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terça-feira, 19 de dezembro de 2023

INACREDITÁVEL!


As nuvens ameaçadoras...

A chuva anunciando que chegará logo...

O vento aumentando seu assovio...

Nada disso, porém, interfere no início das disputas por onde estejam acontecendo.

Estamos diante de um país abençoado?

Ou, quem sabe, diante de habitantes movidos pelas emoções que as diversas modalidades de esportes oferecem?

Os pingos de chuva, em minutos, transformam-se em uma chuva que persiste.

Isso, porém, não afasta os torcedores de seus clubes de futebol, porque seus ídolos estão em campo.

Compreende-se a presença dos torcedores daquelas modalidades de jogos realizados nas dependências cobertas de um clube.

Mas e a paixão maior que é o futebol?

Os campos molhados não são empecilho para os jogadores.

Um profissional, estudioso das relações humanas, deve ter, com certeza, resposta adequada para estes momentos em que a chuva persiste sobre os campos de futebol, seus jogadores e os torcedores que permanecem lá, presentes.

É claro que outros tantos povos amam o futebol.

Os brasileiros, porém, excedem todos os limites do razoável. É uma questão que a Psicologia poderia explicar.

Os problemas que se acumulam em termos econômicos, ambientais e de segurança não são suficientes para desmotivar o comparecimento aos estádios.

São milhares que comparecem a cada jogo e saem, muitas vezes, frustrados pelo resultado.

O que não os impedem de manter a esperança, para um próximo confronto, de saírem vencedores.

O que se tem observado, porém, é o nível de agressividade, nunca tão evidente, entre os competidores. E isto não tem impedido os torcedores de permanecerem fiéis aos times pelos quais nutrem uma paixão que se mantém inalterada.

Poder-se-ia dizer que o futebol é uma válvula de escape para quem busca o êxito, mesmo que não seja pessoal, mas que reforça a possibilidade de se manterem competitivos como indivíduos.

De todas as modalidades esportivas, percebe-se que o futebol é o mais presente na vida dos brasileiros.

Futebol de campo nos estádios, Futevôlei, Futebol de Areia, Futsal, Futebol Paralímpico...

Quantos mais? Há 14 variações desse esporte.

O Futebol de Campo surgiu na Inglaterra no século XIX. A Copa do Mundo existe desde 1930 e é realizada a cada quatro anos. Esta Competição Internacional de Futebol de Campo é a Copa do Mundo.

O importante não é a modalidade desse esporte, mas a multidão que ele traz aos estádios.

E, mais recentemente, o futebol feminino tem se destacado, firmando posição entre as seleções que competem internacionalmente. Ocupa, hoje, a Nona Colocação no Ranking Mundial de Seleções da Federação Internacional de Futebol.

Então, diante desses fatos, confirma-se a importância do futebol na vida do brasileiro.

Se isso conseguir manter nossos torcedores mais esperançosos em mudanças que possam acontecer no cotidiano de todos nós, já vale esta paixão.

Aguardemos...


 

Torcedores nadam no estádio. 27/02/2011

 


Skank - É Uma Partida De Futebol
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

IMPRESSIONANTE!


Multidões!
 
A chuva não tem sido empecilho para que elas estejam presentes. As capas de chuva têm feito parte do cenário dos estádios.

Os custos de deslocamento e os valores dos ingressos têm sido absorvidos, embora digam que os tempos estão difíceis, que há falta de dinheiro.

Esta falta seria para as coisas básicas?

A alimentação é algo básico na vida de qualquer um.

Aqui, cabe ressaltar que o importante é sentir-se bem fisicamente.

Mas mais importante é sentir-se animado, com esperança de sentir-se vencedor.

Isso é o que anima milhares de pessoas.

Diante desta constatação, conclui-se que estar presente aos jogos do time do coração é o que importa.

Torcer, gritar, cantar refrãos, agitar bandeiras é o que buscam esses contumazes torcedores.

