quinta-feira, 22 de julho de 2021

SONS... PALAVRAS... FRASES...

Para quem tem uma audição privilegiada, qualquer som, até mesmo aquele vindo do relógio digital, traz uma sensação, um sentir diferenciado.


Vindo de um pássaro, será um canto ou som cifrado para a companheira ao lado.

Se os ventos soprarem com força ou forem tênues, a mensagem estará dada e chegará aos ouvintes.

Aos trovões todos ficarão atentos.

O reino animal é pródigo em sons.

O gênero humano, por sua vez, é capaz de ouvir tudo, praticar todos os tipos de sons, desde o dedilhar de notas em um instrumento até o falquejar de um tronco ao abatê-lo.

Ouvimos até o bater do nosso próprio coração. Somos privilegiados e ricos até na percepção dos nossos sons interiores.

O belo canto, que ouvimos e gostamos, nos motiva a que cantemos juntos.

Quantos sons diferenciados! Quanta riqueza sonora!

E os corais que esbanjam múltiplas sonoridades!

O nosso mundo sonoro é riquíssimo.

Muito mais importante ainda é o mundo das palavras. Apenas nós, do gênero humano, somos capazes de falar, de expressar em palavras o que nos é perguntado, de declamar, de conversar com os amigos ou, até mesmo, conosco na solidão dos dias.

As palavras têm uma força poderosíssima. Temos, portanto, o dever de escolhê-las com responsabilidade e com cautela. Caso contrário, podem causar efeitos deletérios indesejáveis.

Quando aquela jovem, personagem de um conto, ouviu um familiar afirmar que melhor teria sido ela ter morrido, ao invés de o carro ter sido danificado quando caiu em uma vala, aquelas palavras ecoaram tão fortes que jamais esqueceu tal frase. Claro, com certeza, não era este o desejo daquele familiar, dono do carro.

Agora, já no mundo das frases, os efeitos danosos, que podem deixar naqueles que as ouvem, são imensuráveis.

Os sons de agora, em algumas comunidades, causam temor, medo, desespero.

Os estampidos ouvidos são um alerta para que todos se protejam.

Por outro lado, mesmo não havendo tais sinais, as palavras de ordem, que compõem a frase mais atual, são: FIQUEM EM CASA.

Por quanto tempo?

O ser humano na sua estrutura física continua o mesmo. As savanas, onde corria, foram substituídas pelas cidades, parques e praças.

Fazer caminhadas é necessário para que nós mantenhamos uma boa forma física.

E os projéteis disparados?

E as armas mostradas em selfies?

E os diálogos que mostram a força de tantos malfeitores?

Sons que se transformam em palavras e que se apresentam em frases. Tudo mostrado em vídeos e áudios.

Apesar de tudo isso, precisamos nos manter firmes, esperançosos e combativos no bom sentido. Naquele em que somos campeões em várias modalidades: nos Esportes.

Àqueles em que depositamos nossos votos, aguardamos as ações em prol da sociedade.

Aos nossos atletas de várias modalidades, esperamos aquilo que de melhor puderem oferecer nas Olimpíadas de Tóquio/2020.

A nós, que circulamos pelas ruas, seja permitido pousarmos o olhar na cerejeira da esquina, toda florida, parando por instantes, sem que nos seja subtraída a bolsa pendurada no ombro. Que, ainda, consigamos fazer caminhadas, sem que sejamos surpreendidos pelas palavras “deu”, “perdeu”.

Que nossas mulheres continuem sendo acariciadas com palavras amorosas, sussurradas ao ouvido.

Que nossos olhares se cruzem com outros olhares, confirmando a existência de seres iguais a nós: solícitos, prestativos, amáveis.

Embora com tantas transformações acontecendo em nível planetário, que possamos encontrar um céu ainda hospedeiro de um sol acariciante, de uma lua inspiradora e de estrelas a iluminar nossa caminhada.

Que aqueles que encontram, na palavra escrita, motivos para tornarem-se mais felizes, que o façam em nome da paz, da união, da solidariedade, da igualdade entre todos os que habitam este planeta.

Que estes Jogos Olímpicos ofereçam esta oportunidade de união e congraçamento, pois “o barco é único e a tripulação é, também, única, pois todos são seres humanos”.

Que a palavra almejada por todos seja aquela que a todos beneficiará.

Seu nome?

PAZ

 

 

 

 

 


segunda-feira, 12 de julho de 2021

ESPERAR O QUÊ?


Um olhar que busca...

Outro olhar?

E o outro ser que se aproxima?

Será seguro olhá-lo?

Antes de entrar no pátio, melhor deixá-lo passar, pois nunca se sabe...

Quantas ações sequer pensadas em anos que já se foram.

E o VAR?

O quê?
 
O Árbitro Assistente de Vídeo, amigo.

E aquela outra câmera que, sempre pronta a disparar um estridente som, espreita cada indivíduo que por ela passa e que não digita uma senha própria para adentrar àquele modesto edifício.

Estamos cercados pela tecnologia.

Estaremos mais seguros?

Aquela jovem que atravessava áreas isoladas, sozinha, indo para a escola, não acredita numa resposta afirmativa para esta pergunta.

O ser humano aumentou o seu nível de agressividade e, ao que parece, não se intimida com a moderna tecnologia.

Pois é! Parece que a usa para mostrar sua força. Aquela que a todos assusta e que reforça a cada investida.

