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terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

COMO UMA ONDA...


 
Que vai...

Que vem...

Que descortina, que obscurece.

Que alegra, que entristece.

Não! Não é um poema.

É um olhar que se detém desde o amanhecer até o anoitecer.

É um recôndito aviso de que estamos à mercê.

De quem? Do quê?

Ninguém sabe.

Respostas sobre “um desconhecido” são espalhadas pelo mundo afora.

Valerá a pena lê-las?

No cotidiano de Paulinha, com certeza, as ruas desertas são um alerta para quem se aventura a caminhar, mesmo conhecendo estas ruas do bairro.

Olhar para o alto, nem pensar. Pelas calçadas, por onde Paulinha passa, seu olhar acompanha, com cautela, todos os desníveis existentes. Caso contrário, cairá.

Olhar para trás? Por que não?

Afinal, nunca se sabe quem se aproxima de nós e com qual intuito.

A imaginação, porém, é pródiga em traçar cenários que se tornaram corriqueiros e perigosos.

O sentimento de fragilidade tornou-se algo perceptível e verdadeiro.

Como enfrentar um cotidiano tão incerto!

A incerteza de movimentos climáticos, do pulsar de uma Terra tão agredida, de seu solo e rios tão contaminados e de áreas cujas encostas são tão desprotegidas. Tudo isto traz uma insegurança constante aos que habitam este Planeta.

Será que tudo se resolve no apertar de um botão do tablet?

Pelo que se tem observado, ele, o tablet, nos passa a imagem da catástrofe já ocorrida.

E o antes?

A tecnologia tem que ser um auxílio a que evitemos os grandes desastres.

O céu, agora, está totalmente azul. Há pouco, esteve plúmbeo, ameaçando derramar sobre nós aquela chuva tão intensa quanto a cor azul com que somos, agora, brindados.

Paulinha quer poder sentar-se na praça, vizinha ao local onde mora, e passear seu olhar naquele céu tão inspirador. Poder ouvir o farfalhar das folhas que se espalham pelo local. Sentir o cheiro da pitangueira que existe ao fundo. Conversar com a sua vizinha, moradora de um edifício próximo ao seu.

Assim como uma onda, que vai e vem, possamos nós, também, acompanharmos com esperança cada novo instante que se aproxima.

Afinal, somos feitos de momentos desde a concepção, passando pelo nascimento, bem como até o desfecho final.

É nosso aprendizado nos mantermos atentos em todos os estágios que cumprimos neste Planeta.

Ah! Sempre defendendo o que nos aproxima uns dos outros.

E os atuais momentos são, sem dúvida, desafiadores, mas também inspiradores para que continuemos sonhando com um mundo melhor.

Para tanto, sigamos o sábio movimento das ondas: que vão e vêm no momento certo.











domingo, 22 de setembro de 2019

MAS BAH, TCHÊ! QUAL ESTAÇÃO SE APROXIMA?



Diante de tantas notícias que nos chegam de além-mar e frente a oscilações de temperatura e fenômenos meteorológicos, por vezes, intensos: não mais sabemos como estará a temperatura no dia seguinte. Pobres meteorologistas! Estão, constantemente, sob-risco de cometerem previsões errôneas.

Tudo por capricho da Natureza! Será?

A Natureza terá ficado tão absurdamente “voluntariosa”?

Será que as árvores florirão logo, logo?

E os cantos convidativos dos pássaros cantores permanecerão chamando as companheiras para o procriar da espécie?

E as chuvas descerão suaves sobre a relva ou avalanches surgirão repentinamente?

Foi-se o tempo em que as estações eram definidas. Hoje, não se pode confiar na Natureza como dantes. Será que nos tornamos tão diferentes do que éramos que ela, a Natureza, resolveu nos imitar, dando-nos o troco com a imprevisibilidade?

A visão do céu não mais é confiável. Um tapete azulado torna-se, em minutos, da cor do azeviche. O excesso de temperatura para mais ou para menos é constante.

Lidar com o imprevisível é por demais cansativo. Assemelha-se àquela mulher que nunca sabe, ao certo, qual o humor do marido ao chegar em casa.

É claro que o imprevisível faz parte do nosso dia a dia. Quando ele, porém, passa a ser tônica de situações que nos cercam, há que ter paciência.

Lembremos que, neste 21 de setembro, comemora-se o Dia da Árvore. A importância da data deve ser lembrada, pois a existência das árvores e das florestas é que nos garante que a imprevisibilidade das condições climáticas não se torne constante e avassaladora. A manutenção dessas reservas de oxigênio e de chuvas é que cabe a nós, povo que habita este planeta.

Agora, com chuva, sol, frio ou vento, este povo aqui do Sul estará sempre pronto para cultivar as tradições que o fizeram aguerrido, forte e bravo. Procuremos ser modelo não apenas na letra do hino rio-grandense, fazendo jus, mais ainda a esta qualidade, ao mantermos nossas reservas florestais, bem como preservarmos, com qualidade, os espaços verdes dentro de nossas cidades, como nossos parques, praças e tantos outros lugares aprazíveis que não devem ser tomados pelo concreto.