Que o psicológico seja alimentado por muita energia junto aos companheiros de time, sempre em busca do êxito após 90 minutos.

Sendo exitosa ou não a disputa, vale o extravasar das emoções.

A esperança é o que move estes milhares de torcedores.

Talvez, o cotidiano individual não ofereça esta possibilidade no momento.

As emoções são por demais importantes no viver humano.

O contato entre os seres humanos é importantíssimo na medida em que oferece possibilidades de intercâmbio de ideias.

Num trabalho formal, nem sempre é possível. E sempre haverá a disputa, mesmo velada, junto ao patrão.

Nos estádios, junto aos seus parceiros, a disputa torna-se visível aos torcedores opostos.

E é possível externar “aos gritos” o que desejamos a eles, sem qualquer dificuldade.

Claro, desde que não partamos para as agressões físicas.

Os estádios, portanto, são redutos livres para as manifestações, desde que pacíficas.

Será que, nesses momentos, as telas poderão ser esquecidas?

A dos celulares, é claro.

Essas telas têm nos proporcionado muitas informações, nem todas verdadeiras, e tristezas.

Ser vencedor, no momento, através de uma tela não é fácil.

Ser partícipe, porém, da energia que emana do grupo de torcedores, é gratificante e promissor de que a esperança de vitória se confirme.

Se não houver confirmação, ela, “a esperança”, será a última a sucumbir. E, diante do quadro de resultados apresentados pelos times, ela permanecerá para sempre, pois é quem alimenta o nosso cotidiano.







segunda-feira, 31 de julho de 2023

UMA PAIXÃO QUE PERMANECE


O olhar busca encontrar um céu sem nuvens. Elas, porém, estão lá. São muitas a encobrir um tão desejado céu azul.

Com certeza, isso não será empecilho para que os estádios não sejam tomados por milhares de torcedores.

As crises, as insatisfações, os desajustes não são motivos para abandonar o ímpeto de lá comparecerem.

Todas as emoções represadas aguardam estes momentos de competição, de desafios frente aos adversários, para se realimentarem e, embora por vezes perdedores, voltarem aos lares mais descontraídos. O convívio com os amigos e familiares torna-se menos tenso, pois todos encontraram naqueles momentos uma sensação de pertencimento ao grupo e de alegria pela convivência buscando o mesmo fim. Vencer é o objetivo. Mesmo não vencendo, permanece o sentimento de união que os mantém juntos por algumas horas.

Os aspectos positivos desses encontros são visíveis.

Agora, atualmente, em função do alto grau de agressividade que tem surgido entre os indivíduos, os confrontos entre torcedores rivais, dentro e fora dos estádios, têm se tornado corriqueiros.

Não há mais certeza de que um torcedor possa não sair ferido depois de uma partida de futebol.

Que tempos difíceis e incertos!

A paixão do brasileiro pelo futebol está enfrentando momentos desafiadores. Pelo menos, em território nacional.

Tudo isso, porém, não impede que os milhares de torcedores deixem de comparecerem aos estádios. Com sol ou com chuva, com gramados bem cuidados ou não, o cântico que impulsiona os jogadores está lá presente.

Há que se ressaltar que nunca se tocou tanto o Hino Nacional Brasileiro.

A cada competição, nos diversos campeonatos nacionais, o hino está presente. Esta é uma manifestação que reforça o amor à Pátria.

Mas não tem sido suficiente para um convívio harmonioso dentro de campo. Tampouco, fora do campo.

O aspecto positivo desses jogos seria a possibilidade de o torcedor esquecer das mazelas que o cotidiano tem propiciado e fazer renascer pelo seu clube sentimentos de apoio e incentivo.

Deveriam ser momentos de descontração com a exteriorização através de bandeiras representativas dos clubes, bem como do cantar de músicas cujas letras se somariam em prol de um bom desempenho do “clube do coração”.

