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domingo, 27 de agosto de 2023

AINDA EM BUSCA...


Não são centenas. São milhares.

Em meio a tantos problemas, tantas carências, tantas cenas de agressão, há milhares de pessoas que comparecem aos estádios de futebol para lá buscarem a realização daquele sonho de ser um vencedor.

Afinal, a esperança de sentir-se vencedor é sempre o desejo de todo o ser humano.

Talvez, o importante desse sentimento seja voltar-se ao seu interior e lá buscar as respostas ao seu desejo de sentir-se vencedor.

Nesta constatação, cabe ressaltar a importância da figura do psicólogo, profissional capaz de dar o devido acompanhamento neste processo de identificação de carências e possíveis alternativas para a solução desses problemas.

Hoje, Dia do Psicólogo, devemos reverenciar este profissional que tem como missão auxiliar seus pacientes a fazerem uma imersão em seu interior para, a partir dela, trazerem à tona, pela palavra, o relato de quais sentimentos os afligem.

Nada é melhor do que falar para que os problemas, as dúvidas, os receios e os medos sejam ouvidos.

É um atendimento que requer paciência e um tempo considerável para encontrar as soluções possíveis para o retorno do equilíbrio emocional.

Daí, com certeza, a busca cessará, pois a resposta terá sido encontrada no “eu interior”.

A quem não é psicólogo cabe apenas aplaudir estes profissionais pelo importante trabalho no atendimento aos que os procuram.








domingo, 12 de julho de 2020

ESPERANDO O TEMPO PASSAR


Nesse tempo em que as notícias superam, negativamente, os momentos tranquilos, os esportes ganharam a primazia da assistência de telespectadores que passam seu tempo a assisti-los em suas várias modalidades.

Diante dessa realidade, um poeta, com certeza, terá melhor chance de expressar sua emoção.

Portanto, vamos a uma breve reflexão.




Ah! Ia esquecendo...

Belinha dá uma sugestão para o tempo passar mais depressa.

Faça do seu espaço, do seu campo como mandante, um reduto de livros, onde lê-los somará pontos, tornando-o vencedor.

Assim, este tempo, que o autor aguarda por leitura, diminuirá. Ambos, então, sairão vencedores neste campo do aprimoramento, do conhecimento, do prazer estético, do encontro de si com o outro e com a cultura que, sem dúvida, aprimora o ser humano, tornando-o mais humano e civilizado.





sábado, 26 de outubro de 2013

NADA SERÁ COMO ANTES




Quem diria! Os cabelos e a roupa completamente sujos de ovos e farinha. Isso é uma comemoração de aniversário em uma escola da Capital. Um ritual de passagem, quase tribal. Coitado do aniversariante!
Vestia-se aquilo que se tinha de melhor na data do aniversário. Esse detalhe não tem a menor importância hoje. Isso foi assim em outro século.
Ser um vencedor, não apenas sentir-se um, também é coisa do passado.
Hoje, basta sentar-se em frente a uma tela. Com os olhos brilhando de ansiedade, jogar-se na cadeira e comandar com as mãos, freneticamente, o avançar de posições, o ultrapassar o concorrente, evitando a derrapagem, para, finalmente, atingir, em primeiro lugar, o marco de chegada. Quem sabe, em segundo. Ou, talvez, em terceiro, mesmo. É a falácia de que eu venci, portanto sou um vencedor.
O máximo que isso, talvez, propicie seja uma maior habilidade para dirigir, o que, em última análise, contribui para a desova dos milhares de automóveis que superlotam o pátio das montadoras. E apenas isso.
Quantos adolescentes, hoje, têm o hábito da leitura? E será que compreendem o que leem?
Quantos são capazes de elaborar um texto com introdução, desenvolvimento, argumentação e conclusão, atendo-se ao tema proposto?
E os bons programas de televisão, e eles existem, serão assistidos por eles?
E os filmes? Serão apenas os violentos aqueles que os motivam?
Cinema/Arte? Isso também é coisa do século passado.
E seus ouvidos conseguirão ainda captar algum som abaixo de 100 decibéis? Se conseguirem, avisa-se que, as coisas seguindo esse rumo, daqui a alguns anos não mais terão essa capacidade.
É claro que nada será como antes.
Mas precisava ser tão ruim?
 
Será que o abraço virtual, mandado via facebook, substitui aquele outro verdadeiro, real, que aconchega o aniversariante, parabenizando-o? Será que o abraço tornou-se virtual? Será que tudo é virtual hoje?
 
Claro que a tecnologia veio para auxiliar, para disponibilizar um mundo de possibilidades nunca dantes imaginado.
Aninha, por exemplo, esteve assistindo ao Campeonato Master de Atletismo e lá encontrou uma senhora mexicana, de 67 anos, muito simpática, de nome Maria de Jesus Lopez. Iniciaram, a propósito da cuia de chimarrão que Ana portava, uma conversa bastante agradável que, com certeza, terá desdobramentos, pois trocaram os e.mails pessoais. Isso é maravilhoso! Despediram-se, ao final do encontro, num contato bem conhecido por ambas: o contato humano do abraço. Ambas são de outra geração, é claro.
Mas estamos em 2013. E o abraço virtual, ao que parece, tem substituído o único e verdadeiro: aquele que aproxima corações, literalmente falando.
Como se explica um pai ou uma mãe mandarem, via facebook, morando na mesma cidade, um abraço virtual a um filho aniversariante?
São os tempos atuais a transformar o nosso dia a dia em algo extremamente solitário, embora haja multidões conectadas entre si.
O ser humano, porém, é bem mais do que isso: uma massa de manobra, virtual, disponível.
Ao que se saiba não há ainda uma geração virtual em que bata um coração. Tampouco artérias e veias em que circule o sangue, herança de nossos antepassados, herança Dele.
A letra da música COMO UMA ONDA expressa a realidade com correção. Nada é exatamente igual no instante seguinte ao de sua origem. No que concerne ao ser humano, embora modificado pelo tempo, mantém ele as características da espécie humana que são ainda a dependência no início e fim da existência, as necessidades de amor, carinho, proteção, bons exemplos que vão desaguar num indivíduo ético, idôneo e responsável. O coletivo dos dias atuais deveria superar as hordas dos primórdios.
Em que direção estamos indo?
Aninha ainda tem esperança. Aquela tão bem expressa na poesia de Mario Quintana, que segue.
 

 
 
Ou naquela outra esperança, descrita em poesia por Carlos Drummond de Andrade, chamada CORTAR O TEMPO, abaixo transcrita.
 


Aninha, com certeza, ainda prefere o abraço forte, coração com coração, para desejar um Feliz Aniversário aos seus e aos outros, também. Por que não?
 
 
 
 
Como Uma Onda no Mar - Lulu Santos
 
 
Cortar o Tempo – Carlos Drummond de Andrade – na voz de Gabriel Chalita