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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

LEMBRANÇAS...



Ele foi-se. Passou. Como tudo que passa, deixou lembranças.
Assim como sempre foi.


Era uma vez uma cerca de hortênsias junto ao quarto.

Era uma vez uma escada feita pra sentar e mais outra para galgar. Uma goiabeira para colher e um balanço para brincar. Um colega para admirar e outros tantos para conviver. Alguns poucos amigos para contar e outros tantos para somar. Algumas histórias para reviver e outras para lembrar-se de esquecer.

Quão importante é lembrar!

Lembrar-se dos detalhes, das cores, dos cheiros, dos sons, dos encontros e desencontros. Dos perigos possíveis e das certezas tão incertas. Da mãozinha que se escondia do frio e da outra que buscava o parceiro.

Lembrar-se de quem soube maltratar, por que não? Mas, também, de quem soube acarinhar, proteger e amar.

Lembrar-se da visão primeira do mar e do sol. E da lua como inspiração para sonhar. Bem antes, é claro, de servir-se dela como coadjuvante do ato de iniciar-se nas vielas do amor.

Lembrar-se das ruas, becos e descampados percorridos em cumprimento da obrigação diária de estudar. Das distâncias alcançadas que, lembradas, revelam o êxito da caminhada.

Nada foi em vão. As lembranças, também, não o são. Elas são o alimento que nos mantêm vivos, reflexivos e criadores de novas lembranças, que se vão somando a cada novo ano que se anuncia.

Novas lembranças, ainda fresquinhas, deixaram um legado a todos.


O mar, a lua, o sol ou as estrelas estarão diferentes?

Se estiverem, guardemos a percepção individual do seu constante modificar. Se não, acompanhemos o seu permanente poder de nos encantar.

Lembranças de ontem são o combustível para os sonhos que se desenham a cada novo ano. Elas não representam o passado apenas. Elas também projetam a possibilidade de renovação, se as trouxermos todas ao novo ano que nasce.

Se forem boas, podem ser repetidas.

Se não, serão úteis para nos guiarem por melhores caminhos nos próximos 365 dias de qualquer ano em que se esteja.



Portanto, abracemos todas as nossas lembranças: aquelas distantes e as mais próximas.

Com elas cercamos o nosso eu de maiores e melhores chances de vencermos o embate diário a enfrentar.

O ano que se foi já é passado. E, é claro, deixou lembranças.

Bem-vindo 2016!
Logo, logo...
Uma nova fonte de lembranças nascerá.


E àqueles momentos meus
Que foram teus
Resta, agora, apenas lembrar.


Ou, como diz a letra do conhecido samba-canção Nossos Momentos: recordar.
Pois o mar, quando chega, apaga tudo levando as palavras escritas na fria areia.


Mas, não as lembranças!





Nossos Momentos – Gal Costa







segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

AMANHÃ? SERÁ UM NOVO DIA!

 
Amanhã, Paula fará duas provas, bem importantes, que a tem preocupado. São conteúdos bastante difíceis. Terá pela frente, ainda, mais três dias de provas. Na semana seguinte, em hora e dias marcados, saberá os resultados. Poderá, então, comemorar ou não. De qualquer maneira, na semana posterior, viajará para a praia. Torce para que o dia escolhido para a viagem apresente bom tempo. E que haja uma luminosidade intensa, com muito sol e calor, prenunciando as condições ideais para as férias tão aguardadas. Com certeza, no dia seguinte, curtirá uma bela praia, coisa que continuará fazendo durante toda a temporada. Espera, a cada dia, fazer novas amizades.
Serão dias que se renovarão a cada manhã.
 
Claudinha espera, com ansiedade, os finais de semana, que se repetem a cada quinze dias, oportunidade em que o pai vem buscá-la. Tendo seus pais se separado, essa é a ocasião em que desfruta com ele de momentos que a deixam muito feliz.
 
Raulzinho até não acredita que a tia Helena vai lhe dar um uniforme completo, do seu clube do coração, para que ele jogue futebol no time do bairro. Ela prometeu que irá comprá-lo já no dia seguinte em que receber o salário do mês. E ele não cansa de contar os dias, que parecem nunca chegar ao dia marcado.
 
Vó Margarida conta os dias para fazer a tal viagem à Capital, quando conhecerá Isadora, a netinha recém-nascida.
 
Fernanda espera, ansiosamente, o dia marcado para buscar o exame, tão aguardado, que revelará se o seu sonho de ser mãe irá se concretizar.
 
Roberto aguarda, com grande expectativa, o resultado dos testes feitos para o novo emprego de que tanto precisa.
 
Snoopy, o gracioso Shih Tzu, sempre em alerta, aguarda o momento em que se abrirá a porta e sua dona lhe pegará no colo, fazendo-lhe, como sempre, os tão esperados afagos.
 
Até a idosa Geci, que assiste, pela segunda vez, a uma novela tão sua conhecida, também aguarda o dia seguinte com certa ansiedade. Talvez, apareça aquele familiar que prometeu vê-la brevemente. A esperança, afinal, não pode morrer.
 