O que se espera e deseja é que o nosso futebol continue sendo um esporte reconhecido pelo valor que possui e pela capacidade de movimentar multidões que buscam, pelas emoções, extravasar suas energias, embora inconscientemente.

É o que, talvez, não se apercebam, mas que faz toda a diferença no viver cotidiano que anda tão difícil.

Para tanta dificuldade, curtir momentos de descontração é o que mais se deseja por ora.

O ganhar ou perder é pura consequência. O que importa é participar, ganhando ou perdendo.

Isso é o que se percebe quando se observa as multidões que acorrem, reiteradamente, às partidas.

Portanto, ganhando ou perdendo, este fascínio pelo futebol permanece. E, sem dúvida, é um excelente antídoto contra tantas mazelas que se sucedem cotidianamente.

 




quinta-feira, 15 de junho de 2023

VISIBILIDADE... COMPETÊNCIA...

Quem diria! Momentos tão difíceis também apresentam oportunidades alcançadas por quem demonstra competência e arrojo nas atitudes.

Das panelas, junto ao fogão, aos campos de futebol.

A invisibilidade acabou-se.

Como cientistas, como pesquisadoras, como profissionais em diversas áreas sempre se fizeram presentes com competência.

O que causa surpresa é a área na qual, hoje, elas têm obtido sucesso.

Em alguns esportes sempre apresentaram alto rendimento.

O que surpreende é a performance em esporte considerado masculino, como o futebol.

E o mais importante, dentro dessa modalidade, é a arbitragem e a narração, por mulheres, de partidas de futebol em que os jogadores são homens.

Entendendo, de forma tão precisa, tornaram-se, também, comentaristas em emissoras de televisão.

Algo impensável em anos anteriores, tornou-se uma realidade. Diga-se, de passagem, exitosa.

Novos tempos trouxeram novas conquistas.

Sem desmerecer aquelas que ainda mantém suas lidas caseiras, deve-se enaltecer o bom desempenho dessas novas mulheres em áreas tradicionalmente consagradas aos homens.



Torçamos, igualmente, para que o time de futebol feminino saia vencedor na Copa do Mundo Feminina, que tem seu início marcado para 20 de julho deste ano.

Tornar-se visível pela competência é um desafio que elas estão enfrentando a cada novo dia.

Vê-las, assisti-las, torcer por elas é o que cabe a nós fazermos diante de tanto esforço demonstrado ao longo dos últimos tempos.

 
 
 
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 31 de maio de 2023

ELE AINDA É...

Milhares continuam comparecendo, assistindo, aplaudindo, gritando e torcendo como sempre.

Parece que o momento atual, em termos históricos, não afetou nossas variadas competições esportivas.

Como a mais popular é o futebol, sobre este o nosso olhar tem-se detido.

É surpreendente acompanhar o volume de pessoas que comparecem aos estádios.

Buscam, ao que parece, uma motivação para o viver cotidiano com mais esperança, mais alegria, mesmo que seu time não vença naquela partida encerrada.

Mesmo com chuva estão lá os torcedores em expressivo número.

São locais e momentos em que as emoções, represadas por problemas pessoais e familiares, são jogadas e partilhadas com outros tantos torcedores de mesmo time.

É impressionante ver tantos estádios lotados por famílias inteiras. Há a percepção de que esses torcedores são importantes e necessários para que seu time obtenha um bom resultado.

Por outro lado, também neste segmento de torcedores, que participam com suas presenças nos estádios, há um nível, atualmente, de agressividade.

Esta agressividade tem feito parte do cotidiano de alguns jogadores. Mas esta agressividade não é exclusividade sofrida por jogadores, mas presente em comunidades e bairros de cidades brasileiras.

Já existe a conscientização dessa prática pelos habitantes.

Fazer o quê?

Nada melhor que a Educação para resolver este gravíssimo problema. Sem que esqueçamos das punições necessárias para atitudes, reiteradas, como as de cunho racista, que se classificam como crimes.