Pensem no pássaro cantor. Aonde irá ele conquistar sua companheira?

E o nosso olhar? Aonde buscará iluminar-se, se não existirem as belas cores dos jacarandás e dos ipês floridos?

Preservemos nossas árvores com carinho, nossas matas com amor, nossos valores culturais com o afeto transmitido por nossos pais.

Daí, sim, poderemos, quem sabe, servir de modelo a toda a Terra.

Cultivemos, isto sim, a virtude de saber-se igual ao irmão que jaz na calçada. Criemos políticas de não simples acolhimento, mas de redirecionamento e aproveitamento das potencialidades que cada um apresenta em algum grau.

Que as estações, mesmo quando indefinidas, apresentem dias e noites de paz, de mais solidariedade, de uma maior certeza no dia de amanhã.

Que a esperança seja a nossa válvula propulsora. Que a virtude torne-se nossa busca constante. Preservemos a Natureza para que ela se torne nossa aliada nessa caminhada planetária, liberta do jugo do imprevisível.

Que o sol ressurja a cada amanhecer, enquanto a lua começa a brilhar em outras plagas.

Que a chuva caia de mansinho sobre campos e cidades: de preferência com um prévio aviso.

Que nós, do Sul, continuemos a nos orgulhar dessa terra que nos viu crescer, que a tantos ainda acolhe e que é abençoada pelo Patrão Velho. ELE que é o detentor de nossa liberdade de existir. Esforcemo-nos para que ELE, o Criador, nos permita, a cada um de nós, sermos bons modelos dentro de nossas comunidades. E isto já estará de “bom tamanho”.

Por aqui, somos apenas criaturas dotadas de livre arbítrio. Aí repousa o problema e a solução. As condições climáticas, em grande parte, dependem de nossas ações. Se forem errôneas, ele, o tempo, torna-se imprevisível. Assim como nós próprios que, também, somos imprevisíveis. Agora, conosco as coisas são mais complexas, porque somos criaturas esculpidas à imagem e semelhança. Portanto, somos uma tentativa constante de atingirmos o Modelo Maior e Eterno.

Conclusão:

Sejam vigilantes consigo próprios e deixem que ELE cuide de todos.

E, por favor, não atrapalhem.

Ah! Amanhã, dia 23 de setembro, a Primavera deve chegar. Será?







segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O TAL DO SOM...



Passaram-se mais de três bilhões de anos de existência e o tal cometa encontra-se orbitando no espaço. Será ele mesmo ainda? Segundo estudos, ele se move a 135 km por hora e tem enviado informações há uma distância de 500 milhões de km da Terra. Coisa pouca para quem está por aqui girando há aproximadamente 4,56 bilhões de anos: idade do nosso Planeta.

Números astronômicos que dificultam o nosso entendimento de quem somos, de onde viemos e aonde vamos.

A recente Missão Rosetta, nome dado à sonda numa menção à Pedra da Rosetta, descoberta em 1799, que ajudou na compreensão dos hieróglifos egípcios, fez pousar o módulo Philae no tal cometa Churyumov-Gerasimenko, nome dado em homenagem aos seus descobridores no ano de 1969.

Lançada a Rosetta da Guiana Francesa, em dois de março de 2004, levou ela 10 anos para aterrissar no referido cometa. Aliás, o escolhido não era bem o atual cometa. Devido, porém, a contratempos enfrentados pela Rosetta, o cometa da hora passou a ser aquele de nome complicado, já referido.

Pois parece que o Egito, com toda a sua mística assentada em sinais de dificílima compreensão, serviu, igualmente, de inspiração para o nome dado ao módulo de aterrissagem Philae, nome de uma ilha do Rio Nilo.

A Missão Rosetta faz parte do projeto de cooperação entre a NASA (Agência Espacial Americana) e a ESA (Agência Espacial Europeia) com o fim de estudar a composição, a morfologia, as propriedades físicas e outros que tais do tal cometa. Tudo para tentar descobrir as origens dos cometas e suas correlações com o Sistema Solar.

Anos de estudos, um custo incalculável no montante final de dinheiro direcionado, no último século, para pesquisas de corpos que compõem o Sistema Solar, em detrimento de pesquisas que assegurem a nós todos, moradores deste Planeta, melhores condições de saúde, por exemplo.

Nada deveria ser mais importante do que a trajetória de vida do ser humano sobre este Planeta. Seriam necessários estudos aprofundados sobre as doenças que afligem o homem, bem como sobre as condições socioambientais fornecidas às populações indistintamente. Uma efetiva busca de soluções aos problemas de energia e água, oferecimento de uma educação aprimorada a todos, assim como uma conscientização de que estamos todos no mesmo barco, somos todos irmãos e que temos o direito de alongarmos o tempo de permanência, com qualidade de vida, neste Planeta. Isto seria o desejável.


