quinta-feira, 19 de maio de 2022

MAIS?




Quantas mais?

Tempos atrás, elas eram aplicadas nas crianças após o nascimento. Algum tempo depois, quando estas crianças já estavam em idade escolar, repetia-se o procedimento.

Somos pobres habitantes que enfrentamos a própria saúde em perigo, estando o planeta, que nos acolhe, igualmente, em processo visível de desequilíbrio.

Ah! Aquele céu maravilhoso, que ainda assim se apresenta, não é mais objeto de olhares curiosos e indagadores. A imaginação, de então, comprazia-se em refletir, criando momentos de enlevo, de sedução, de um sonhar acordado.

Hoje, os olhares repousam sobre frias telas que, muitas vezes, fornecem imagens de atitudes humanas deploráveis.

Onde restou o sonho?

Sobre quais imagens repousamos nossos olhos?

Elas, as vacinas e telas, tornaram-se a prioridade em nosso cotidiano.

Um olhar poético repousa sobre imagens de quaisquer fontes. Cabe a este olhar revestir tais imagens de forma envolvente e que abrace o leitor, motivando-o a permanecer esperançoso e capaz de dialogar com o seu semelhante de forma amistosa, buscando sempre um novo olhar.




E aquelas outras?

Nem direi seus nomes.

Ainda bem que permanecemos com os olhos libertos para que possamos continuar olhando para o céu e para tantos outros olhares que se cruzam com os nossos.

Tempos que perderam o encantamento?

Encantar-se é necessário, é o que torna ameno o nosso cotidiano, é o que nos mantém esperançosos.

Nosso olhar e voz são comunicadores que nos propiciam interagir com o semelhante que conosco convive ou com aquele que cruzamos no nosso dia a dia.

Sigamos por este caminho.

É o melhor caminho para que mantenhamos nossa condição de seres humanos em evolução.

 

 

 

 

 

 

sábado, 23 de abril de 2022

SOMOS BEM MAIS...


A folhinha é carregada com esforço, pois ela é bem maior de quem a carrega.

Aquela formiguinha avança em direção a sua casa. A toca, escondida embaixo do madeirame naquele pátio, é o destino final e seguro para aquela comidinha. Quantos alimentos já existirão por lá?

Quantas companheiras serão beneficiadas com este novo alimento?

Do lado de cá, o olhar de Belinha acompanha este movimento da formiguinha.

Sempre disseram à menina que nunca pisasse em uma formiguinha. E este conselho sempre a acompanhou.

Belinha ainda continua respeitando este ensinamento.

Hoje, porém, encontra seres iguais a si deitados sobre as calçadas. Estes seres não possuem nem tocas para se abrigarem.

O que está acontecendo?

São seres dotados de corpo, mente e emoções. Ao que parece, apenas o corpo é que ainda sobrevive. Será?

Belinha acredita que as emoções estão presentes. A mente faz parte destes seres, como todos nós, semelhantes que somos. O que seus pensamentos revelariam?

Belinha gostaria muito de saber por que aquele olhar de súplica lhe é lançado quando passa.

Chegaram “ao fundo do poço”?

Oportunidades para saírem dessa situação existiram?

Eu, conhecida de Belinha, acredito que sim.

Diferentemente daquela formiguinha, a capacidade desses seres é passível de uma reviravolta que dispensaria uma toca, mas que exigiria um esforço mental para uma tomada de posição.

Somos seres criados à imagem e semelhança DELE. Portanto, plenamente capazes de tomar as rédeas do nosso destino, criando as condições ideais para a nossa sobrevivência.

Somos bem mais do que aquela formiguinha.

As calçadas estão longe de serem a toca que é a casa daquela formiguinha.

Que diferença de comportamento! Uma sai em busca do alimento, esforça-se para carregá-lo e o leva para a sua casinha.

Faltaria esforço, força de vontade, persistência para encontrar as possibilidades existentes?

Será?

Muitas vezes, sim.

Em outras, falta o respaldo que o Estado poderia dar.

Em situações familiares em que inexiste, desde sempre, a possibilidade de apoio, incentivo e respaldo financeiro, o representante governamental da sociedade é quem deveria assumir esta lacuna.

Somos bem mais que animais, porém dependemos uns dos outros para alcançarmos objetivos. E, quando a família não tem as mínimas condições para tanto, o Estado é o detentor desta obrigação.

Afinal, impostos não faltam.

Caso contrário, a sociedade que compõe este Estado é quem arcará com os resultados negativos. A pobreza, a drogadição, os pequenos delitos e, logo mais adiante, os crimes é que farão parte do cotidiano dessa sociedade. Sem esquecermos, é claro, daqueles seres voltados ao crime por opção de vida. Para tanto, a punição deverá se fazer presente.

Há que se exercer nossa capacidade de reação por sermos seres humanos. Por conseguinte, capazes de elaborar estratégias e exigir providências de nossos representantes.

Ah! Os poetas, com seu olhar criativo, repassam as mazelas dessas imagens impactantes!



Esta realidade, porém, deve ser transformada. Caso contrário, passaremos, todos nós, a perder o status de seres humanos dotados de valores que nos mantenham nessa escala humana evolutiva.

Os olhos de Belinha assistem, pela televisão, o nível de agressividade que está acontecendo nos campos de futebol. Torcidas que não respeitam mais os limites da sadia convivência.

Será que, ainda, somos seres em EVOLUÇÃO POSITIVA, considerando todos os povos neste cenário global?

O TEMPO trará uma resposta?

Novamente, o olhar poético encontra o caminho como resposta.








 

 

 

 

 

 

 

sábado, 26 de março de 2022

MINHA PORTO ALEGRE!



Brindemos os 250 anos da Fundação da Cidade de Porto Alegre.

É uma satisfação ter nascido em uma cidade que me acolheu com alegria, já expressa em seu nome.

Desembarquei, em um agosto gélido, mas fui acolhida com alegria pelos pais e por esta bela cidade.

Cuidemos, com o empenho de todos nós, munícipes, que esta alegria se mantenha por tantos e tantos anos que venham a se suceder.

Um Feliz Aniversário, minha cidade querida!