Os campos de futebol eram redutos em que times e torcedores encontravam-se e desfrutavam de momentos de alegria ou de frustração, mas nunca de agressividade.

Observando-se a continuação dos campeonatos, espera-se que os dirigentes atentem para a importância da manutenção dos jogos em nível de segurança para jogadores e torcedores.

Porque, sem dúvida, eles representam, ainda, momentos de satisfação para aqueles milhares de fiéis torcedores que comparecem aos estádios de futebol.

O futebol é, ainda, o esporte das multidões. E, como tal, deve ser preservado de situações que o tornem menos competitivo, por tornar-se mais agressivo.

 

 

 

 

 


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

ALEGRIA ... CIVISMO ...


O momento atual passa a sensação de que a alegria se encontra junto aos torcedores que vão aos jogos. Independentemente, de quem ganhe ou perca, as imagens revelam um público eclético, que busca divertir-se, torcendo por seus ídolos em campo.

Diversos fatores levam estes torcedores aos campos. Depois de um distanciamento obrigatório, em função da pandemia, abrem-se oportunidades para um convívio aproximado.

Mesmo quem ainda usa alguma máscara de proteção já se contenta em sacudir bandeiras e soprar as vuvuzelas nas arquibancadas.

Observa-se a alegria com quem torcem por seus times. São momentos em que as preocupações são postas de lado.

Devemos considerar que os momentos de alegria, geralmente, são extraídos de grupos de amigos quando se encontram.

E o encontro de amigos nos estádios é, atualmente, um dos fatores de alegria extraídos dos grupos que, por lá, permanecem durante um bom tempo.

E o mais interessante é que, como nunca, se tem cantado o Hino Nacional Brasileiro e os Hinos de cada Estado competidor.

A alegria e o espírito cívico, de brasilidade, estão completando-se, bem como reforçando a união de dois fatores que melhoram nossa autoestima: a alegria e o sentimento cívico.

Nosso povo é, por natureza, alegre.

E a nossa bandeira faz parte dos momentos de decisão, seja no futebol ou em outros eventos, mesmo que populares.

Diante desse quadro atual, após um ainda cauteloso retorno à normalidade, já se consegue vislumbrar, conforme diz a letra do nosso Hino Nacional que:

“Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,”

“Nossos bosques têm mais vida,”

“Nossa vida no teu seio mais amores.”


“Terra adorada, entre outras mil,

És tu, Brasil, Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,

Pátria amada, Brasil!"

 
E esta mãe gentil, que nos acolhe, a partir deste final de pandemia, torna-se mais relevante e cultuada, através do nosso hino cantado com emoção por jogadores e torcedores.











 

domingo, 14 de março de 2021

UM GRITO DE GOOOOOOLLLLLL QUE SE REPETE

 


Aquela amiga de Belinha, a Isabel, gostava, desde pequena, de brincar com bolinhas.

Colocava as bonequinhas, todas enfileiradas, e começava a jogar a bolinha, que ganhara da madrinha, para o alto. Quando a bolinha voltava, sua mãozinha direcionava a bolinha para o alto, novamente.

Sabem o que, então, fazia?

Aparava com o pé e jogava para o lado. Quem assistia, ficava meio surpreso com esse movimento tão rápido.

Pois, ali, já nascia uma jogadora que utilizaria as mãos no comando de uma bola no futuro. Tornou-se uma jogadora de vôlei.

Coisa que, na época, não era muito comum para uma jovem.

Mas fazer o quê?

Os pais não incentivavam. Não adiantou nada, porém. Seu futuro já estava traçado.

Hoje, essa vontade de tornar-se uma jogadora de vôlei seria incentivada. Seus pais e professores, com certeza, dariam apoio.

A luta dessas jovens, à época, foi dificultada pela distorcida visão de que mulheres não eram feitas para esse tipo de profissão.

Essa caminhada, na reversão de conceitos nitidamente errôneos sobre o que podem ou não podem fazer as mulheres, tem sido longa.