O que fazer diante de situações de perigo acontecendo a todo o instante?

Nem mais campos temos hoje, porém nossas ruas são palco de ações que atentam contra os cidadãos que por elas transitam.

A educação e o respeito pelo outro, valores maiores, devem retornar a patamares anteriores à tecnologia implantada. Caso contrário, ela servirá a que tenhamos seres de má índole servindo-se dela, de forma constante, com um sucesso garantido em suas ações deletérias.

Há que se ter regras e condutas a serem cumpridas.

A tecnologia veio para facilitar, orientar e espalhar conhecimento e informações. A conexão com o outro tornou-se célere. Esta constatação deve ser aplaudida.

Seus efeitos negativos devem-se ao aumento de seres humanos desprovidos de limites, de respeito ao próximo e de total falta de empatia com o seu semelhante, sem falar na impunidade que grassa há muito.

Aquela jovem, de ontem, sonha ainda com o andar despreocupado em plena Av. Salgado Filho, portando uma corrente com um rubi pendurado em seu pescoço.

O sentimento que a faz assim desejar segue abaixo.


Nasci para viver a esperança

De que dias sempre melhores viriam.

Este sempre foi o desejo que carreguei pelos anos que se seguiram.

Acredito que novos dias tragam a tal bonança.


Mesmo diante de épocas tão difíceis e de mentes tão malévolas, ainda aguardo por uma conscientização, por alguns líderes mundiais, de que a passagem pelo planeta é breve para todos.

Tenhamos fé e passemos uma energia positiva, em nível global, a todos aqueles que detêm o poder de governar, legislar e julgar, pois o tempo é inexorável e igual para todos os que, por aqui, se encontram hoje.

Por que, então, seguirmos esta rota em que o nosso olhar tem medo do outro olhar?

Olhemos para o outro como nosso semelhante a quem enxergamos como parceiro nesta caminhada.

É o que espero que consigamos alcançar ao longo dos próximos anos.

 

 

 

 

quarta-feira, 30 de junho de 2021

UMA SINGELA OBSERVAÇÃO


 

Perfilados ouvindo o hino pátrio. Lembranças de imagens e comportamentos que faziam parte de momentos importantes no decorrer de um ano. Coisas de tempos passados.

Desde a escola, passando pelo Desfile da Mocidade, os jovens eram partícipes de um civismo que reforçava as identidades pessoais daqueles que habitavam o torrão pátrio.

Hoje, ao que parece, cabe às competições esportivas o amor à Bandeira Nacional de cada país.

Nunca se viram tantas bandeiras nas mãos de tantas pessoas, nem tantos hinos cantados com emoção.

Ah! As camisetas com as cores das bandeiras nacionais são um apelo, também, para o civismo de torcedores e atletas.

Por que será que só o esporte desperta tal apelo cívico?

Talvez apenas a postura “de combate” é aquela que move a paixão pelo país. A luta para tornar-se vencedor é absorvida pelos torcedores que, nestes momentos, são levados a demonstrar civismo através do cobrir-se com a bandeira de seu país.

Poder-se-ia afirmar que apenas a demonstração visual de uma “luta”, para atingir uma conquista pelos pontos obtidos em desfavor do adversário, é o que desperta o amor pelo país?

E o conhecimento e a pesquisa, em diversas áreas científicas, daqueles “desconhecidos” que nem se sabe quem são?

Poderíamos afirmar, então, que somos seres agressivos por natureza. Ainda permanecemos em luta como no tempo das cavernas? Estaria apenas esta agressividade adormecida?

Se os esportes detêm esta capacidade de despertar, porém sem destruir fisicamente o adversário, então são bem-vindos.

Observando-se as competições esportivas, em todas as suas modalidades, chega-se à conclusão que o espírito cívico de amor à bandeira e à nação faz-se presente.

Apenas isso, porém, não é suficiente. Há regras a serem cumpridas em campo, expulsões por agressões, nitidamente provocadas, e outras tantas transgressões.

Todos, que assistem tais competições, aceitam estas regras.

E fora das quatro linhas?

Por que não as aceitar?

Há que voltarmos a uma educação que cultivava o amor à bandeira, ao hino nacional, à disciplina que formava adultos e futuros torcedores, bem como ao cultivo do espírito cívico em todos os momentos que se apresentem necessários.

Pois é! Não apenas nas competições esportivas.

A emoção do olhar voltado ao pavilhão nacional, o canto emocionado, em alto e bom som, do hino e a bandeira na qual se enrola o torcedor são imagens tocantes, pois revelam que os torcedores aguardam de suas equipes força, determinação, foco e disciplina nos certames que acontecem durante os Jogos da UEFA/EURO 2020.

A Eurocopa deixa-nos este legado.

As demais competições esportivas também são motivo para que as emoções despertem o civismo.

Isto já vale uma comemoração.

A pergunta que paira no ar é por que, fora das quatro linhas de um campo, de um tablado ou de uma quadra, este amor ao país não é também cultuado.

Pelo menos, sua manifestação é rara hoje em dia em solo pátrio.

Por aqui, espera-se que nossa brasilidade se faça presente com mais intensidade e frequência.

A bandeira, que a todos nós representa, é motivo de orgulho e respeito a qualquer hora e em qualquer lugar.

Nossas emoções dão vida a um civismo adormecido.

Por isto, estão valendo os Jogos que acontecem em nível nacional e internacional.