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terça-feira, 10 de julho de 2018

NA DIREÇÃO CORRETA



Deixa pra lá! Olha pra cá! Fixa os olhos na telinha. Reúne os amigos, ajeita as almofadas, enche os copos. Pensa no agora. Será que vamos em frente?

Quem poderia imaginar!

Os supersticiosos dirão que o nosso símbolo era por demais conhecido do adversário.

Portanto, só podia dar no que deu.

Imagina que leva no nome a sua origem: belga.

Delicado, mavioso, belo e inofensivo: são seus predicados.

Então, esperar o quê?

Se aquela equipe, que tinha como símbolo um lobo, caiu!

É claro que só podia cair diante de três leopardos cruéis, de uma cabra com chifres nada amistosos e mais uma “marta”, dificilmente observável, pois, embora possuindo 5 dedos, o 5° é raro aparecer nas pegadas. Estava em campo só para atrapalhar. Esta, senhores, é a bandeira da Croácia. Coitado do lobo cinzento da Rússia! Não aguentou tamanha pressão. 


Detalhe da bandeira da Croácia



Aguardemos o desenrolar dos próximos capítulos.

Voltemos à realidade que nos cerca.

Por aqui, a manada agora está mais dispersa. Muitas direções tomou a tropilha.

Antes, subliminarmente, forças conduziam, como sempre habilmente fazem, a manada coesa na direção da rede adversária.

E agora?

Volta a manada exigir dessas forças uma maior atenção para que ainda se mantenha unida, porém, confinada na ignorância, no desconhecimento, dentro de um potreiro vigiado pelas forças manipuladoras.

Que triste fim!

Romper este alambrado pela educação, pelo conhecimento, pelo olhar que descortina o que está por detrás da telinha, deve ser o destino nosso: seres humanos que somos.

Que o esporte não sirva para desviarmos o olhar, nos tornando alienados, dos reais problemas que recaem sobre nós.

E, diga-se de passagem, esta manipulação não é exclusividade nossa. Percebemos o mesmo proceder em outros países, em maior ou menor grau.

Portanto, desfrutemos o momento de euforia quando ocorrer, sem, no entanto, submergirmos na ignorância do que nos cerca.

Saibamos olhar na direção correta.

Quanto aos animais, mascotes ou não, símbolos existentes em bandeiras ou representativos de países: estão todos absolvidos.

O maior deles, o racional, o mais inteligente, o mais capaz: será o grande herói. Tudo dependerá do seu esforço, da sua integridade, da sua maior humanidade no trato com o seu semelhante. 


Que a Taça seja erguida por um desses representantes!










terça-feira, 1 de abril de 2014

UM DIA PARA CHAMAR DE SEU


Levados pela correnteza, mergulhamos num mar perigoso, de mil promessas. Descontos aparentes, mas na fria matemática o lucro sorrateiro, embutido, escondido, que não mostra a cara. Aliás, nem face tem. É um ser diáfano que se alça às alturas com aparência de rasteira criatura. É, isso sim, um reles ser. Um ser enganoso, dissimulado, mas fatal.
Traz consigo uma corrente de ofertas, promoções, serviços, novos modelos, novidades e outros que tais. Estamos, graças a ele, também à mercê de produtos não mais confiáveis, embora alguns tenham a idade da Terra, de tão velhos e conhecidos.
É a “dança das cadeiras” dos executivos de organismos internacionais que deveriam nos proteger da nocividade de tantos alimentos industrializados, mas que trocam de assento com executivos de grandes multinacionais que visam, exclusivamente, ao lucro.
E a macacada de Darwin continua ainda, ao que parece, no mesmo patamar de origem.
Acredito, porém, que somos bem mais do que isso. Somos seres pensantes e, portanto, é nossa obrigação estarmos atentos e vigilantes aos predadores da nossa saúde. O desequilíbrio do planeta, o exaurimento das nossas fontes de riqueza, a deterioração de culturas, a miserabilidade que grassa, historicamente, por regiões sabidamente férteis, são sinais de que tais povos são vistos como o lixo do mundo, servindo apenas como massa de manobra para objetivos sempre escusos. Mesmo aos melhores aquinhoados, falta-lhes cultura para perceber quão venenosa é a manipulação, ainda que subliminar. Esses seres, despreparados pela falta de educação e conhecimento, são incapazes de avaliar os aspectos positivos e negativos das novas tecnologias, adquirindo, com sofreguidão, todo e qualquer equipamento que surja no mercado. Tudo bem ao gosto de quem criou a obsolescência programada com o objetivo único de auferir constantes lucros às empresas que fornecem todo o tipo de consumo, dos úteis aos meramente ditos “da hora”.
É sempre desejável uma modernização constante nas áreas científica e tecnológica, pois trarão melhores condições de vida, saúde, moradia, educação e cultura para o povo. Ofertas de emprego e segurança decorrerão de políticas públicas que visem apoio a ações que impulsionem tais objetivos.
Agora, criar um aplicativo, embutido em um novo celular recentemente lançado no Brasil, para ler mil palavras em um minuto, é coisa para macaco “treinado”. O tal usuário lerá todas as palavras que se irão somando, podendo, inclusive ler, segundo a proposta da nova ferramenta, um romance de 300 páginas em pouco mais de uma hora.
E a compreensão? Onde ficará?
Ah! Esqueci que ninguém está preocupado com isso. O negócio é vender o tal aplicativo, através de um novo celular.
Segundo a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Unisinos, Rove Luiza de Oliveira Chishman:
“Ler é mais do que decodificar letras e palavras, envolve dar significado, fazer conexões”.
Concordo, plenamente. Será impossível ter uma boa compreensão do que foi lido, se esse leitor levar apenas um minuto para ler mil palavras. Além do que, cada leitor terá, pessoalmente, uma compreensão semântica diferenciada em relação a cada palavra.
Isso, porém, não interessa. Afinal, a macacada de Darwin precisa ser apenas treinada para um desempenho similar a uma máquina. Nada que precise pensar, fazer analogias, compreender o que subjaz ao texto...
Mas o que é isso?
Para a macacada vai interessar apenas a competição de quem lê mais rápido. E para os criadores do aplicativo, isso já está de bom tamanho.
 
É! Para aqueles que já se aperceberam disso, só mesmo fazendo blague!
Para os outros tantos, podem comemorar esse dia 1º de abril. Um dia para chamar de seu é o que resta.
Comemoremos todos ao som de A CASA, que se localiza na Rua dos Bobos, número zero, e que não tem teto e nem parede, construída que está sobre o nada.
Torçamos para que a Educação nos tire dessa casa inexistente para outra que repouse sobre os pilares sólidos do conhecimento.
 
 
 
A Casa – Toquinho