Ao longo do século XX, as bases para uma mudança nesses conceitos foram tornando-se visíveis.

Em todas as áreas do conhecimento, as mulheres têm-se notabilizado. Havia, porém, ainda redutos ocupados por homens desde sempre.

Neste novo século, porém, acredito que, finalmente, um reduto, reconhecidamente masculino, foi tomado pelas mulheres.

E qual seria ele?

O futebol.

Não é o futebol jogado, pois este já dispõe de excelentes jogadoras, que representam a Seleção Brasileira Feminina, e de uma técnica conceituada de nome Pia Mariane Sundhage. Portanto, um time de futebol de excelente nível técnico já reconhecido.

Um dos recentes redutos, ocupados pelas mulheres, é o das comentaristas de futebol, todas demonstrando excelentes desempenhos na atividade que abraçaram.

Agora, o mais recente nicho ocupado é o da narradora de jogos de futebol masculino.

Exemplo disso foi a narração da partida entre o Botafogo do Rio de Janeiro e o Moto-Club do Maranhão, jogo que aconteceu no Estádio Castelão, dia 10 de março, às 21h30min, pela Copa do Brasil.

A narradora da partida foi uma mulher. Seu nome: Renata Silveira.

Aquele placar de 5 a 0 para o Botafogo possibilitou que Renata lançasse seu grito de Gol por 5 vezes. Esta narração e os gritos de Gol ficarão na memória de quem assistiu tal jogo. A comentarista, neste jogo, foi Renata Mendonça.

Verificando seu currículo, vê-se que Renata Silveira é formada em Educação Física. A sua capacidade é visível, pois possui pós-graduação em Jornalismo Esportivo. Na Copa do Mundo de 2014, narrou a partida entre Uruguai e Costa Rica. Ainda, logo após, narrou a partida entre a Croácia e o México.

Com passagem pela Fox Sports, começou efetivamente a carreira de narradora apenas em 2018. Agora, em 7 de dezembro de 2020, foi contratada pelo Grupo Globo.

Aguarda ser chamada para narrar os Jogos do Brasil na Copa do Mundo.

Capacidade para tanto, não lhe falta.

Como fica evidente temos, igualmente, reconhecidas árbitras como Edina Alves que se tornou a primeira árbitra a apitar a Série A do Campeonato Brasileiro. No Mundial de Clubes, Edina Alves será, também, a primeira mulher a apitar um jogo masculino da FIFA.

Temos já comentaristas de arbitragem como Nadine Bastos.

Diante dessa nova realidade, Belinha lembra-se da amiga Isabel que, na sua época, também fez parte da história de luta pelo espaço feminino em redutos considerados masculinos.

As suas bonequinhas, perfiladas, aplaudiam a sua dona quando esta segurava a bolinha e jogava-a para o alto. As palmas, ouvidas por Isabel, transformaram-se em realidade quando, mais tarde, era aplaudida toda a vez que bloqueava uma bola adversária ou aplicava um saque devastador.

Estas atuações provam que a emoção se faz presente não apenas frente a uma bela paisagem, a um olhar convidativo, a um afagar de mãos, a um beijo roubado ou a tantas outras emoções próprias e exclusivas das mulheres.

E a emoção fez-se presente a todas as mulheres que assistiram esta partida, narrada por Renata Silveira, que confirma a presença da mulher em um novo campo de atuação da figura feminina em nossa sociedade.

Que novas fronteiras sejam rompidas pelo bem da evolução civilizatória, pelo bem da humanidade.

Navegamos, todos nós, seres humanos, no mesmo barco. É urgente que mantenhamos a igualdade em todos os patamares de atividades laborais.

