domingo, 28 de novembro de 2021

BEM-VINDA SEJA SUA LUZ!

Sombras existem. Elas nos protegem ou até mesmo nos escondem. Despertam nossa curiosidade ou até mesmo o medo do desconhecido.

Os guarda-sóis e as frondosas árvores têm a possibilidade de nos protegerem de um sol escaldante.

Mas quem quer mergulhar nas sombras ou na escuridão?

Ela, que já foi admirada pelos amantes, sente-se rainha quando se apresenta plena de luz. Ela, definitivamente, não gosta da escuridão. Por isso, levou 580 anos para permitir que a cobrissem, mesmo que de forma parcial.

Esconder sua luz, não exibir toda sua beleza, não servir de fundo para aquele beijo roubado, é desestimulante.

Por isso, já avisou que a próxima escuridão a que se submeterá só daqui uns 500 anos.

Sua cor é a branca da pureza, não lhe interessando tornar-se avermelhada.

Confessa que gostaria de estar presente a enfeitar, todas as noites, o céu visto por seus amantes.

Existe melhor recompensa do que esta?

As noites são feitas para que ela reine plena. Este é o seu desejo e de todos aqueles que a apreciam.

No meio de tanta escuridão, construída por ações deletérias de alguns seres que circulam por este Planeta, acredita que seu papel, na dinâmica desta esfera “abençoada”, seja manter sua luz plena, se possível, todas as noites.

Não sendo isto viável, não pretende, tão cedo, deixar de espargir sua luz sempre que se oportunizar esta possibilidade.

Coberta como se sentiu, não pôde desfrutar do carinho daqueles que tanto a admiram.

Está feliz, pois soube que somente daqui mais de 600 anos, novamente, será coberta pela sombra da Terra. Soube, offline, que seus admiradores assim também pensam e, igualmente, estão felizes com esta longa espera.

Ao ver milhares de olhares que a admiram, sente-se recompensada e continuamente pronta para este convívio noturno.

Seu lugar está garantido no apreço daqueles que a admiram e cultuam os céus deste nosso Planeta, desta nossa Casa.

E uma casa tem que estar sempre iluminada. De dia, pela luz do Rei Sol. À noite, pela beleza de sua companheira: a Lua.

E nós, habitantes dessa Casa, estaremos prontos a desfrutar dessas belezas que nos mantêm firmes e fortes.

Claro, desde que nos comprometamos com os padrões necessários para termos esta nossa Casa limpa. Porque na sujeira não há luz que queira permanecer por muito tempo.

Diante da saudação de boas-vindas, a Lua, feliz, responde assim:

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