que todos nós dela dependemos para uma sobrevivência plena e saudável.

Ela é uma mãe que acaricia, mas que, também, impõe regras e limites para um convívio harmônico com todos os seres que habitam este planeta.

Este pequeno ponto no Universo merece, igualmente, nosso respeito e cuidado.

À Natureza, que o faz vivo e pleno, nosso agradecimento e saudação respeitosa neste Dia das Mães. Devolvamos a ela todo o carinho com que, um dia, nos acolheu.