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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

QUE BELO CÉU!




Quando azul, um presente aos olhos. Mesmo quando plúmbeo, é bem melhor do que as cenas que nos cercam. As lixeiras, colocadas nas ruas, parecem não cumprir sua destinação, pois seus usuários, embora usem-nas de forma correta, há quem remova parte do seu interior, levando embora, e deixando restos espalhados pelo entorno. Quanta sujeira!

Saudades do tempo em que o caminhão, que recolhia o lixo diariamente, circulava pelas ruas, em frente às casas, levando os pacotes ali deixados. Havia ordem e respeito pelo meio ambiente que cercava os cidadãos.

Esqueçamos, porém, essas cenas.

Há uma rua, em meu bairro, que a música tocada por conjuntos é um presente todas as sextas-feiras e sábados aos seus moradores.

Sem citar nomes, quem aqui reside, tem um agradável final de tarde ao som de músicas.

A música é um elixir contra a tristeza, a depressão e o desânimo que têm feito parte do nosso cotidiano.

A música clássica, igualmente, é um presente aos ouvidos de quem assiste uma orquestra sinfônica executando tais partituras.

No nosso dia a dia, porém, a música popular brasileira é extremamente apreciada.

Os antigos e os novos compositores têm um lugar reservado na história dessa música popular que permanece como um referencial de prestígio para o país.

Olhemos, portanto, para o céu que nos cobre e aguça nossa imaginação e ouçamos os sons que os grupos musicais nos oferecem, todas as semanas, nesta rua tão especial.
















segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

SÃO DOIS... SÃO TRÊS... SÃO MUITOS...


O que dizer quando ele entra e desaparece. Permanece, por lá, vários minutos. Talvez, uns dez minutos.

Há os que, lá dentro, dormem. Este, porém, não. Saiu com um saco, vazio, na mão e tentando retirar algo dos cabelos. Algum inseto, imagino.

Cenas que se repetem exaustivamente.

Lixeiras, quase sempre abertas, representam o retrato de uma comunidade que preza a limpeza?

São imagens espalhadas que atestam o grau de necessidade e de miserabilidade de seus “visitantes” e do destino reservado a elas hoje em dia.

Que falta nos faz uma educação, fornecida pelo Estado, obrigatória e de qualidade!

Quantas mentes e capacidades desperdiçadas!

Vê-los assim é o mesmo que observamos quando os cachorros, que os acompanham, chafurdam no meio de restos de comida.

Como podemos conviver com cenas dessa sordidez, é a pergunta que não quer calar.

Belinha, que caminha por entre trajetos assim descritos, acredita ser, ainda, possível a retomada de um rumo mais humano e qualificado por seres que transitam entre nós.

Nem o Sol, que acompanha Belinha em belas manhãs ensolaradas, é capaz de colorir, com sua luz benfazeja, tamanha podridão. Ali, sua luz não terá efeito benéfico sobre tais seres.

Cenas desoladoras de seres amontoados sobre calçadas, embaixo de marquises, na intempérie, são cada vez mais comuns, tornando-se corriqueiras.

Nem os próprios abrigos são mais suficientes para um acolhimento diário.

Somente através da educação formal é que se conseguirá sair desse atoleiro. Conforme as habilidades pessoais, apresentadas durante a educação básica, alguns serão direcionados a áreas técnicas de produção, de administração, de direção ou até mesmo a algum curso superior.

Assim como somos monitorados e sabem onde fomos almoçar, o que gostamos de comprar, quais os assuntos que mais nos interessam, pergunta-se:

Por que em uma comunidade não se faz o levantamento de quantas famílias ali moram, quantos filhos, em idade escolar, cada família possui, quantas pessoas da família trabalham, etc.?

O caminho seria a adoção de uma política educacional obrigatória, com turnos inversos para a realização dos temas e com almoço para aqueles que, em face de condições adversas da família, pudessem fazer sua refeição principal na escola.

Por que não?

Impostos não faltam.

A sociedade agradeceria.

Precisamos de seres capacitados para exercerem qualquer função que se ajuste a seus perfis.

O caminho passa pela organização da família, pelos bons valores cultivados e por uma educação pública de qualidade. E já a tivemos em tempos não tão distantes.

Acredito que, então, o Sol se sentirá bem recebido e espalhará sua luz sobre as calçadas do meu bairro, do seu bairro, possibilitando que nossos olhos se iluminem e possamos enxergar as flores dos jacarandás enfeitando nossos passeios.

Ah! Com educação até os nossos contêineres poderão readquirir a sua função única que é receber o lixo que lá depositamos.

Tudo em prol de uma cidade mais limpa, mais desenvolvida, mais civilizada, mais humana.

Almejamos que esses “muitos” tornem-se verdadeiros cidadãos. Que suas atividades e trabalhos possam contribuir na construção de uma sociedade mais igualitária e justa.