Ela é que nos move. Ela faz parte do amanhã. E o amanhã é qualquer dia que virá, menos o hoje, pois esse já é.
Todos os dias seguintes ao de hoje são importantes. O amanhã nos reserva a possibilidade de os sonhos tornarem-se realidade.
E sonhos e desejos quem não os tem? Se a consciência e a lucidez estiverem presentes, será possível descortinar o dia de amanhã com esperança.
Portanto, a tão conhecida “virada” acontece todo dia seguinte ao hoje.
Os sonhos, em especial, constroem-se no dia a dia. Então, não depositemos apenas numa noite, de um final de ano, que precede um dia, todas as expectativas de mudanças e realizações.
Lembremo-nos que, como já diz a música MARCAS DO QUE SE FOI, “todo dia nasce novo em cada amanhecer”.
Que as marcas do tempo, se ficaram, sirvam de mola propulsora para um salto de qualidade. Que o inventário dos dias passados não redunde em lamúrias.
Que as pessoas se joguem de cabeça no dia seguinte ao hoje. Não apenas na travessia de 2013 para 2014, mas, principalmente, em todos os dias do novo ano.
É bom lembrar que todos os dias, afora hoje, serão novos dias.
E que sempre haja a esperança, com redobrada força, de que o amanhã será melhor, de que “será pleno”, como dizem os versos finais de outra bela canção.
 
Um Feliz 2014 a todos nós.
 
 
Marcas do que se foi
 
 
Amanhã - Guilherme Arantes
 
 
 
 

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

DIAS MELHORES

Vire a página, leitor. Mais um esforço e o livro terá acabado de ser lido. Se exigiu certo esforço, nem sempre é porque foi enfadonho. Às vezes, por ser mais denso, demanda uma reflexão maior, o que acarreta maior tempo na leitura. Mas isso é bom. Com certeza, deixará em nós, leitores, um saldo positivo no conhecimento das coisas, das gentes, do mundo.

É como o ano que passa, o calendário que se soma a outros e mais outros. Um artifício que criamos para não nos perdermos na poeira dos dias. Alguns desses são mais cinzentos, mais sombrios, mas não menos ricos. Às vezes, até o são bem mais produtivos que os ensolarados. Talvez, esses nos deixem mais lentos, menos criativos. O saldo do dia pode ser que seja bem menos rico do que aquele em que o céu plúmbeo esconde o que está por vir.

De qualquer sorte, esse correr inexorável do tempo apresenta, a cada minuto, incertezas, pois essas fazem parte do futuro: o futuro dos 60 segundos seguintes ao agora.

Portanto o hoje, este instante de agora, é o que interessa de verdade. Não quer dizer que não devamos nos preparar para o dia de amanhã. Porém, se esse momento presente for bem aproveitado, influenciará os que se seguirem. Tudo é um encadeamento. Assim, vamos nos construindo, nos modificando, e mudando de aspecto com o tempo.

Aliás, Mário Quintana escreveu sobre o Tempo. Disse ele:

“O tempo é um rato roedor das coisas, que as diminui ou altera no sentido de lhes dar outro aspecto”.

Também escreveu:

“Não importa ao tempo o minuto que passa, mas o minuto que vem”.

Pois a nós interessa mais o minuto que passa, do que aquele que vem. Até porque não se sabe se para nós virá.

E a esperança?

Há quem diga, herança dos estoicos, que ela é a maior das adversidades. Porque seria, por natureza, aquela tensão insaciada. Viveríamos atrás, constantemente, da chamada felicidade. Estaríamos sempre em busca da tal felicidade. Ainda, para complicar, depositaríamos NELE a esperança de melhores dias, herança cristã.

Passados os tempos, impôs-se, através de uma nova teoria do conhecimento, uma nova ordem no mundo, que não é mais dada, e sim construída. E se assim é, depende mais de mim do que do DIVINO o alcance de melhores dias e, consequentemente, da felicidade.

De qualquer maneira, seguindo por essa trilha, do esforço pessoal, ou pela outra, a da inércia ou resignação, o fato é que os dias se sucedem. E, no fundo, esperamos que sejam sempre melhores do que os anteriores.








Então, que sejam, efetivamente, melhores os dias que estão por vir.

Agora, dada a nossa fraqueza e pequenez, nada melhor do que pedirmos a ajuda DELE nessa caminhada. Tudo com muita Fé e Trabalho.

Que a virada do ano traga dias melhores.

Aliás, não apenas aguardemos, mas, juntos, construamos DIAS MELHORES.


UM FELIZ 2013 A TODOS!
 
 
 
Dias Melhores – Jota Quest
 




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Comentário via e-mail:

Sônia, o texto está ótimo, reflete nossas vivências, presentes e futuras, as quais vão marcando nossa trajetória terrena, na busca incessante do encontro com a felicidade e o Divino. Temos um universo permante para descobrir e, para isso, é necessário ter muita fé, esperança e determinismo. Os dias podem ser longos ou curtos, dependendo, apenas, do nosso estado de ânimo, do gosto pela vida, pelas pessoas, enfim, por tudo que Deus colocou à nossa disposição. Uma boa semana e um abraço, Krusse.