Que, neste 8 mês de março, possamos comemorar o Dia Internacional da Mulher com alegria e a esperança de novas conquistas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

QUANDO O AMOR FAZ A DIFERENÇA


A premiação é o coroamento de um amor que iniciou quando a mãe, adotiva, o recebeu em seu colo. Um menino que nascera com 500 gramas, fruto de uma gestação de apenas 5 meses, interrompida por uma tentativa de aborto. Vários casais haviam rejeitado uma possível adoção deste ser. Um bebê deficiente visual com este pregresso histórico teria alguma chance? Sim, ele teve.

O amor, que o conduziu até os atuais 12 anos de idade, é de ser enaltecido. Ainda, aos 5 anos, foi diagnosticado com um autismo leve. Nada impediu a caminhada deste ser, porém.

Uma forte ligação e um profundo amor têm sido os determinantes que fizeram com que Nickollas alcançasse a possibilidade de alegrar-se, de sentir-se partícipe, de vibrar, de ter suas emoções positivas preservadas. Que bom ter, sem mesmo ver, aquela que o embalou, que o acariciou nos primeiros meses de vida. Que bom existir Silvia, aquela que substitui até a visão do Nickollas pela também narração do que vê, presencia, sente e, também, vibra.

Embalada por esta possibilidade e, após verificar que ouvir apenas os jogos pelo rádio não o satisfazia, o que mais queria era escutar a torcida, presente no entorno, decidiu começar a levá-lo aos estádios de futebol.

Resolvera-se a falta de torcida, pois, agora, Nickollas estava junto a ela. Não satisfeita, Silvia tratou de imitar os narradores que depositam emoção a cada lance. Também ela, a partir desta prática junto ao Nickollas, conseguiu transmitir a emoção que cerca uma partida de futebol. Emoção pura!

Silvia, sendo palmeirense, frequenta os estádios em que o Palmeiras se faz presente. A estreia de mãe e filho deu-se em 2012, no estádio do Pacaembu.

Uma pequena digressão cabe aqui.

Uma tela de celular ou de um notebook será capaz de transmitir toda a emoção que se faz presente num estádio? Mesmo tendo todos perfeita visão? A frieza de uma tela, a falta de interagir com o semelhante, a possibilidade de as emoções acumuladas serem drenadas, este conjunto não seria um bom motivo para que se frequentem mais os estádios? Perdendo ou ganhando, acredita-se que esta interação pode ser benéfica, desde que os exageros sejam coibidos por aqueles que têm esta função.

Nickollas está certo. O estádio repleto transmite a ele as emoções das quais precisa. Ele, também, as tem, embora, por vezes, adormecidas. Este jovem de 12 anos ainda concilia os estudos frequentando a 5ª série de um colégio inclusivo em São Paulo.

Esta dupla de mãe e filho em estádios de futebol, torcendo pelo Palmeiras, time do coração de Silvia, é reconhecida desde algum tempo.

Agora, Nickollas acaba de receber o título de Torcedor do Ano da FIFA. O troféu foi entregue na Festa de Gala da FIFA, o FIFA THE BEST, no Teatro Alla Scala, em Milão, na Itália.

Silvia, lá também, descreveu a festa de entrega e quem estava presente: autoridades, jogadores, torcedores, ídolos. Enalteceu o esporte, em especial o futebol, como algo que deve ser, também, inclusivo. Dedicou o prêmio a todos os torcedores que “torcem” pela pessoa com deficiência. E, claro, estava ali representando todos os brasileiros que possuem alguma deficiência.

Pois é!

O amor faz toda a diferença.

E o barulho da torcida? Completa o cenário.

Precisamos nos sentir vivos, partícipes, unidos. Só assim desenvolveremos nossas capacidades, pois o nosso semelhante tem muito a nos dar, se soubermos captar, por algum dos sentidos, nossas semelhanças e possibilidades de realização pessoal. Nossos aplausos a esta mãe tão amorosa e a este filho: fruto do momento em que amarrou seu coração ao de Nickollas, palavras de Silvia ao descrever o momento de tê-lo no colo pela primeira vez.




