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quarta-feira, 4 de julho de 2012









 
RS +25
OH, GAIA! HAVERÁ SAÍDA?

Já imaginaste deslizar pelas águas do Arroio Dilúvio, em plena Avenida Ipiranga? Barcos circulando desde a nascente do Arroio até o seu encontro com as águas do lago Guaíba? Não te agradaria este passeio turístico? Em plena tarde, com o famoso pôr do sol a te conduzir por mansas águas até desaguar em teu rosto os últimos raios do astro rei? Que tal essa imagem? Poética demais? Não. Plenamente possível, é a resposta. 
 
Seria tão difícil para nós, porto-alegrenses, levarmos essa ideia adiante? Como ela acrescentaria dividendos ao nosso bem-estar, ao nosso meio ambiente, à qualidade da nossa água, ao nosso potencial turístico. 

O que temos a fazer? Arregaçar as mangas e começar pela conscientização da população com relação à necessidade do destino correto do lixo, de uma preocupação com o uso correto da água. Paralelamente, exigirmos do Município de Porto Alegre uma ação mais combativa da que vem sendo apresentada, com relação ao tratamento do esgoto cloacal e à recuperação do nosso Guaíba. 

O nosso ambientalista, reconhecido internacionalmente, José Lutzenberger criou a Fundação Gaia há 25 anos. Antes mesmo dessa iniciativa, tivemos a criação da AGAPAN, em 27 de abril de 1971. A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural foi a primeira entidade ecológica da América Latina e uma das primeiras em nível mundial. Já são 41 anos de lutas pela preservação do meio ambiente, numa clara visão em defesa de uma nova forma de desenvolvimento. 
 
Aliás, o nome Gaia era usado pelos antigos gregos ao se referirem à nossa mãe Terra. 
 
Então, o que dizer de nossa Gaia? Ela que está ligada de forma indissociável a todos nós. Aliás, nós somos, na verdade, a própria Gaia. O que estamos fazendo com nós próprios? 
 
Seria muita burrice se nos colocássemos em dissonância com Gaia, tendo ao nosso alcance, pelo que já se sabe, toda uma tecnologia funcionando em termos planetários. Por que não nos tornarmos a massa cinzenta do cérebro de Gaia, conforme discorria Lutzenberger sobre o tema? 





Portanto, podemos começar pelos nossos mananciais de água, puros em suas nascentes, como a do nosso Arroio Dilúvio. Que suas águas, em seu trajeto até a foz, possam ir sendo preservadas do esgoto ali despejado, do lixo depositado em seu percurso. É urgente um saneamento básico mais abrangente, um tratamento efetivo da água que se bebe, coleta e reprocessamento do lixo diário e um olhar diuturno mais atento à conscientização dos problemas ambientais via educação. Não é possível pagar-se por uma água, que se têm restrições ao consumi-la, e gastar-se na compra de garrafões de água mineral oriunda de fontes que nem se sabe, também, se livres de resíduos prejudiciais à saúde. A comunidade científica já questiona o grau de potabilidade da água do Guaíba, considerando-se a relativa eficácia dos produtos utilizados para a sua descontaminação. 

Particularmente, acredito mais num movimento RS + 25, que acrescenta mais 25 anos à Fundação Gaia, na luta pelo desenvolvimento sustentável, do que na Rio + 20 com seus créditos de carbono tão aplaudidos. Há quem se posicione sobre esses tais créditos comparando-os com o ato de matar. 

Há quem diga que é como se permitíssemos o ato de matar, e que o homicida, depois, pagasse uma fiança para ficar imune a qualquer processo. Quanto mais monstruoso o crime, maior seria a conta a pagar em dinheiro. Então, quanto mais poluição for detectada, maior o valor a ser indenizado. Não esqueçamos, porém, que isso não serve à natureza, mas sim ao homem, que apenas se preocupa com o vil metal. Muitos danos ambientais levarão séculos para serem revertidos. 

Por outro lado, há já, inclusive, investigações, que tramitam na Polícia Federal, acerca de fraudes na venda de créditos ambientais da Mata Atlântica em São Paulo. O que evidencia que tais créditos estão alimentando o novíssimo, rico e especulativo mercado de créditos de carbono. 

