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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

ATÉ QUANDO?

Ninguém sabe.

Será que continuaremos vivendo, daqui para frente, como há poucos anos atrás vivíamos?

Um simples cumprimento voltará aos moldes daquilo que nos aproxima pelo contato, pelo sorriso, pelo olhar receptivo, pela satisfação de quem ofertava e daquele que recebia um “tudo bem”?

Esperar o quê?

Difícil é adotarmos esta nova postura de desconfiança, de receio, de controle das emoções, tipicamente humanas, neste cenário posto, sem data para acabar.



E os aromas? Nem pensar.

E os perfumes? Não mais são necessários.

Basta que inspiremos o suficiente para a respiração manter-se adequada.

Claro que a inspiração, diante dessa necessidade de se manter a respiração, deve, como material de sobrevivência, propiciar a inspiração para que nossos versos se tornem poemas. Os poetas sabem o que fazer com momentos de desalento como o que estamos a passar.

Se palavras, neste momento, são difíceis de pronunciar e de ouvi-las, lê-las são uma forma de resiliência diante do caos imposto.

Olhemos para o alto, para o céu que nos cobre, pois lá encontraremos uma força que nos manterá capazes de recriar aquelas nuvens ameaçadoras em passageiras, que se desfazem logo adiante.

E, logo, novos versos surgirão.

Afinal, a Natureza é nossa companheira diuturna. Devemos a ela nosso amanhecer e anoitecer diários.

Portanto, nosso rosto, embora parcialmente coberto, não nos transforma em alienígenas. Somos aqueles seres que, embora sob tensão, mantemos nosso emocional a salvo de maiores sobressaltos.

Temos a ELE como escudo maior e a palavra poética como expressão de nosso sentir diário.

Ela resguarda-nos de confrontos desnecessários. E, quando poética, restabelece nosso equilíbrio emocional porque expressa todo o potencial que dispomos contra as incertezas do amanhã.

A palavra constrói o hoje, que permanecerá para o amanhã, como prova de nossa capacidade humana frente às agruras que vierem a se instalar em nosso meio.

Portanto, não nos importa ATÉ QUANDO?

Embora nossas faces estejam cobertas, nossos olhos ainda fitam o céu que nos cobre e, de lá, ELE é o nosso colírio que manterá nossos olhos piscantes, buscando soluções, plenos de esperança.

ATÉ QUANDO FOR NECESSÁRIO.

Esta é a única resposta.