Silvia Grecco e seu filho Nickollas. Reprodução/Instagram















domingo, 9 de junho de 2019

NOVOS TEMPOS





As mulheres deste nosso tempo estão aprendendo a lidar melhor com o tempo. Priorizando o que de melhor podem alcançar usando o tempo a seu favor.

Antes, os papéis femininos eram reduzidos e apenas concentrados no lar, como cuidadoras, e na procriação como destino único. Estas posições foram sendo acompanhadas por atividades que ressaltavam sua capacidade laboral em outras áreas. Começaram a dividir espaços laborais com os homens. O tempo começou a tornar-se escasso para tantas obrigações. Aconteceu que, ao perceberem que tinham capacidades, que até então desconheciam, tornaram-se mais racionais na escolha de qual caminho seguirem para obterem uma maior satisfação pessoal durante sua caminhada planetária. Isso não diminuiu o lado afetivo que ainda é preponderante nelas.

Foi uma espécie de revolução nos hábitos, costumes e maneiras de enfrentar o cotidiano que, a partir de então, visava um desempenho qualificado de suas capacidades laborais.

Por força dessa nova visão da mulher acerca do mundo, o índice de natalidade sofreu drástica redução.

É claro que só o tempo dirá se esta foi uma mudança que chegou para ficar.

Por enquanto, temos executivas, empreendedoras, cientistas voltadas às pesquisas, profissionais atuando em todas as áreas, inclusive como comentaristas de esportes, e jogadoras de futebol.

Ah! Este é um nicho novíssimo. Já temos nomes de reconhecido valor como Marta, Formiga e as gaúchas Andressinha, meio-campista, e Mônica, zagueira, ambas da Seleção Brasileira, competindo no Mundial de Futebol Feminino, acontecendo na França.

Mulheres essas, todas, usando sua mente, capacidades e corpo para alcançarem objetivos pessoais dignos e capazes de engrandecer o torrão brasileiro.

Há, porém, quem opte, ainda, por manter um padrão a gosto dos olhos masculinos.

É uma lástima!

As meninas da Seleção poderão valer-se do VAR, se houver qualquer dúvida sobre o lance jogado.

Entre paredes, porém, o VAR não funciona, nem havendo uma fresta na porta.

É! Os tempos estão mudando.

Que venham os novos tempos!







quinta-feira, 17 de julho de 2014

BICAR? FOI IMPOSSÍVEL!



Ela chegou inteira, maciça, redonda, não apropriada para consumo imediato. Para consumi-la seria necessário romper a casca aos poucos. De preferência que já fosse servida com algum corte, por pequeno que fosse, que possibilitasse tocá-la internamente. Ela, porém, estava fechada, coesa e não tinha chegado até ali por acaso.

Por outro lado, o seu anfitrião, coitado, estava mais para pulos curtos contra as grades da gaiola do que voos mais habilidosos e cheios de arte, como sempre tivera, que lhe possibilitassem atingir o adversário de forma certeira.

E olha que, entre as frutas, a laranja é uma de suas preferidas. A orientação de quem o conhece é que lhe facilite o consumo, cortando-a em pedaços ou, pelo menos, criando alguma brecha na casca para que se inicie aquela lauta refeição. 

O sobrevoo, para reconhecimento, não aconteceu.

A grama, pelas laterais, passou a ser seu habitat. Adentrar no meio daquele estonteante carrossel não motivou o anfitrião. O medo já se instalara e a esperança era, pelo menos, não atingir o fatídico escore anterior. Isso já estaria de bom tamanho. Aliás, grandes voos não pertencem ao seu estilo, mas não voar também foi demais. Afinal, dirão alguns, não são aves predadoras. São, isso sim, aves canoras, reconhecidas pela beleza da plumagem, que inspiram até poesia para quem as admira. Há uma quadra de Fernando Pessoa, entre tantas quadras ao gosto popular por ele escritas, que diz:

“O canário já não canta.