Na verdade, o que se tem de buscar são fontes de energia mais limpas. Para isso, precisa-se de pesquisa, excelência nos quadros acadêmicos, verba direcionada para experiências e, é claro, uma educação ambiental desde as primeiras letras. Tudo isso somado a muita conscientização, prevalência de valores morais, ética e comprometimento de toda a sociedade com metas definidas, que se estenderão ao longo do tempo necessário, independentemente de cores partidárias. E o caminho a trilhar deverá ser mantido com foco, determinação e disciplina, ingredientes imprescindíveis para qualquer ação humana que se pretenda exitosa. 

Se soubermos aproveitar os próximos anos, poderemos implementar medidas ambientais, em termos de solo, água e ar, que comecem, efetivamente, a reverter o quadro devastador que se avizinha. 

Considerando entidades como a AGAPAN, inúmeras outras associações espalhadas pelos diversos municípios gaúchos, centros de estudos, institutos, com o apoio da Fundação Gaia e, ainda, da Assembleia Permanente das Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDeMA/RS), é de se ter esperança numa mudança nos padrões de sustentabilidade no nosso Estado. 

Cobremos das autoridades estaduais um maior empenho e uma atitude mais resolutiva no enfrentamento da questão ambiental, principalmente na fiscalização das indústrias poluidoras. Deverão essas dispor de mecanismos despoluidores dos seus dejetos ou o reprocessamento dos resíduos jogados, hoje, livremente nas águas que compõem a Bacia Hidrográfica do Guaíba. 

Há que se investir mais no tratamento da água que se está a consumir em Porto Alegre. Para isso, acredita-se que haja pessoal técnico capaz de fazer uso de modernas tecnologias no manejo da água. Portanto, esse investimento é uma das prioridades de qualquer governo que se instale. 

Não percamos a esperança. 

Gaia, nossa Terra, nosso Planeta Água deve sobreviver. Talvez, não exatamente como nós a conhecemos hoje. 

O problema maior somos nós, pobres mortais! 

Trabalhemos para reverter o quadro e... rezemos. 

Sabe como é, uma ajudazinha do CÉREBRO, que está bem além de Gaia, sempre é bem-vinda. 
Aliás, para descontrair, corroborando o que foi dito acima sobre a água, vejamos o que imagina Martha Medeiros na última crônica, “Afogando-se num pires”, publicada no jornal Zero Hora de 01/07/12, e que vem confirmar a ideia, já incorporada, da necessidade de comprar-se água, dispensando, dessa maneira, aquela fornecida pelo DMAE. Atentem para o trecho extraído da referida crônica: 

“Se a última garrafa d’água da casa foi aberta, não custa passar num mercadinho e renovar o estoque pra não ser surpreendida por uma sede absurda no meio da noite.” 

Pode? 

Pode, sim. Urge que se tomem medidas drásticas contra essa possibilidade cada vez mais constante e preocupante.






Planeta Água – Guilherme Arantes 

Arroio Dilúvio  - como despoluir? Veja como a Coreia do Sul despoluiu seu arroio

Bacia Arroio Dilúvio – Um Futuro Possível - PUC/UFRGS

Arroio Dilúvio (Passado, Presente e Futuro) 



Lutzenberger – Forever Gaia – filme 



 
Notícias:

- Créditos de carbono: os oportunistas em ação 

- Créditos de carbono: negócios privados garantidos por terras da União




Jornal Zero Hora 10/09/2012


 

Parabéns ao Governo Municipal pelo enfrentamento de questão tão importante à saúde da comunidade porto-alegrense.
 
Jornal Zero Hora 10/11/2012



Intervenção Cultural ocorrida em 21 de março de 2014,sobre o Arroio Dilúvio – Projeto Ecopoética


 

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Comentário via e-mail:
Prezada Sra. Sonia,

muito obrigado pela sua mensagem. É muito bacana saber que nosso trabalho é bem acolhido e que se constitui de mais um elemento mobilizador em prol da construção de uma sociedade humana mais consciente de seu protagonismo na sustentabilidade planetária.

Apenas para esclarecimento, a Fundação e o Rincão Gaia são a mesma entidade. O Rincão é a sede da Fundação e está localizado próximo à Pantano Grande - RS.

Votos de continuado sucesso para a Sra e todos nós!

Lara Lutzenberger
Presidente
Fundação Gaia - Legado Lutzenberger