Mostrando postagens com marcador ventania. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ventania. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

TEMPOS VENTOSOS

Quanta ventania!

Um tempo que, permanecendo na lembrança, guarda a importância de uma ventania.

Mesmo que tenha existido em sonho.

E o poema, que segue, é a prova de que ela existiu e cumpriu seu papel.

 


quarta-feira, 3 de março de 2021

VENTOS... VENTANIA...


Parece que veio para ficar. Veio para espantar o mal que a todos nós está atingindo. Veio derrubando até árvores.

Coitada da Belinha!

Tão franzina que é, tem tido cuidado redobrado em suas caminhadas. Às vezes, parece ser levada pela força desses ventos, um tanto quanto estranhos para um verão que se imaginava como os anteriores. Nada, porém, tem similitude com os anos que inauguraram este novo século.

De repente, estes ventos do verão tornaram-se tão fortes, tão constantes que parecem querer mostrar a sua força invadindo nossos ouvidos, levantando nossas saias e nos surpreendendo, mesmo quando, segundo as previsões, não haveria tal ventania.

Belinha, que não gosta de vento, anda meio chateada.

Acredita que “este senhor” veio dar a sua contribuição nesta fase de tantos vírus soltos pelo ar. Afinal, ele tem feito o possível para levar para bem longe, para todos os quadrantes, essas invisíveis partículas, tão maléficas, que navegam por entre todos nós.

Belinha acredita que as árvores não apreciem estes ventos. Viver na calmaria, sob sol e chuva, é bem mais gostoso.

Até os passarinhos recolhem-se diante de tão fortes ventos.

Ser surpreendida por uma lufada de vento até pode ser algo romântico.

Sem se aperceber, pode alguém, que estava próximo, alcançar a echarpe que caíra com a força do vento.

Aquele olhar fixar-se no seu e daí...

Quem sabe... Um novo amor acontecer.

Agora, muitas vezes, prenuncia fortes chuvas.

Outras, uma simples lufada de vento pode enfeitar uma calçada com as flores caídas daquela cerejeira.

Quem num barco encontrar-se também ficará com medo da fúria de um vento sobre as águas.

Agora, um ventinho sereno até auxilia o voejar daqueles belos pássaros que nos visitam diariamente.

E esses ventos são imprevisíveis. Aliás, como todas as alterações climáticas que se sucedem ao longo de um dia.

Belinha não vê mais constância previsível neste nosso “novo normal”.

Ventos e ventanias oferecem espetáculos que nos deixam preocupados.

Quando é apenas uma lufada só nos causa surpresa. Talvez, nos cause um pequeno desequilíbrio. Nada muito comprometedor.

Agora, houve uma cena que Belinha acabou de lembrar-se.

Em uma “live”, onde acontecia uma assembleia, Belinha deparou-se com uma cena que associou a uma pequena lufada de vento. Uma das participantes, provavelmente muito cansada, “desequilibrou-se”, sentada no sofá da sala, e caiu adormecida.

Uma lufada que, em trânsito pela rua, apenas teria balançado seu corpo.

Desta vez, porém, a tal lufada foi fatal.

Acho até que havia uma janela aberta por onde ela entrou.

Quem?

Ela, a lufada de vento.

Amigos!

Cuidemo-nos dos ventos, ventanias e das lufadas.

Agora, aquele ventinho que sacode a cortina...





Ah! Este ventinho veio em boa hora!

 

 

 

 

 

 

 


domingo, 5 de julho de 2020

O OUTRO



Pra que falar do estrago que o ciclone ocasionou.

Pra que falar sobre ele.

Melhor é vê-lo em sonhos, transfigurado, chegando e vindo repousar ao lado de quem o recebeu, em sonho, e com ele construiu um cenário reconfortante, acolhedor e
lascivo. Por que não?
Melhor isto do que a certeza da destruição que ele trouxe a todos que estiveram em seu caminho.

Assim, nasceu o poema que segue.