Não canta o canário já. 

Aquilo que em ti me encanta

Talvez não me encantará.”

Quadras ao Gosto Popular, Fernando Pessoa.

(Texto estabelecido e prefaciado por Georg Rudolf Lind e Jacinto do Prado Coelho), Lisboa.



Talvez se o encontro se desse com aquele seu parente que se sente dono dos campos daqui do Rio Grande do Sul, aquele que é matreiro no ludibriar qualquer predador que se aproxime, fingindo ter o ninho onde existe ninho algum, o resultado tivesse sido outro.

O certo é que para permanecer sendo o que é, e sempre foi, uma bela ave, de voo curto, mas de grande plasticidade, que esbanja arte na postura e no desempenho ao voar, teria que ter apresentado todo esse desempenho durante o tempo regulamentar ou, pelo menos, durante os acréscimos. Isso, porém, infelizmente, não aconteceu.

O seu reconhecido voo, em grupo, teria feito a diferença. Antes tão habilidosos, não souberam, desta vez, pegar carona naquele carrossel, já tão freguês.

Foi triste de ver o tempo escoando-se e nenhuma bicada sendo possível dar, para amenizar a derrota avassaladora, anteriormente sofrida.

A laranja saiu intacta, redonda, que nem um carrossel, girando coletivamente, simultaneamente, em movimentos giratórios que acabaram por atordoar os pobres adversários, deixando as aves sem rumo, completamente perdidas.

Teme-se que a exemplo do Fuleco, que estava em processo de extinção, e que acabou por sumir, segundo informações que circulam, que também os canários acabem diminuindo em número.

Há quem tenha sugerido colocá-los, definitivamente, engaiolados, para que sobrem, pelo menos, alguns da espécie.

Acho até que eles já estão aguardando isto. Pelo menos, receberão de seus cuidadores laranjas já em pedaços, o que possibilitará a continuidade da espécie.

Notícias mais recentes, porém, dão conta de que um pequeno ser, muito antigo e reconhecido pelas crianças por ser muito brincalhão, porém de fala pouca ou inexistente, segundo alguns, está sendo trazido para resolver o problema. Às vezes, é claro, basta um olhar para as coisas se ajeitarem, nem precisando falar. Será? A ideia é libertar todos do cativeiro e, soltando-os, possibilitar que recobrem a antiga desenvoltura: o voo que sempre a todos encantou.

O prazo já está definido para que isso aconteça. Serão quatro anos. Até lá, o gostinho de laranja lembrado é o dos distantes anos de 1994 e 1998.



Desta vez, foi impossível dar uma bicadinha. Os canários ficaram no “hora veja”. Que pena!

Quem sabe da próxima vez?



Agora, há quem diga que o outro, o tal Dunga da Vila Isabel, já anunciava, no samba Cuidado com o Bote, que cobra com fome come até o filhote.

Temos fome de gols, somos cobras quando se trata de futebol, mas, por favor, não exageremos. Vamos dar oportunidades a todos aqueles garotos que se habilitem às diversas posições dentro de uma equipe. Precisamos iniciar um trabalho de base, como fizeram os alemães com seus jovens. Um trabalho educativo com aulas regulares que os tornem cidadãos com instrução e que, no turno inverso, recebam treinamento adequado para o esporte que escolheram. Tudo acompanhado por um trabalho que persevere na busca da competência, com a consequente excelência dos quadros que irão se formando. O espírito do coletivo, do respeito, da solidariedade, da dedicação, do trabalho constante e da disciplina serão qualidades a serem conquistadas com o tempo. E isto fará toda a diferença. Daí, sim, teremos uma equipe, aos moldes modernos, pronta para competir e apresentar, com certeza, aquele futebol/arte de que estamos já tão saudosos. 

Daí, sim, vamos sobrevoar, reconhecendo o terreno, e aterrissar, no momento exato, no fundo das redes adversárias.



Vamos lá, Brasil!