Mostrando postagens com marcador girassóis. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador girassóis. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

IMPORTANTES PARCERIAS



Quando Belinha buscava com o olhar aquela lua distante, o que via eram montanhas e um relevo que alimentavam sua imaginação.

Carecia daquela sensação de perseguir o desconhecido ou, melhor ainda, de criar imagens que a faziam sonhar com um Universo palpitante. Seus olhos buscavam alimentar-se de beleza: aquela que também almejava atingir.

Seus olhos sempre buscaram alimento no céu. Aquele alimento que apazigua o espírito, que embala sonhos, que cria, transforma e recria imagens que dão mais vida ao cotidiano. Um alimento desprovido de qualquer toxina: um alimento saudável.

Assim como a luz de um luar, que penetra o nosso olhar, todas aquelas outras luzinhas, tão distantes, apontam caminhos possíveis num céu totalmente estrelado.

Como não se deixar invadir por todas estas luzes benfazejas! São puro alimento para o despertar de nossas emoções ou, apenas, para propiciar momentos de paz interior: um alimento difícil nos dias atuais. À noite, podemos ter este prato gratuito. Claro, quando a Senhora Natureza assim permite. Belinha gosta por demais deste alimento, pois lhe possibilita sonhar de olhos abertos, contemplando a beleza desta parceira que lhe acompanha há um bom tempo.

Já com o outro parceiro, que brilha intensamente, ela o considera extremamente importante, mas o respeita, pois olhá-lo fixamente, por algum tempo, pode não ser bem entendido, pois sua excelência é considerado rei. Daí, a dificuldade em fixar o olhar diretamente em sua majestade, Reconhece, porém, que ele é um alimento imprescindível a sua saúde física e, igualmente, gratuito.

Belinha considera estes dois alimentos necessários para um viver equilibrado. Aquele em que os atropelos diários possam ser melhor enfrentados, mantendo-se a saúde física e mental.

Belinha refere-se apenas a ela e ao Universo onde sua morada encontra-se: um invisível ponto localizado em outro minúsculo ponto, um pouco maior, é verdade.

Ela, que necessita sobreviver com uma relativa qualidade de vida, precisa da luz desses dois importantes parceiros. Aquela luz fria e a outra quente, controlada, auxiliam Belinha a sobreviver sonhando e tendo energia para encarar a passagem dos dias, das noites e do tempo medido, por nós mortais, como término de um ano e início de outro.

Belinha tem como exemplo a seguir os movimentos dos girassóis.

Eles sobrevivem graças ao movimento que executam, voltando-se sempre em direção ao Sol. O heliotropismo, conhecido por este nome, é o que buscam constantemente e ele significa a autossobrevivência para esta espécie vegetal. A cada amanhecer buscam a sua fonte de vida.

Isto lembrou Belinha do que move os homens a cada início de um novo ano. Ultrapassá-lo, na expectativa de que será um ano melhor do que o anterior e que sonhos, transformados em projetos, se concretizem. Este é o desejo de todos nós.

Acredito que, da mesma forma que os girassóis, devemos perseguir uma melhor forma de sobrevivência, buscando aquilo que a Natureza nos oferece, gratuitamente, para que alcancemos, com saúde física e mental, os objetivos que traçamos ao longo dos anos já percorridos.

Portanto, que o ano que se aproxima seja ultrapassado com o firme propósito de alcançarmos uma continuidade dos sonhos que nos alimentam o cotidiano.

Que a emoção de uma noite enluarada possa servir de companhia, mesmo que solitários indivíduos parem para contemplá-la.

Que o astro-rei ilumine nossos horizontes nos dando força para os embates, acaso aconteçam.

Que a Natureza nos sirva de exemplo com seus ciclos definidos e produtivos, cujos frutos revelam uma colheita satisfatória.

Que sigamos em frente, certos de que as emoções, que nos acalentam, serão bem-vindas, pois fruto de seres humanos capazes de aquecerem seus corações com um belo luar.

E os seus corpos? Ao Sol radiante, que promete força física, desde já, agradecem pela energia fornecida gratuitamente.