Agora, quanto à Missão Rosetta, e para deixar o projeto ainda mais questionável, há quem afirme que o referido cometa foi criado por alienígenas como um aparelho de comunicação. Daí o tal do som emitido, não se sabe bem de onde, porém, detectado (dizem) pela Philae.

Talvez, depois de mais alguns trilhões de dólares e mais 30 anos, descubram o TAO do som, isto é, o caminho que leva até a origem do tal som. Por enquanto, o ruído é da própria sonda: pura estática. 

Religião e Ciência são caminhantes que se olham com reservas. A Religião porque tem certeza de suas verdades e não necessita de sinfonias para louvar a presença de Deus. E a Ciência porque vive de questionamentos eternos, produto da fatia de seres humanos pensantes que só buscam comprovações e labutam na dúvida ad aeternum.

Enquanto isso, nós temos sete bilhões de seres humanos para alimentar e uma produção de alimentos que depende das variações climáticas, cada vez mais severas. E um aumento expressivo de CO2 que aquece de forma drástica o Planeta. Lembremos que não há fronteiras na atmosfera.

A par das centenas de necessidades e problemas que afligem o ser humano, Stephen Hawking, conceituadíssimo físico britânico, alerta para a possibilidade de que uma inteligência artificial supere a dos seres humanos. E o Pentágono, apenas para colaborar ainda mais com o caos instalado, informa que os atuais drones, tão eficazes na sua trajetória até o alvo pretendido, poderão, num futuro, que parece não muito remoto, tornarem-se capazes de escolher, SOZINHOS, os alvos a serem atacados, dispensando-se os próprios homens desta tarefa assassina.

Convenhamos que o tal som emitido pela Philae não é exatamente o TAO do som que buscamos. Este é bem mais terreno, encontra-se nas profundezas desta esfera gigante que nos conduz há bilhões de anos com uma sincronicidade invejável com os demais seres celestes.

O nosso TAO é o da conscientização da gigantesca responsabilidade que temos para com ela, a Terra, e, consequentemente, para com nós mesmos. Um TAO que nos conduza à felicidade e ao direito de usufruir de todas as belezas que conhecemos. Um TAO que nos permita uma sincronicidade com os demais indivíduos, promovendo uma real e efetiva comunicação entre irmãos de diversas culturas.



Agora, dias atrás, procurei, indaguei e descobri de onde vinha o tal do som, que entrava quarto adentro, às 3 horas da manhã. E encontrei o TAO do tal som.

Sim, porque música não era. Era um som batidão. De tão reles este som e suas letras, bem como seus adoradores, que me abstenho aqui em demorar-me a descrevê-lo.



Retornando da pequena digressão, fica, aqui, a advertência:

- Cuidemos para que o TAO do verdadeiro som, aquele que emana das entranhas do Planeta, seja o nosso guia na conscientização pela preservação de nossa morada. Um coração, que bate há bilhões de anos, não pode parar por causa de sons que criamos para destruir, rompendo uma harmonia perfeita com que fomos acolhidos desde sempre.



Os outros sons? São apenas os tais sons...

Haverá os que nos enobrecem, quando repousam no belo, na arte, ou nos brutalizam, vulgarizam, quando assentam na mediocridade e na estupidez.

A escolha é nossa.



Há quem, porém, poetize achando que, um dia, o próprio céu se esvaziará. Luiz Coronel, poeta nosso, vê urgência em usufruir o que está a nosso dispor. Considerando apenas a última estrofe do poema UNIVERSO, que se refere às geleiras, é urgente, digo eu, a ação dos homens sobre as urgências do Planeta.



Por outro lado, Carlos Drummond de Andrade, em seu poema ADEUS A SETE QUEDAS, brada contra a insânia de haverem destruído as famosas 19 cachoeiras, que eram agrupadas em Sete quedas, ou o conhecido Salto das Sete Quedas, considerada a maior cachoeira do mundo em volume de água, reconhecida como um patrimônio natural do Brasil e da Humanidade. Em seu lugar surgiria a criação do lago da Hidrelétrica de Itaipu ou “A pedra que canta”, na língua tupi. Do canto das cachoeiras restou um barulho de águas: bem diferente de um canto. Segue, abaixo, um vídeo com o poema declamado.

E, apenas para recordar, a bela letra da música AS FORÇAS DA NATUREZA cantada pela saudosa Clara Nunes.



Adeus a Sete Quedas - Carlos Drummond de Andrade 


Adeus Sete Quedas - Grupo Blindagem




As Forças da Natureza – Clara Nunes 







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Amelia Mari Passos: "Arte, Ciência e Metafísica não valem um instante de amor" Concordo. Como sempre Soninha Athayde cativante reflexão .Sempre me faz bem, passar por aqui.Um terno abraço.