Belinha acredita num 2020 pleno de luares e aquecido por sua majestade: o Sol.

O que importa, na verdade, é que, buscando estas parcerias, recebamos suas benesses.

Aproveitemos estes momentos de parceria e construamos pontes entre os amanheceres e os anoiteceres: tudo que nos possibilite transpor as barreiras do cotidiano com mais leveza.







quinta-feira, 16 de agosto de 2018

CUTUCANDO...



Há oitenta anos, surgia a teoria dos ventos solares supersônicos, desenvolvida pelo astrofísico Eugene Parker, ainda vivo. Observações e estudos, feitos daqui do chão deste nosso planeta, serviram de base para esta aventura científica iniciada neste dia 12 de agosto de 2018.

O que acontecerá ao longo dos previstos 7 anos desta missão espacial, levando a sonda Parker Solar Probe? Ninguém sabe.

O que Mariazinha se lembra daquela época, em que o mundo científico não era tão aberto ao público em geral, era a observação da mãe sobre os girassóis.

Claro, não existia a Internet. Mas já existiam os girassóis e o encantamento pela natureza. Aquela que nos cerca até hoje, ao nível do olhar, do tocar, do sentir, do ouvir, do sonhar, do imaginar.

E os girassóis, assim como nós, já buscavam aquela fonte de calor, de vida. Nós, porém, ainda buscamos algo mais. Depositamos nosso olhar naquele poderoso astro e, com o coração receptivo, encontramos a emoção-contemplação, aquela que nos permite usufruir o sabor do mundo, o sabor da vida. Aliás, tudo que é grandioso, poderoso, invencível, tem que ser apreciado à distância. Tal como um leão dentro da jaula. Deixá-lo ali e admirá-lo ou soltá-lo e mantê-lo em longínquas selvas.

Quando, entre as venezianas, aquela luz brilhante ali aparecia era uma festa para Mariazinha. Era sinal de que poderia brincar no pátio à vontade. Com o tempo, o pátio transformou-se em praça e era melhor ainda ter sua companhia.

Ao admirá-lo quem não se encanta?

Seja ao alvorecer ou num entardecer sua beleza é indescritível. E, ao longo do dia, sua força torna-se imprevisível e todo o cuidado é pouco.


Convenhamos que, se perto dele chegarmos, não nos servirá pra nada. Lá, jamais poderemos aportar. Só é belo e útil à distância. Além do que a soma astronômica de US$ 1,5 bilhão (1 bilhão e meio de dólares) seria melhor aplicada para resolver problemas de milhões de pessoas que vivem na pobreza. Provavelmente, este incalculável valor tenha sido auferido de movimentos predatórios em tantos países espoliados, cujas populações vivem na indigência.

Mas quem se importa?

O que importa, segundo os cientistas, é obter dados que possam prever quando uma tempestade solar poderia afetar a Terra. Pois as tais partículas energéticas podem liberar tempestades geomagnéticas espaciais, causando a interrupção da rede elétrica em nosso planeta.

Meus caros!

Façamos uma prece aos ventos para que se mantenham e que nossa energia se transforme em eólica. Achei a solução!

Agora, não consigo achar solução para a perda do encantamento e, principalmente, para a reação que o nosso astro-rei pode ter quando for cutucado mais de perto.

Cuidado, senhores cientistas!

Não destruam o encantamento que acompanha o desconhecido, pois, se revelado, poderá estressar os poetas de plantão que têm olhos para estas belezas que compõem o nosso Universo.

O Universo para um poeta é fonte inesgotável! Sua origem é como a origem de um poema que, quando surge: nem seu autor sabe de onde.

Mas os olhos, que nele pousarem, sairão diferentes. Assim como aquele que repousa o olhar num entardecer brilhante pela luz de um Sol distante, mas ainda presente.

Lembrem-se das futuras “Mariazinhas”. Ah! E dos girassóis!


Em tempo:
O alerta fica por conta do ocorrido com Ícaro, filho de Dédalo, herói grego, que teimou em se aproximar demasiado do astro-rei.




 Uma homenagem da Banda Astro Rei ao Sol